A Embraer encerrou o terceiro trimestre de 2025 com uma carteira de pedidos no valor recorde de US$ 31,3 bilhões, o maior volume da história da empresa. O desempenho demonstra o crescimento simultâneo de todas as divisões da fabricante brasileira.
Aviação Comercial Impulsiona Carteira
A aviação comercial da Embraer acumulou US$ 15,2 bilhões em pedidos, o maior valor em nove anos, representando 37% de crescimento em relação ao 3T24 e 16% acima do trimestre anterior. O book-to-bill — métrica que compara novos pedidos e entregas — foi de 2,7 vezes nos últimos 12 meses, indicando que novos pedidos superam em quase três vezes as entregas, sinalizando forte demanda futura.
Entre os destaques do trimestre estão os contratos com Avelo Airlines e o Grupo LATAM. A Avelo fez pedido firme de 50 jatos E195-E2, com opção de compra de mais 50, apoiando seu plano de expandir viagens acessíveis nos Estados Unidos. O Grupo LATAM assinou 24 aeronaves firmes e manteve 50 opções adicionais, fortalecendo a conectividade regional na América do Sul.
Outro acordo relevante foi com a TrueNoord, que prevê a compra de 20 E195-E2 e 10 E175-E1, com direitos de compra adicionais, que serão contabilizados na carteira do quarto trimestre de 2025. Houve apenas um cancelamento líquido no programa E175 durante o período, o que mostra estabilidade na base de clientes.
Em termos de entregas, a divisão comercial completou 20 aeronaves no trimestre, contra 16 no mesmo período de 2024, distribuídas entre:
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E175: American Airlines (4) e Republic Airlines (3)
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E190-E2: Azorra (2)
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E195-E2: Porter (4), Azorra (3), Aircastle (2) e Mexicana (2)
No acumulado de janeiro a setembro, a Embraer entregou 46 aeronaves comerciais, o equivalente a 57% do ponto médio da meta anual (77–85 jatos), ligeiramente acima da média histórica de 55% registrada nos últimos cinco anos. Esses números refletem o progresso do plano de nivelamento de produção, que visa estabilidade e previsibilidade nas entregas para 2026.

Ações da Embraer Sobem Após Recorde na Carteira de Pedidos
Após o anúncio de crescimento de quase 40% na carteira de pedidos do terceiro trimestre, as ações da Embraer (EMBR3) registraram alta de 5,12%, negociadas a R$ 85,66 nesta terça-feira (21).
O desempenho do segmento de aviação comercial, impulsionado pelas encomendas da Avelo Airlines e do Grupo LATAM, que juntas somam 74 aeronaves, foi apontado pelo JPMorgan como principal fator por trás da valorização.
A corretora XP ressaltou que os números refletem o bom momento das vendas da Embraer e que há expectativa de novos anúncios até o final do ano, especialmente no quarto trimestre, quando a concentração de entregas deve atender à projeção anual de 2025. Considerando o recente pedido da TrueNoord, o JPMorgan estimou que a carteira poderia chegar a US$ 33,7 bilhões.
Aviação Executiva e Outros Segmentos
A aviação executiva fechou o trimestre com US$ 7,3 bilhões em pedidos, aumento de 65% em relação ao ano anterior, e entregou 41 jatos, mantendo o ritmo do 3T24. Durante o período, a Embraer celebrou a entrega de seu 2.000º jato executivo, um Praetor 500.
No segmento de Defesa & Segurança, a empresa entregou o terceiro KC-390 Millennium à Força Aérea Portuguesa e vendeu 5 aeronaves A-29 Super Tucano para o Panamá e a SNC, enquanto a unidade de Serviços & Suporte manteve crescimento de 40% na carteira anual, atingindo US$ 4,9 bilhões.
Produção e Perspectivas
No total, a Embraer entregou 62 aeronaves no 3T25, um aumento de 5% sobre o mesmo período do ano anterior. No acumulado do ano, foram 148 jatos entregues, 16% acima do 2024, demonstrando estabilidade na produção e capacidade de atender à crescente demanda da aviação comercial, especialmente para jatos regionais.
Sobre a Embraer
Fundada em 1969, a Embraer já entregou mais de 9.000 aeronaves e é hoje a líder mundial em jatos de até 150 assentos, além de ser a principal exportadora de bens de alto valor agregado do Brasil. Em média, um avião da Embraer decola a cada 10 segundos em algum lugar do mundo.
Com unidades industriais e centros de serviços nas Américas, Europa, África e Ásia, a empresa busca consolidar o atual ciclo de crescimento e manter a competitividade em um mercado global marcado pela recuperação da demanda e pela necessidade de eficiência operacional.
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