A Delta Airlines está reavaliando o layout de suas aeronaves para incluir mais assentos de primeira classe em voos domésticos. A medida pode inaugurar uma nova fase para os assentos premium em voos dentro dos Estados Unidos.
A proposta surge em meio a uma mudança estrutural no comportamento do consumidor. A demanda por conforto e experiências diferenciadas vem crescendo, enquanto a procura por assentos econômicos diminui. A Delta, ao que tudo indica, pretende liderar essa transformação no mercado.
Maior Oferta de Assentos em Cabines Premium
A Delta pode estar à frente de uma transformação no mercado doméstico dos Estados Unidos. A aposta em ampliar cabines premium responde à alta demanda por conforto, possibilidade de maior monetização e reforço no atrativo do programa de fidelidade. Durante a divulgação dos resultados do segundo trimestre de 2025, a Delta indicou que deve expandir suas cabines premium. O presidente Glen Hauenstein afirmou:
“À medida que continuamos a reavaliar inclusive agora o LOPA das aeronaves e adicionamos cada vez mais premium, conseguimos fazer duas coisas. Uma, vender mais; e duas, acomodar mais dos nossos passageiros frequentes com upgrades”.
Na prática, a Delta pretende mudar o layout of passenger accommodations (LOPA) para acomodar mais assentos de primeira classe. Como consequência, a companhia espera aumentar a receita e fortalecer o relacionamento com seus passageiros mais fiéis.
Atém disso, a decisão também atende a uma tendência observada por analistas do setor: o crescimento da demanda por cabines premium e a retração contínua na classe econômica. No segundo trimestre, essa diferença chegou a 10 pontos percentuais, segundo análise do JP Morgan.
Nova Tendência para Voos Domésticos
Apesar da forte demanda e do potencial de monetização das cabines premium, as companhias aéreas norte-americanas mantêm praticamente inalteradas as configurações domésticas de primeira classe.
No caso da Delta, a evolução foi expressiva: em pouco mais de uma década, passou de vender 11% para 88% dos assentos de primeira classe. Ainda assim, as cabines continuam limitadas, mesmo com aeronaves mais modernas como o A321neo. Entre os motivos que a companha entende para justificar a ampliação da primeira classe estão:
- Melhor rentabilidade da cabine premium;
- Menor necessidade de 100% de ocupação na econômica;
- Manutenção da atratividade dos programas de fidelidade com mais upgrades disponíveis;
- Maior fluxo de passageiros premium conectando com voos internacionais.
A tendência segue o racional: mais assentos de primeira classe nos mercados, maior conforto para voos domésticos. Ainda mais em um país como os Estados Unidos, com voos domésticos que podem durar várias horas No entanto, para este tipo de voo, entende-se que a ocupação de maiores espaços destinados à camas reclináveis ou luxo extremo não são tão necessários.
Caso a Delta avance nesse redesenho da primeira classe, poderá influenciar as demais grandes companhias americanas – United e American Airlines – a seguirem o mesmo caminho.
A expectativa é que a mudança comece em 2026, com a Delta ampliando sua oferta de Primeira Classe especialmente em hubs estratégicos como Nova York (JFK) e Boston (BOS). Segundo os especialistas, seria o momento ideal também para companhias como a JetBlue apostarem nesse modelo, diante de seus desafios financeiros.
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