O governo brasileiro lançou um programa de R$ 6 bilhões para o desenvolvimento de combustíveis sustentáveis para aviação e navegação, dividindo o investimento entre BNDES e FINEP. A iniciativa busca reduzir emissões de CO₂ e posicionar o Brasil como líder mundial na produção de biocombustíveis, promovendo uma economia verde.
O governo federal do Brasil anunciou recentemente o lançamento de um novo programa voltado ao desenvolvimento de Combustíveis Sustentáveis para a Aviação (SAF) e Navegação. Com um investimento robusto de 6 bilhões de reais (equivalente a 1 bilhão de dólares), o programa visa fomentar a criação de biorrefinarias no Brasil. Este financiamento será dividido entre o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), com cada instituição aportando 3 bilhões de reais.
Durante o anúncio, os ministros Luciana Santos (Ciência, Tecnologia e Inovação), Geraldo Alckmin (Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços) e Alexandre Silveira (Minas e Energia) enfatizaram a relevância da iniciativa para a transição energética do país. A ministra Luciana Santos destacou que a iniciativa está alinhada com a “Nova Indústria do Brasil”, que busca integrar inovação tecnológica com sustentabilidade ambiental.
O transporte representa aproximadamente 25% das emissões globais de CO₂, com o transporte aéreo e marítimo contribuindo com 2% e 3%, respectivamente, de acordo com o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU. O novo programa brasileiro é uma resposta direta à necessidade de reduzir essas emissões e acelerar a transição para uma economia mais verde.
Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro do MDIC, reforçou a posição do Brasil como líder mundial em biocombustíveis, destacando o compromisso do país com a economia verde. O ministro Alexandre Silveira complementou, afirmando que o Brasil tem uma oportunidade única de liderar essa nova economia sustentável.
O programa é destinado a empresas brasileiras que atuam na produção de combustíveis, pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação, ou na comercialização de produtos finais relacionados. As empresas interessadas devem apresentar um plano de negócios com um requerimento mínimo de crédito de 20 milhões de reais até o prazo final de 31 de outubro.
O evento contou ainda com a presença de Celso Pansera, presidente da FINEP, e Aloizio Mercadante, presidente do BNDES. Ambos reforçaram o papel estratégico do Brasil na transição energética global e na produção de combustíveis sustentáveis. O processo de seleção de projetos será realizado em três etapas: apresentação dos planos de negócios, seleção dos melhores projetos e estruturação de um Plano de Apoio Conjunto (PSC) para cada iniciativa aprovada.
Com essa convocatória, o Brasil dá um passo significativo para se posicionar como um líder na produção de combustíveis sustentáveis, promovendo uma nova economia verde e sustentável no cenário global.
Com informações da Anac
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