Dando sequência à série Compartilhando Emissões aqui no Pontos pra Voar, iremos, no post de hoje, fazer um resumo sobre as últimas emissões que eu compartilhei aqui na série, para mostrar a economia utilizando milhas ao viajar por nove países, passando por quatro continentes e realizar dez voos em cabines premium, sendo cinco em primeira classe e cinco em classe executiva, em apenas oito dias.
Aqui você encontra:
Introdução
Em primeiro lugar, gostaria de relembrar que nessa série eu e os demais editores do Pontos pra Voar (e você, nosso leitor, também pode contribuir, tal como já ocorreu em outros posts da série) iremos compartilhar emissões, tanto para voos já realizados, como voos futuros que, nas condições atuais dos programas, são vantajosas.
A ideia central desta série de posts é mostrar para você leitor que é possível voar para diversos lugares do mundo, utilizando as milhas acumuladas nos programas nacionais e internacionais que nós, brasileiros, temos acesso morando aqui no Brasil.
Indo além, tentaremos mostrar como realizar as pesquisas de disponibilidade e as melhores opções que os diversos programas nos oferecem, apontando os prós e contras, e possibilitando que você escolha a melhor opção para os seus interesses.
Até porque a melhor opção para o editor nem sempre será para o leitor, devendo ser respeitadas as particularidades de cada caso.
Assim, hoje, farei um resumo sobre as últimas emissões que eu compartilhei aqui na série, para mostrar a economia utilizando milhas ao viajar por nove países, passando por quatro continentes e realizar dez voos em cabines premium (cinco em primeira classe e cinco em classe executiva) em apenas oito dias.
Esclareço, porque necessário, que estas emissões fizeram parte de uma viagem no início do primeiro semestre, que iniciou no Brasil, seguiu para a América do Norte, passou pela Europa, de lá seguiu para o Egito, e, passando pelo Oriente Médio, retornei ao Brasil.
Em verdade, estas emissões eu realizei com o intento de conhecer novas cabines premium (de classe executiva e primeira classe), e que eu revelei, uma a uma, individualmente, para vocês nos últimos posts da série.
Agora, como um fechamento da “maratona” de voos, irei resumir um a um, para melhor entendimento, buscando mostrar, resumidamente, qual a sequência de voos e programas que eu escolhi para realizar dez voos em cabines premium em apenas 08 dias, passando por nove países e quatro continentes.
Igualmente, irei estimar o custo de geração das minhas milhas utilizadas (com exceção dos pontos Membership Rewards americano que enviei para o Skywards em relação aos quais não tive custo, irei desconsiderar os gastos orgânicos dos cartões e compras bonificadas, apenas para melhor entendimento e para fins de estimar o custo de geração das milhas), a fim de demonstrar o quanto o conhecimento do mundo das milhas pode nos proporcionar.
As Emissões
São Paulo – Nova York
Como eu mostrei em detalhes aqui, a emissão foi feita utilizando 232,4k milhas da Smiles, e mais R$ 250,06 de taxas, sendo que o bilhete pagante, à época do voo, estava custando R$ 36.000,00, aproximadamente.
Precificando o milheiro Smiles a R$ 14,00 (habitualmente recebo oferta de compra de pontos com 80% de desconto do programa), temos um custo total na emissão com milhas, somado com as taxas, de R$ 3.503,66, aproximadamente, ou seja, a emissão com milhas não chegou a custar 10% do bilhete pagante (economia de 90%).
Chegando em Nova York tive uma “conexão” (os bilhetes estavam separados, por isso as aspas) de cerca de dez horas até o próximo voo, que será falado a seguir, sendo que após cerca de quatro horas aguardando a abertura do check-in presencial pude acessar a Sala VIP da Lufthansa no Terminal 1 do aeroporto.
Nova York – Munique – Paris
Como eu mostrei em detalhes neste post, a emissão para voar na primeira classe da Lufthansa, nos A340-600 e, na sequência, na classe executiva intra-europa, foi feita utilizando 84,710k milhas LifeMiles, e mais 69,40 dólares de taxas (ou seja, com a cotação do dólar a R$ 5,40, sem IOF pois utilizei o meu cartão americano, um total de R$ 374,76).
O bilhete pagante, à época do voo, estava custando R$ 46.000,00, aproximadamente.
Precificando o milheiro LifeMiles a R$ 35,00 (enviei da Livelo à época da paridade 1×1, sendo que hoje, infelizmente, o programa não mais mantém parceria), temos um custo total na emissão com milhas, somado com as taxas, de R$ 3.340,00, aproximadamente, ou seja, a emissão com milhas não chegou a custar 8% do bilhete pagante (economia de 92%).
Chegando em Munique tive uma conexão de cerca de três horas até o próximo voo para Paris. Na oportunidade, pude tomar um excelente café da manhã no lounge de primeira classe da Lufthansa.
Finalmente, após pegar o voo intra-europa até Paris, fui descansar no Hyatt Place localizado próximo ao aeroporto, considerando que já no dia seguinte teria um novo voo, como eu mostrarei a seguir.
