De acordo com um relatório publicado recentemente pela ICAO (International Civil Aviation Organization), a aviação na América Latina deverá perder 289 milhões de passageiros devido à crise global causada pela pandemia da covid-19. Assim como em outras partes do mundo, a perda de passageiros forçou as empresas da região a reduzirem a capacidade disponível.
No relatório “Effects of Novel Coronavirus (COVID-19) on Civil Aviation: Economic Impact Analysis”, a ICAO traça vários cenários para a aviação no mundo. A organização prevê uma redução global na oferta de assentos entre 51% e 52% e uma perda em torno de US$400 bilhões no longo prazo.
Pelas análises da ICAO, a América Latina já perdeu US$21 bilhões de dólares em vendas de passagens. Em comparação com o resto do mundo, a África já perdeu US$11 bilhões, o Oriente Médio US$17 bilhões, a América do Norte US$71 bilhões, a Europa US$77 bilhões e a Ásia – Pacífico US$97 bilhões.
Otimismo da IACO com a América Latina?
Embora os números acima sejam assustadores, ainda assim não estaria a IACO sendo bastante otimista com os resultados globais da América Latina? Afinal de contas, somente em setembro a Avianca voltou a voar, enquanto a Copa Airlines o fez em Outubro e a Aerolíneas Argentinas continua no chão. O Brasil é um dos únicos casos na região onde não tivemos uma suspensão total dos voos, mas a redução da capacidade foi dramática.
Para deixar as coisas ainda piores, temos o agravante de que os três principais grupos aéreos da América Latina estão em recuperação judicial. Como e a forma com a qual sairão desses processos ainda são desconhecidos.
Portanto, tudo indica que as perdas na região deverão ir bem além dos US$21 bilhões de dólares já reportados até aqui. Some-se a isso, a situação da economia brasileira e a derrocada do real frente ao dólar, que inibe mais ainda a busca por viagens.
No final das contas, o tamanho do prejuízo e como será a recuperação são difíceis de se prever, mas seguramente dependerão de alguns fatores. Entre eles:
- Como LATAM, Avianca e Aeromexico sairão de seus processos de recuperação judicial.
- Qual o proveito que as empresas de baixo custo como Azul, Volaris e Viva Air tirarão da crise.
- A situação, que não é boa no momento, da economia da região como um todo.
- Uma segunda ou terceira onda de covid-19.
- O lançamento e eficácia de uma vacina para a covid-19.
Na sua opinião, como será a recuperação da aviação na América Latina passada a pandemia da covid-19?
HT: Simple Flying
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