Como vocês acompanharam nas últimas três semanas, na sequência da série de três posts (links aqui, aqui e aqui) do Compartilhando Emissões, no final do ano passado eu realizei uma emissão com milhas para uma viagem de volta ao mundo em classe executiva e primeira classe, e, neste post, buscarei mostrar o poder das milhas e a enorme economia obtida a partir do uso correto e estratégico dos programas internacionais.
Aqui você encontra:
Introdução
De início, gostaria de relembrar que, na série Compartilhando Emissões, eu e os demais editores do Pontos pra Voar (e você, nosso leitor, também pode contribuir, tal como já ocorreu em diversos posts da série), compartilhamos emissões, tanto para voos já realizados, como voos futuros que, nas condições atuais dos programas, são vantajosas.
Assim, o fazemos a fim de mostrar para você leitor que é possível voar para diversos lugares do mundo, utilizando-se as milhas acumuladas nos programas nacionais e internacionais que nós, brasileiros, temos acesso morando aqui no Brasil.
Inclusive, buscamos mostrar como realizar as pesquisas de disponibilidade e as melhores opções que os diversos programas nos oferecem, apontando os prós e contras, e possibilitando que você escolha a melhor opção para os seus interesses.
Pois bem, especificamente em relação às emissões que fiz para uma volta ao mundo utilizando milhas dos programas Iberia Plus (para a saída do Brasil), AAdvantage (para o deslocamento da Europa para a Ásia) e Miles&Go (para o retorno da Ásia para o Brasil com uma conexão longa nos Estados Unidos), gostaria, agora que já mostrei os detalhes de cada emissão nos últimos posts da série, de falar da enorme economia obtida, e, com isso, mostrar, na prática, o enorme poder das milhas.
Para tanto, vou relembrar, resumidamente, trecho a trecho, as emissões que realizei, para, após, mostrar o custo destes mesmos voos pagantes, podendo, então, finalizar o post com a mensagem e comprovação (poder das milhas e a enorme economia obtida) que buscamos repassar a todos os leitores.
Inclusive, aproveito para reforçar não só a importância da correta utilização das milhas, mas também da diversificação de programas e estratégia, como já pontuei aqui (se você não se lembra deste post que escrevi no ano passado, sugiro, para uma melhor compreensão, que clique no link e proceda à leitura, para, posteriormente, prosseguir lendo o restante do presente post).
Parte 1: 90k avios + 32 dólares de taxas vs. R$ 12.587
Na parte 1 da minha volta ao mundo partirei do Brasil rumo à Europa, e irei visitar novamente Milão, podendo desfrutar de cerca de 11h20min na nova cabine de classe executiva da British (BA), e, após uma conexão de algumas horas em Londres, seguirei para a Itália também em classe executiva, tudo isso por 90k avios e mais 32 dólares de taxas (cerca de R$ 194, considerando uma cotação do dólar a R$ 5,70 e mais o IOF e 6,38%):
Caso eu não tivesse aproveitado as promoções do Esfera de compras bonificadas, e, inclusive, de assinatura do Clube Esfera com bônus, e transferido os avios da minha conta Esfera para o Iberia Plus ainda na proporção de 1×1 (atualmente está 2×1), teria que desembolsar R$ 12.587,59 para adquirir o bilhete pagante, como você pode conferir na simulação abaixo:
Parte 2: 90k Milhas AAdvantage Mais R$ 565,11 de Taxas vs. R$ 55.922
Na parte 2 da viagem, irei de Milão para Londres (na executiva da British), e, após uma longa conexão que me permitirá passear na cidade, voarei na primeira classe da JAL durante, aproximadamente, 12 horas. Tempo suficiente para aproveitar as excelentes opções de bebidas e comidas fornecidas pela cia japonesa.
Esta emissão exigiu a utilização de 90k milhas do programa AAdvantage, e mais R$ 565,11 de taxas (das quais cerca de R$ 180 de taxa de combustível repassada pelo programa):
Caso eu não tivesse, ainda no início de 2020, aproveitado a promoção de contratação do cartão Santander AAdvantage Mastercard Black (que, na oportunidade, estava concedendo 50k pontos de adesão), e, de igual modo, não tivesse concentrado os gastos das minhas compras nos períodos promocionais neste cartão, teria que arcar com a bagatela de R$ 55.922,67 cobrada pelo bilhete pagante:
Parte 3: 180k Milhas do Miles&Go e Mais R$ 1.160,51 de Taxas vs. R$ 89.196
Finalmente, na parte 3 da viagem da volta ao mundo, irei retornar da Ásia (Tóquio) para a América do Norte e, após, retornar para o Brasil, com uma conexão longa em que poderei visitar, ainda que rapidamente, o quarto destino (Nova Iorque).
