A Azul Linhas Aéreas busca garantir o pagamento antecipado de um empréstimo de €90 milhões concedido à TAP Air Portugal em 2016, em meio ao processo de privatização da companhia portuguesa, previsto para março de 2025. A disputa, que já chegou à justiça portuguesa, pode afetar a parceria entre as empresas e influenciar a venda da TAP, enquanto a Azul mantém sua posição firme na negociação.
A Azul Linhas Aéreas está intensificando seus esforços para garantir o pagamento antecipado de um empréstimo de €90 milhões concedido à TAP Air Portugal em 2016. Essa movimentação ocorre em meio ao processo de privatização da companhia aérea portuguesa, previsto para iniciar em março de 2025. A Azul busca assegurar que sua dívida seja quitada antes da conclusão da venda da TAP.
Em 2016, a Azul, sob a liderança de David Neeleman, cofundador da companhia, forneceu um empréstimo de €90 milhões à TAP. Esse aporte financeiro, acompanhado de um adicional de €30 milhões do governo português, visava fortalecer a liquidez da TAP durante um período de dificuldades financeiras. Na época, Neeleman também era acionista da TAP por meio do consórcio Atlantic Gateway.
Com o avanço do processo de privatização da TAP, a Azul expressou preocupações sobre a recuperação do montante emprestado. John Rodgerson, CEO da Azul, enfatizou a clareza da dívida:
“É muito claro que a Azul emprestou dinheiro à TAP, e ninguém nega isso. Demos US$100 milhões para fortalecer a TAP.” A companhia brasileira contratou um escritório de advocacia em Portugal para intermediar as negociações e garantir a proteção de seus interesses.
A Azul considera essencial a resolução dessa dívida antes da efetivação da privatização da TAP, prevista para iniciar em março de 2025. A empresa teme que a venda da companhia aérea portuguesa possa complicar ou até mesmo impedir o reembolso do empréstimo. Rodgerson já comunicou essa posição aos executivos da TAP em discussões anteriores, destacando a importância de resolver a questão para não afetar o processo de venda.
Em resposta às demandas da Azul, a TAP acionou a justiça portuguesa, buscando uma resolução legal para o impasse. A ação, movida no Tribunal Cível de Lisboa, visa esclarecer as obrigações de ambas as partes em relação ao empréstimo. A TAP argumenta que as condições contratuais originais permanecem válidas e que não há justificativa para o pagamento antecipado solicitado pela Azul.
A disputa entre as duas companhias aéreas pode impactar a parceria estratégica que mantêm no mercado brasileiro. Além disso, a controvérsia tem o potencial de influenciar o processo de privatização da TAP, especialmente se a dívida não for resolvida antes da venda. A Azul indicou que, embora prefira uma solução amigável, não descarta a possibilidade de adotar medidas mais rigorosas caso um acordo não seja alcançado.
A insistência da Azul no pagamento antecipado do empréstimo à TAP destaca as complexidades financeiras e legais que podem surgir em processos de privatização de grandes empresas. A resolução desse impasse será crucial para o futuro relacionamento entre as duas companhias e para o sucesso da venda da TAP. Observadores do setor aéreo acompanharão de perto os desdobramentos dessa situação nos próximos meses.
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