Uma pesquisa da Radical Storage revelou que 56,5% dos americanos admitiram mau comportamento durante as férias, fenômeno descrito como “Síndrome do Turista”, que inclui atitudes inadequadas e impacto negativo no turismo global. Apesar disso, 62,1% dos entrevistados demonstraram remorso, indicando maior autoconsciência sobre os efeitos dessas ações.
Uma pesquisa feita pela Radical Storage revelou que 56,5% dos americanos entrevistados admitiram ter comportamento inadequado durante as férias, comportamento este que afeta diretamente não somente a questão da etiqueta em viagens, mas também a própria indústria do turismo. Eles fazem parte da chamada Síndrome do Turista.
A Pesquisa
Analistas de viagens da Radical Storage entrevistaram 1.231 americanos e o objetivo foi o de investigar como o mau comportamento é normalizado nas férias. O problema se tornou tão sério que alguns lugares como, por exemplo, Copenhague, na Dinamarca, estão recompensando os turistas que tiverem um bom comportamento. Já outros, como a Espanha, estão presenciando cada vez mais protestos anti-turistas feitos pela população local .
Infelizmente, a maior parte dos entrevistados, precisamente 56,5%, afirmou que realmente estão mais propensos a ter um mau comportamento durante as férias.
Resultados
Faixa Etária
Quanto à faixa etária, o resultado da pesquisa foi o seguinte:
- 72%, ou seja, 7 entre 10 dos entrevistados, com idade entre 18 e 27 anos (a chamada Geração Z) afirmaram que é muito provável que se comportariam de maneira diferente da habitual durante as férias.
- Já entre o público entrevistado de 28 a 43 anos (a chamada Geração do milênio), 56,1% fizeram a mesma afirmação.
- Nos entrevistados entre 44 e 59 anos (a Geração X), o percentual foi de 48,6%.
- E, por fim, nas pessoas entre 60 e 69 anos (os baby boomers) o percentual foi de 49,1%.
Autoconsciência
Mas, felizmente há uma luz no fim do túnel! A pesquisa também revelou que o mau comportamento vem acompanhado de remorso e autoconsciência:
- 62,1%, ou três em cada cinco entrevistados, afirmaram que ficaram constrangidos diante do comportamento de alguém com quem estavam viajando.
- 50%, sentiram-se constrangidos com seu próprio comportamento.
A autoconsciência vem também como conclusão destes dois dados:
- 61,4% dos entrevistados, embora admitam seu mau comportamento, ao mesmo tempo acham que deveria haver punições mais severas para as pessoas que se comportam mal durante as férias.
- 63% dos entrevistados americanos acham que seus compatriotas americanos se comportam mal no exterior. Mas 8,1%, disseram que turistas de outras nacionalidades se comportam de maneira ainda pior do que eles!
Repreensões
- Quando a ter recebido uma repreensão, mais da metade das pessoas, 54,9%, admitiram já ter sido repreendidas, ao menos uma vez, durante as férias.
- Os homens se mostraram mais propensos a infringir a lei, precisamente 50,2% em comparação a 37% entre as mulheres.
Principais Aabusos
Os três abusos mais comuns mencionados com relação às viagens foram:
- 34,7% admitiram serem mais territoriais durante as férias como, por exemplo, colocar toalhas para marcar seu lugar à beira da piscina.
- Posar de forma inadequada com uma estátua ficou em segundo lugar, com 32,3%.
- Já 30,2% dos entrevistados afirmaram já ter colhido plantas em uma reserva natural, jardim público ou plantas numa propriedade privada sem permissão.
Tendência Sedutoras
- 34,9% dos entrevistados admitiram que se sentem mais sedutores no período de férias.
- 41,3% das pessoas, ou seja, quatro em cada dez, admitiram ter traído seu parceiro durante as férias.
- 28,8%, três em cada dez dos entrevistados, disseram que foram a um clube de strip em algum momento de suas férias.
- 35,7% das pessoas afirmaram ser mais propensas a ir a um clube de strip nas férias, contra 12,9% que disseram ser mais propensas a contratar uma profissional do sexo. 12,4% também afirmaram ser mais propensas a chamar alguém que não um profissional do sexo.
No quadro abaixo é possível visualizar os 10 principais comportamentos característicos da Síndrome do Turista:
As Desculpas
- 40,6% das pessoas justificaram seu mau comportamento durante as férias por entenderem que este é um período para “relaxar e se divertir”.
- 40,3% dos entrevistados usaram como justificativa o desejo de sair da sua zona de conforto e criar algumas memórias
- Já 29,4% disseram que agem desta forma porque isto é permitido em lugares onde ninguém os conhece.
Outros Resultados
E a pesquisa demonstrou ainda outros resultados. Por exemplo:
- 42,5%, quatro em cada dez, admitiram que já infringiram uma lei durante as férias. Mas neste quesito os pesquisadores fazem uma observação:
Como as leis podem ser muito diferentes em diferentes países, durante as férias, você pode pensar que está infringindo uma lei quando não está, ou infringir a lei sem nem perceber.
Por fim, veja a conclusão a que Giacomo Piva, o cofundador da Radical Storage, chegou sobre esta pesquisa:
“Infelizmente, os resultados desta pesquisa confirmam o que já sabemos. A indústria do turismo pode ter se recuperado do impacto do COVID-19, mas, infelizmente, a epidemia de mau comportamento continua a ameaçar a futura liberdade de viajar, com protestos anti-turismo varrendo a Europa. O fato de 56,5% das pessoas admitirem se comportar mal e experimentar a ‘síndrome do turista’ nas férias nos mostra que essa questão não é sobre os poucos arruinando as viagens para muitos – mas os muitos arruinando as viagens para todos nós.
Me parece que, com o que vemos no Brasil em redes sociais, o mau comportamento dos americamos está mais comportado que o dos brasileiros. Concordam?
Para Saber Mais
Para ler outras notícias que publicamos recentemente no Pontos pra Voar, clique aqui.
Que tal nos acompanhar no Instagram para não perder nossas lives e também nos seguir em nosso canal no Telegram?
O Pontos pra Voar pode eventualmente receber comissões em compras realizadas através de alguns dos links e banners dispostos em nosso site, sem que isso tenha qualquer impacto no preço final do produto ou serviço por você adquirido.
Quando publicamos artigos patrocinados, estes são claramente identificados ao longo do texto. Para mais informações, consulte nossa Política de Privacidade.
Não usamos inteligência artificial na geração de conteúdo do Pontos pra Voar. Os conteúdos são autorais e produzidos pelos nossos editores.