Além de conhecer o lounge de primeira classe da ANA no aeroporto de Narita, poderei viajar, finalmente (caso a pandemia permita), na primeira classe da ANA na sua nova cabine (“The Suite”), durante longas (e com certeza memoráveis) 12h30min.
Além disso, ao custo de 180k milhas do programa Miles&Go e mais R$ 1.160,51 de taxas, também irei conhecer a cabine em classe executiva da Avianca no B787-800, no trecho JFK-BOG, para, posteriormente, ir de Bogotá para o Rio de Janeiro (GIG) no A320 da companhia:
Se porventura eu não tivesse acreditado e apostado no programa da Livelo (mantenho desde dezembro de 2016, isto é, há 61 meses, a assinatura do clube, e, ademais, tenho cartões de crédito que pontuam no referido programa e priorizo minhas compras, inclusive do dia-a-dia, nos parceiros da Livelo, aguardando promoções bonificadas com uma pontuação que seja realmente interessante), teria que desembolsar a fortuna de R$ 89.196,33:
Separei os custos de cada parte da emissão para melhor comparação, e fiz questão de mostrar, comprovadamente, o custo de cada bilhete pagante envolvendo as emissões, tendo em vista o que será abordado a seguir e o objetivo de demonstrar o poder das milhas com a enorme economia obtida.
O Poder das Milhas e a Melhor Forma de Maximizar o Seu Valor
A utilização das milhas como forma de obter uma renda extra é, diante do cenário econômico do nosso país, uma alternativa que tenho notado que se mostra cada vez mais atrativa para muitas pessoas que ingressaram no mundo das milhas nos últimos anos, sobretudo do início de 2020 para cá, já que, em razão da pandemia, foram impostas inúmeras restrições às viagens, isto é, a utilização das milhas para viajar foi impactada.
Nada obstante, a melhor forma de maximizar o valor das milhas é, ainda, utilizando-as para viajar, como demonstro a seguir. Vale dizer, o poder das milhas em gerar uma enorme economia ainda é uma realidade.
Claro que, para tanto, não basta utilizar cerca de 40 a 50k milhas para realizar o trecho de uma viagem entre o sul e o sudeste do país, por exemplo, ainda que neste caso, a depender do custo de geração das suas milhas, a economia frente ao bilhete pagante seja considerável.
A criação de uma estratégia correta tanto na hora de acumular, como na hora de melhor utilizar as suas milhas é fundamental, e, quanto mais acertada, maior será o valor que você poderá extrair do seu milheiro.
Por outras palavras, a utilização, como na parte 2 da viagem (como mostrei acima), de 90k milhas do programa AAdvantage para emissão de um bilhete de R$ 55.922,67 (pagante) fez com que, a cada 1 mil milhas do programa da AA, fosse possível extrair o impensável valor de R$ 621,36.
Este exemplo demonstra, na prática, o poder do uso das milhas e a economia obtida, que é potencializada em emissões que envolvem cabines de classe executiva e primeira classe, fruto do conhecimento das companhias, rotas, regras e tabelas fixas dos programas internacionais, além dos momentos e formas corretas de acumular milhas nestes programas.
E aqui cabe um destaque: como já frisei acima, considero crucial a diversificação das suas milhas em mais de um programa internacional, em especial em programas que integrem alianças mundiais distintas, como no exemplo da minha volta ao mundo, em que utilizei em duas partes da viagem companhias da Oneworld, e, na terceira parte, companhias da Star Alliance.
Se eu fosse utilizar milhas apenas do programa Miles&Go, por exemplo, não encontraria a disponibilidade desejada (apenas havia disponíveis voos com a própria TAP, e, ainda assim, na sua tarifação máxima de 181k o trecho), e tampouco conheceria a nova cabine da British (as “club suite”), ou seja, estaria limitado às opções fornecidas pela Star Alliance (muitas das quais já conheço).
Logo, na minha opinião e estratégia, possuir milhas em mais de um programa internacional que integre mais de uma aliança é peça chave para extrair o maior valor possível nas viagens.
