A Azul vai ampliar o número de voos entre Belo Horizonte e Orlando a partir de agosto. A novidade é positiva para quem busca voos diretos para os EUA, apesar do momento delicado da companhia.
Azul com mais voos para Orlando
A partir de agosto, a Azul passará a operar cinco voos semanais entre Belo Horizonte, Aeroporto de Confins (CNF) e a cidade de Orlando (MCO), Estados Unidos. O aumento é significativo em comparação aos atuais dois voos por semana. Os novos voos estarão disponíveis aos domingos, terças, quartas, quintas e sábados, ampliando a flexibilidade de dias para quem viaja à Florida.
A alta temporada de julho também contará com reforço de operações da Azul para os Estados Unidos, totalizando mais de 140 voos partindo de cinco cidades brasileiras: Campinas, Belo Horizonte, Recife, Belém e Manaus. A companhia estima chegar a 143 voos e 34,5 mil assentos mensais em operações para Orlando e Fort Lauderdale, dois destinos que a companhia tem investido nos EUA.
Com a ampliação da malha internacional, os clientes da Azul ganham mais chances de aproveitar benefícios em resgates e emissões de passagens para os EUA. Quem possui os cartões Azul Visa Infinite ou Mastercard Skyline pode conquistar atingir a meta de pontos (50.000 pts), liberando o benefício que permite emitir trechos cortesia (nacionais ou internacionais) para um acompanhante na mesma reserva.
Além disso, com mais voos disponíveis, aumentam as possibilidades de uso do Companion Pass em datas diversas, especialmente durante a alta temporada ou feriados.
Expansão em Meio à Reestruturação
Apesar da boa notícia para os passageiros, a ampliação ocorre em um momento sensível para a companhia. Em maio desta ano, a Azul entrou com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos, via Chapter 11, com dívidas acumuladas de R$ 35 bilhões. O objetivo do pedido é reestruturar o passivo mantendo as operações ativas.
Apesar da proteção legal e da captação de recursos, o processo gerou impacto imediato no mercado. As ADRs (American Depositary Receipts) da companhia, negociadas na Bolsa de Nova York, despencaram no pré-market 40,18%, sendo cotados a apenas US$ 0,29. A queda reflete o impacto negativo da reestruturação frente aos investidores.
Mesmo assim, a companhia anunciou pré-acordos com credores e a captação de US$ 1,6 bilhão em financiamento do tipo debtor-in-possession (DIP), voltado para empresas em recuperação.
Dificuldades Operacionais em Rotas Novas
Além da recuperação judicial, a Azul tem enfrentado desafios operacionais em algumas de suas rotas internacionais. O caso mais notório ocorreu na recém-inaugurada rota Recife-Madrid, que enfrentou duas falhas técnicas consecutivas em aeronaves da EuroAtlantic.
Na primeira tentativa, o voo deu diversas voltas sobre o oceano e precisou retornar ao Recife após falha nos flaps. Dois dias depois, novo problema exigiu outro retorno, após 20 voltas sobre o mar. Apenas na terceira tentativa, com aeronave própria da Azul (Airbus A330neo), o trecho foi concluído sem intercorrências.
A situação ganhou repercussão nas redes e no canal ‘Viajando com Luiz’. Em resposta, a Azul informou que as decisões de retorno seguiram protocolos preventivos e que os clientes foram assistidos conforme as normas da ANAC.
Tome Nota
Temos observado uma tentativa da Azul de ampliar sua representatividade por meio da expansão de sua malha aérea internacionais (até então mais restrita). No entanto, a companhia não dispõe de aeronaves suficientes para cobrir todas as rotas e nem disponibilidade de aeronaves extras que possam cobrir possíveis problemas ou imprevistos.
É claro que o aumento da disponibilidade de voos da Azul para Orlando é uma notícia positiva, já que os passageiros passam a contar com mais opções de viagens, especialmente para quem pode se beneficiar de trechos e emissões cortesia.
Ainda assim, o momento da companhia exige atenção, tanto pela reestruturação financeira quanto por problemas técnicos em operações internacionais. Vamos seguir acompanhando os próximos movimentos da Azul.
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