Mesmo com o programa Voa Brasil, as empresas aéreas nacionais transportaram menos passageiros em 2024 do que em 2015. A crise na aviação brasileira envolve judicialização, concentração e temores com a reforma tributária.
O número de passageiros transportados em 2024 foi 2,8% menor do que em 2015, segundo dados da ANAC, reforçando a crise na aviação brasileira. Apesar de avanços pontuais e iniciativas como o programa Voa Brasil, o setor demonstra estagnação e ainda opera abaixo do potencial esperado por especialistas.
No total, 93,4 milhões de passageiros voaram em 2024, enquanto em 2015 foram 96,1 milhões. Em uma década, o setor aéreo no Brasil praticamente não cresceu – e as perspectivas para 2025 não indicam grandes mudanças.
De janeiro a maio de 2025, houve um crescimento de 8,2% na demanda em relação ao mesmo período do ano anterior. Ainda assim, o ritmo é considerado lento diante da demanda reprimida e do avanço de outros setores do turismo.
Enquanto os indicadores do turismo geral batem recordes em gastos e movimentação, o transporte aéreo não acompanha esse fôlego.
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Judicialização, Concentração e Entraves ao Crescimento
Um dos grandes obstáculos apontados por especialistas é o nível de judicialização das companhias aéreas. O Brasil concentra 98,5% das ações judiciais contra empresas aéreas no mundo, sendo 90% por danos morais, segundo a Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas). Esse ambiente jurídico inóspito desestimula investimentos e entrada de novas empresas.
Além disso, apenas três grandes companhias dominam a malha aérea nacional. O cenário desafiador inclui altos custos operacionais, regras regulatórias complexas e dificuldade de acesso a aeroportos fora dos grandes centros, o que compromete a conectividade nacional.
Reforma Tributária Pode Agravar Cenário da Aviação
Um novo risco no horizonte, que pode agravair a crise da aviação brasileira é a reforma tributária. Segundo a IATA (Associação Internacional de Transporte Aéreo), o novo modelo de IVA (Imposto sobre Valor Agregado), com alíquota proposta de 26,5% para o setor, pode levar a uma queda de até 30% na demanda por passagens.
A medida, se aprovada como está, tende a encarecer significativamente os bilhetes aéreos e prejudicar ainda mais a conectividade do país, afetando não apenas o lazer, mas também os negócios e o turismo regional.
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