Para resumir e demonstrar o poder das milhas temos que o custo de geração das milhas utilizadas, por estimativa, foi de R$ 8 mil reais e o custo total dos bilhetes pagantes, como demonstrei acima, de R$ 157.706,59. Ou seja, uma economia de cerca de 95%!!
A expressiva e verdadeira fortuna que seria necessária para adquirir os bilhetes pagantes impõe uma inexorável conclusão: somente no mundo das milhas conseguimos obter uma economia absurda como a apresentada neste post. O poder do uso das milhas é inegável!
Vejam que, certamente, ninguém (ou quase ninguém) em sã consciência iria dispender tamanha quantia nos bilhetes pagantes, nada obstante a experiência sensacional que os voos e a viagem em si iriam proporcionar.
Ainda que não se desconheça a existência de técnicas e métodos para economizar na compra de bilhetes pagantes, não existe (ao menos que eu tenha conhecimento) outro caminho para tamanha economia.
A verdade é uma só: por mais que o mundo das milhas seja:
- Trabalhoso – por demandar muito estudo, constante atualização e o emprego quase que diário das técnicas disponíveis para um melhor acúmulo.
- Cíclico – há momentos de grandes promoções e disponibilidades de assentos prêmios, mas também existem momentos de promoções com bônus mais escassos e de baixa disponibilidade de assentos prêmio.
- Demande Investimento – não só de tempo para aprender e dominar as fascinantes dicas e estratégias, mas sobretudo de dinheiro, já que é pouco viável que você consiga um grande acúmulo de milhas sem investir.
A recompensa é imensa!
Emissões de Passagens com Milhas
Caso você esteja planejando fazer emissões de passagens, inclusive uma viagem de volta ao mundo com milhas, para voar com pontos de qualquer programa de fidelidade e não quer perder tempo no telefone com a central de atendimento, nossa parceira Wanderlust pode fazer esse trabalho para você.
Para tanto, você precisa apenas enviar um email para viagens@wanderlustconcierge.com.br com as datas que você pretende viajar, o número de passageiros e um telefone para contato, que na sequência o time entrará em contato.
As emissões custam a partir de R$ 300 para o primeiro passageiro por trecho (independente de ser uma viagem de ida ou ida e volta). Demais passageiros no mesmo localizador têm o custo de R$ 200 por pessoa.
Tome Nota
Como foi mencionado ao longo deste post, como fechamento à sequência de três posts da série Compartilhando Emissões, busquei, após identificar trecho a trecho o custo total de milhas e taxas, bem como identificar o valor pagante em cada desses trechos, demonstrar o poder do uso das milhas para uma viagem de volta ao mundo.
Para tanto, relembrei as estratégias que adoto e a importância de conhecer os programas internacionais, além de não acumular em apenas um deles, mas também em programas que integram alianças distintas.
Frisei que somente desta forma, na minha opinião, será possível minimizar as eventuais dificuldades de encontrar disponibilidade nas rotas desejadas, além de poder maximizar e extrair o maior valor das suas milhas.
Para melhor demostrar isso, na prática, apontei a estimativa de custo das milhas que utilizei para a viagem de volta ao mundo em classe executiva e primeira classe, passando por três continentes e visitando quatro países, e comparei este custo com o valor que seria necessário se os bilhetes fossem pagantes.
Assim, concluí que, apesar das dificuldades (tanto na acumulação como, sobretudo, na utilização/emissão), o poder das milhas é inegável.
E você, leitor, concorda que somente no mundo das milhas é possível economizar cerca de 95% em uma viagem de volta ao mundo, podendo ter experiências memoráveis, como viajar de primeira classe? Em caso positivo, compartilhe abaixo, nos comentários, quais estratégias você vem utilizando para maximizar o uso das suas milhas.
Para Saber Mais
Veja mais sobre a série Compartilhando Emissões aqui.
Que tal nos acompanhar no Instagram para não perder nossas lives e também nos seguir em nosso canal no Telegram?
O Pontos pra Voar pode eventualmente receber comissões em compras realizadas através de alguns dos links e banners dispostos em nosso site, sem que isso tenha qualquer impacto no preço final do produto ou serviço por você adquirido.
Quando publicamos artigos patrocinados, estes são claramente identificados ao longo do texto. Para maiores informações, consulte nossa Política de Privacidade.