Em entrevista à CNN o CEO da Azul, John Rodgerson, informou que a empresa necessita de 45 dias para se adaptar à possível volta do horário de verão que, aliás, é um tópico que causa muita divisão, tanto entre os indivíduos, quanto entre as empresas.
Especialmente no setor da aviação, esta mudança impacta diretamente a escala de voos que, por sinal, já foram vendidos com determinada antecedência. É necessária toda uma reestruturação para se adequar aos novos horários.
Tem que ajustar todos os voos. Se fizerem [horário de verão], espero que tenhamos algum tempo para implementar, disse John Rodgerson.
Ele ainda declara que, caso essa mudança ocorra ainda no ano de 2024, tanto chegadas como partidas de voos domésticos serão impactadas. Já os voos internacionais também serão afetados devido aos horários de pouso e descolagens nos aeroportos.
Já Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia, afirma que a decisão sobre a volta ou não do horário de verão será tomada ainda neste mês de setembro. Estão sendo realizados estudos sobre a possível economia de energia diante do atual estado de estiagem pelo qual passa o país e a consequente crise hídrica.
Quem vai dar a palavra final se o horário de verão volta ou não é o presidente Luis Inácio Lula da Silva. O CMSE, Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, já deu seu parecer ao governo federal recomendando a volta do horário de verão. Segundo ele, a economia pode chegar a R$ 400 milhões no período entre outubro e fevereiro. O estudo apresentado pelo CMSE foi elaborado pela NOS, Operador Nacional do Sistema Elétrico, que afirma que esta volta poderá vir a reduzir em até 2,9% a demanda por energia elétrica.
Para respaldar ainda mais a recomendação da NOS, diversos especialistas afirmam que esta medida poderia ter como resultado uma significativa economia de energia, particularmente nas regiões que se utilizam demasiadamente de aparelhos de ar condicionado durante as tardes, períodos em que a temperatura é mais alta.
Em contrapartida, vários economistas dizem que o impacto causado em decorrência do horário de verão varia muito entre os diversos setores da economia.
Especificamente no setor de turismo, o horário de verão traria vários benefícios. Com o dia mais longo, a movimentação nas áreas turísticas e comerciais é maior, o que impulsiona as vendas e o consumo de serviços.
O mesmo não acontece com os setores da indústria e agricultura, que certamente enfrentariam desafios, com a adequação das jornadas de trabalho, além da estruturação das atividades agrícolas, trazendo problemas extras e, consequentemente, aumento de custos.
A afirmação do CEO da Azul ajuda na reflexão da extensão das implicações desta tomada de decisão. É uma equação difícil de ser resolvida. Se aprovada, a volta do horário de verão exigirá um determinado período de ajuste e planejamento – o que embasa a declaração de Rodgerson.
De qualquer forma, espera-se que a decisão seja tomada tendo como base estudos robustos e amplas consultas com os diversos setores da sociedade a serem impactados e não em interesses setoriais ou políticos.
Com informações da CNN Brasil
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