No começo deste mês a Avianca teve o seu pedido de recuperação judicial aprovado, garantindo-lhe acesso a um financiamento de 2 bilhões de dólares. Cumprida essa etapa crítica, a Avianca começa agora a olhar para a sua reestruturação, que invariavelmente atingirá seus empregados.
Embora tenha sido duramente atingida pela crise causada pela covid-19, assim como qualquer outra empresa aérea do mundo, os problemas financeiros da Avianca antecedem a pandemia. Sob o comando dos irmãos Efromovich a empresa experimentou um crescimento acelerado e questionável, chegando a precisar de socorro financeiro. Portanto, para a Avianca a pandemia da covid-19 não poderia ter ocorrido em momento pior.
Reestruturação da Avianca e seus Empregados
O CFO da Avianca, Adrian Neuhauser, declarou recentemente durante uma entrevista a um jornal no Chile que a empresa, com 20 mil empregados, não era eficiente antes da pandemia da covid-19.
Acreditamos que a Avianca do pós covid-19 será 30% menor, o que significa dizer que teremos uma força de trabalho de aproximadamente 14 mil pessoas.
Fica claro, portanto, que os planos da empresa é eliminar até 6 mil postos de trabalho nos próximos meses.
Retomada dos Voos
A recuperação da empresa, como no caso das demais na região, será lenta. Atualmente a empresa está operando 62 aeronaves e tem outras 77 paradas, por falta de demanda. Depois de ficar com todos os voos suspensos por meses, somente no fim do mês passado a empresa reiniciou alguns voos a partir dos seus hubs na Colômbia e em El Salvador.
Segundo Adrian Neuhauser, se os lucros da empresa crescerem 5% ao ano, a Avianca precisará de algo entre cinco e seis anos para voltar aos níveis de 2019. Só para colocar as coisas em perspectiva, no primeiro semestre de 2020 a empresa colombiana perdeu US$ 352 milhões e o segundo semestre trará, na melhor das hipóteses, números bem parecidos.
HT: Simple Flying