A British Airways e a Virgin Atlantic, como todas as outras empresas aéreas ao redor do mundo, foram duramente atingidas pela crise do covid-19. Com um cenário não muito animador pela frente, ambas as empresas já começaram a implementar medidas para garantir as suas sobrevivências.
Virgin Atlantic
A Virgin Atlantic, que está numa situação menos confortável, anunciou uma série de medidas esta semana para tentar atravessar a tormenta. A empresa irá demitir 3.150 colaboradores e também retirar da frota os seus 7 B747.
No entanto, a medida que mais surpreendeu a todos, foi o anúncio de que a empresa abandonará o Aeroporto de Gatwick e irá concentrar todas as suas operações em Heathrow. Embora isso represente um baque para Gatwick, a concentração em um único hub faz todo sentido.
British Airways
As decisões da British Airways seguem a mesma linha da Virgin Atlantic, porém em maior escala. A empresa já anunciou que espera desligar até 12 mil colaboradores e, embora ainda não tenhamos nenhum anúncio oficial, a aposentadoria levemente precoce dos seus B747 é dada como certa.
Assim como a Virgin Atlantic, a British Airways também já informou que analisa a possibilidade de fechar sua base em Gatwick e concentrar todos os seus voos em Heathrow.
Algumas Palavras
Se de um lado realmente faz sentido para ambas as empresas concentrarem suas operações em um único aeroporto. Por outro, eu vejo esse movimento como uma mudança estratégica para tentar segurar o maior número possível de slots (autorizações para pouso e decolagem) em Heathrow.
Como muitas empresas devem deixar de voar para Londres, a British Airways e a Virgin Atlantic conseguiriam tais slots, ampliando seu domínio no maior aeroporto de Londres.
É óbvio que tudo isso pode ser apenas uma forma de pressionar o Aeroporto de Gatwick a lhes oferecer condições ainda mais vantajosas para continuarem com parte de suas operações naquele aeroporto.