Paris – Dubai
Como eu mostrei em detalhes aqui, a emissão para voar na classe executiva da Air France no seu B777-300ER foi feita utilizando 153,1k milhas Smiles, e mais R$ 38,13 e R$ 585,23 de taxa, um total de R$ 623,36, sendo que o bilhete pagante, à época do voo, estava custando R$ 12.866, aproximadamente.
Precificando o milheiro Smiles a R$ 14,00 (como já expliquei acima), temos um custo total na emissão com milhas, somado com as taxas, de R$ 2.766,76, aproximadamente, ou seja, a emissão com milhas não chegou a custar 22% do bilhete pagante (economia de 78%).
Chegando em Dubai tive uma conexão de cerca de três horas até o próximo voo para Bruxelas via Amsterdã. Na oportunidade, pude realizar uma razoável refeição no lounge da aliança SkyTeam.
Dubai – Amsterdã – Bruxelas
Como eu mostrei em detalhes neste post, a emissão para voar na classe executiva da KLM no seu B777-300ER e, na sequência, na executiva intra-europa, foi feita utilizando 162,1k milhas Smiles, e mais R$ 249,54 de taxas, sendo que o bilhete pagante, à época do voo, estava custando R$ 9.500,00, aproximadamente.
Precificando o milheiro Smiles a R$ 14,00 (comumente recebo oferta de compra de pontos com 80% de desconto do programa), temos um custo total na emissão com milhas, somado com as taxas, de R$ 2.519,00 aproximadamente, ou seja, a emissão com milhas não chegou a custar 27% do bilhete pagante (economia de 73%).
Chegando em Amsterdã tive uma conexão de cerca de três horas até o próximo voo para Bruxelas. Na oportunidade, pude realizar um bom café da manhã e desfrutar do chope Heineken no lounge da própria cia.
Na sequência, na classe executiva da KLM no B737-800, cheguei em Bruxelas e fui descansar no Novotel que fica bem próximo ao aeroporto, inclusive com transfer gratuito.
Bruxelas – Dubai e Dubai-Cairo
Como eu mostrei em detalhes aqui, a emissão para voar na “game changer”, primeira classe executiva da Emirates em um dos seus nove B777-300ER equipados com esta cabine, foi feita utilizando 103,750k milhas Skywards, e mais R$ 3.880,00 (considerando o custo de 668,64 euros de taxas, com a conversão do euro a R$ 5,80, sem contar IOF, pois utilizei meu cartão americano), sendo que o bilhete pagante, à época do voo, estava custando R$ 31.200,00, aproximadamente.
Como o voo seguinte na excelente primeira classe do A380 da cia foi feito na mesma emissão, como eu expliquei aqui, importante citar que ele tinha um custo pagante, à época do voo, de R$ 19.600,00.
Deixo de precificar o milheiro Skywards (que poderia ser avaliado em 2 dólares o milheiro), já que não tive gastos com anuidade e gerei os pontos no programa Membership Rewards americano utilizados neste resgate e no seguinte de forma orgânica, sem custos, como já expliquei neste post.
Logo, considerando apenas as taxas, de R$ 3.880,00, aproximadamente, a emissão com milhas não chegou a custar 8% dos dois bilhetes pagantes somados (total dos dois voos de R$ 50.800,00, ou seja, economia de 92%).
Chegando em Dubai tive uma conexão longa de cerca de sete horas até o próximo voo para o Cairo para aproveitar o excelente lounge de primeira classe da Emirates no concourse B, com direito a, inclusive, massagem grátis, entre outros mimos, como deslocamento motorizado até o lounge.
Por fim, chegando no Cairo, fui descansar no Hyatt Regency, hospedagem que me custou apenas 6,5k pontos do programa, sendo que obtive um upgrade para a suíte que estava custando R$ 2.500,00 a diária.
Já no dia seguinte, antes de ir para o aeroporto, consegui por algumas horas passear e explorar com um guia contratado as incríveis pirâmides de Gizé.
Cairo – Doha
Como eu mostrei em detalhes neste post, a emissão para voar na primeira classe da Qatar Airways no seu A300-300 foi feita utilizando 72k milhas LATAM Pass, e mais R$ 375,74 de taxas, sendo que o bilhete pagante, à época do voo, estava custando R$ 4.000,00, aproximadamente.
Precificando o milheiro LATAM Pass a R$ 17,50 (o meu milheiro foi gerado em períodos de fartas promoções, com altíssimos bônus da promoção bumerangue, por exemplo), temos um custo total na emissão com milhas, somado com as taxas, de R$ 1.455,74, aproximadamente, ou seja, a emissão com milhas não chegou a custar 37% do bilhete pagante (economia de 63%).
Chegando em Doha pude acessar a excelente sala VIP de primeira classe da cia Al Safwa), quando pude realizar duas excelentes refeições (janta e café da manhã) e desfrutar de todo o conforto ao longo de cerca de sete horas no lounge da própria cia.
