A Embraer quer ampliar sua presença no mercado global e planeja aumentar a produção de seus jatos comerciais e estuda lançar novas aeronaves para concorrer com Airbus e Boeing.
A Embraer foi fundada em 1969 como uma empresa estatal brasileira responsável pelo desenvolvimento da indústria aeronáutica nacional. Sua primeira aeronave de sucesso foi o EMB 110 Bandeirante, voltado à aviação regional. Privatizada em 1994, a empresa cresceu e se consolidou como uma das maiores fabricantes de aeronaves do mundo. Hoje, é referência no segmento de jatos regionais e também atua nas áreas de defesa, aviação executiva e serviços.
Ao longo de sua trajetória, a Embraer consolidou seu espaço como alternativa relevante no mercado global, tradicionalmente dominado por Airbus e Boeing. Enquanto essas gigantes concentram suas forças em jatos de grande porte e longo alcance, a Embraer se destacou na aviação regional, oferecendo aeronaves eficientes e versáteis para rotas de média e curta distância. Com seus projetos inovadores, como a família E-Jets, a fabricante brasileira vem ampliando sua presença e, agora, busca avançar em segmentos que antes eram território exclusivo das líderes globais.
Meta – Produção de até 120 Aviões por Ano
Atualmente, a Embraer fabrica cerca de 73 aviões comerciais por ano. A meta é elevar esse número para até 120 unidades anuais, atendendo à crescente demanda das companhias aéreas por mais opções em um mercado dominado pelo duopólio Airbus-Boeing.
Terceira maior fabricante de aeronaves do mundo, a Embraer é líder no segmento de aviação regional. Seus jatos da família E-Jets E2, com capacidade de 50 a 146 assentos, são utilizados por diversas companhias em rotas de curta e média distância.
Em entrevista ao jornal indiano Economic Times, o CEO da Embraer, Francisco Gomes Neto, confirmou os planos de crescimento:
“Neste ano, pretendemos entregar entre 75 e 80 aviões comerciais. Nossa meta é elevar a produção para algo entre 110 e 120 por ano.”
Novo Projeto para Ampliar a Oferta de Jatos
Além do aumento na produção, a Embraer também avalia o desenvolvimento de uma aeronave totalmente nova, com um projeto de folha em branco (clean sheet design). Esse conceito permite criar um avião sem depender de fuselagens anteriores, incorporando as tecnologias mais modernas em aerodinâmica, motores e materiais.
Embora a empresa não tenha confirmado oficialmente que se trata de um novo jato comercial, fontes da indústria apontam que o projeto pode resultar em um modelo narrow-body (fuselagem estreita), voltado a competir diretamente com os populares Airbus A320 e Boeing 737.
“Pode ser um novo jato comercial ou executivo, maior ou menor do que temos hoje (…) Queremos garantir que, se construirmos um novo produto, ele esteja preparado para as próximas duas ou três décadas.”, explicou Gomes Neto.
Segundo ele, a Embraer está em conversas com fabricantes de motores e analisando diferentes configurações de asas, justamente com a ideia de que este modelo perdure em relação às mudanças dos próximos anos.
De Olho no Futuro do Mercado
Esse movimento da Embraer acontece em um momento importante. A Airbus já trabalha no desenvolvimento de um novo jato narrow-body de última geração, com estreia prevista para a segunda metade da década de 2030.
Com isso, a Embraer busca não apenas consolidar sua posição no mercado de aviação regional, mas também explorar novas oportunidades em segmentos hoje dominados por seus maiores concorrentes.
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