Doha – São Paulo
Como mostrei aqui, a emissão para voar nas Qsuites custaram 120k milhas do programa LATAM Pass (via tabela fixa, antes da mudança que alterou para 162k a tarifação neste trecho), sendo as taxas de R$ 194,93.
Considerando que este mesmo voo, em bilhete pagante, estava, à época, custando cerca de R$ 24.000,00, e precificando o milheiro LATAM Pass a R$ 17,50, como já expliquei acima, temos um custo total na emissão com milhas, somado com as taxas, de R$ 2.294,93, aproximadamente, ou seja, a emissão com milhas não chegou a custar 10% do bilhete pagante (economia de 90%).
A Significativa Economia Obtida Graças às Milhas
No total, como mostrei acima, foram gastas as seguintes quantidades de milhas: 1) 547.600,00 milhas Smiles; 2) 192.000,00 milhas LATAM Pass; 3) 84.710,00 milhas LifeMiles e 4) 103.750,00 milhas Skywards, com um total gasto de R$ 19.760,09, considerado o custo de geração das milhas e as taxas, a partir dos valores acima lançados.
O valor dos voos pagantes, se somados, chegaria a incríveis R$ 183.166,00.
Assim, temos que a economia média final obtida com o uso das milhas foi de inacreditáveis R$ 163.405,91, ou seja, mais de 89%.
Para quem acha que não compensa mais viajar com milhas, ainda que o cenário seja, a cada dia mais difícil e desafiador, e que os custos de geração de milhas, atualmente, em relação aos indicados neste post tenham aumentado, aí está um grande exemplo de que um bom planejamento, aliado a excelentes cartões de crédito e a um aprofundado conhecimento em emissões e programas de fidelidade nacionais e internacionais, ainda permite que você viaje muito com economia e conforto.
A Maratona de Voos na Run de Cabines
Além da excelente economia e do conforto obtido, realizei uma verdadeira “run” de cabines, conhecendo novas cabines de classes executivas e cinco novas primeiras classes, além de conhecer várias e nova salas VIP e visitar novamente a excelente Al Safwa.
Sobretudo, pude conhecer a tão sonhada cabine da Emirates “game changer”, que, por si só, já compensou toda a viagem.
Este objetivo foi realizado, ainda, viajando por nove países, passando por quatro continentes e realizando dez voos em apenas oito dias, percorrendo um total de 46.887km, quantidade superior à percorrida em uma volta ao mundo (segundo o Guiness, de 40.075km).
De quebra, pude visitar, novamente, as maravilhosas pirâmides no Cairo, Egito.
Emissões de Passagens com Milhas
Caso você esteja planejando fazer emissões de passagens para voar com pontos de qualquer programa de fidelidade e não quer perder tempo no telefone com a central de atendimento, nossa parceira Wanderlust pode fazer esse trabalho para você.
Para tanto, você precisa apenas enviar um email para viagens@wanderlustconcierge.com.br com as datas que você pretende viajar, o número de passageiros e um telefone para contato, que na sequência o time entrará em contato.
As emissões custam a partir de R$ 300 para o primeiro passageiro por trecho (independente de ser uma viagem de ida ou ida e volta). Demais passageiros no mesmo localizador têm o custo de R$ 200 por pessoa.
Tome Nota
Como foi mencionado ao longo deste post, estamos dando continuidade a uma série em que nós, editores do site, buscaremos compartilhar emissões (tanto para voos já realizados, como voos futuros, ainda não realizados, mas que estão na nossa lista) que, mantidas as condições atuais, são vantajosas.
Neste post eu fiz um resumo da “maratona” de voos que realizei no início deste ano, em distância que superou a de uma volta ao mundo em apenas 08 dias, sendo tudo realizado em cabines premium (executiva e primeira classe).
Busquei indicar qual a sequência de voos e programas que eu escolhi para realizar dez voos em apenas 08 dias, passando por nove países e quatro continentes.
Assim, mostrei que utilizei um total de 928.060,00 milhas de quatro programas, com um custo total de geração dessas milhas e taxas de R$ 19.760,09, sendo que os bilhetes pagantes tinham o custo, somado, de R$ 183.166,00, gerando uma economia superior a 89%.
Igualmente, busquei mostrar, como forma de incentivar todos os colegas do mundo das milhas, que ainda é possível, apesar do cenário cada vez mais difícil e desafiador (sobretudo no mercado nacional), viajar com muita economia e conforto utilizando milhas.
Dito isso, reitero o convite ao leitor deste site a compartilhar suas emissões conosco. Para tanto, peço que envie um email descrevendo, resumidamente, a sua experiência e os detalhes da sua emissão para o seguinte endereço: info@pontospravoar.com.
E você, leitor, já chegou a realizar emissões com milhas para visitar vários países em poucos dias? Em caso positivo, compartilhe abaixo, nos comentários, em qual rota e países que visitou e qual o programa e quantidade de milhas utilizadas.
Para Saber Mais
Veja mais sobre a série Compartilhando Emissões, clique aqui.
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