Atenas proibiu novos registros de aluguéis de curta duração em bairros populares por um ano, visando conter a crise de habitação que afeta os moradores locais. A medida reflete o esforço do governo em equilibrar turismo sustentável e acessibilidade habitacional, diante do impacto das plataformas como Airbnb.
Desde a última quarta-feira (01/01), Atenas proibiu novos registros de apartamentos para aluguel de curta duração em bairros populares, como Kolonaki, Koukaki, Pangrati e Exarchia. A medida, válida por um ano, busca conter a crise de habitação que afeta os residentes permanentes.
Em 2024, o número de camas em aluguel de curta duração na Grécia ultrapassou pela primeira vez a capacidade dos hotéis, atingindo 1,022 milhão, contra 887.740 camas hoteleiras, segundo o jornal grego Ekathimerini. Essa expansão gerou críticas do setor hoteleiro, que acusa plataformas como a Airbnb de desviar clientes.
A legislação de novembro deu aos proprietários até 31 de dezembro para registrar imóveis existentes e oferece benefícios fiscais para quem migra de aluguéis curtos para longos.
Não é a primeira tentativa de regulamentação dos aluguéis de curta duração em Atenas. Em 2024, o governo exigiu licenciamento profissional para quem aluga mais de duas propriedades e estabeleceu normas de saúde, segurança e seguro civil, mas críticos duvidam da eficácia a longo prazo.
Impacto dos Arrendamentos Temporários
Os registros de apartamentos para aluguel de curta duração, embora fomentem a economia e incentivem o turismo, têm causado uma crise de habitação em Atenas. Isso é caracterizado pela dificuldade dos residentes locais em encontrar moradias acessíveis, justamente devido ao aumento dos arrendamentos de curtos períodos, como os oferecidos por plataformas como o Airbnb. Esses arrendamentos têm se expandido significativamente, atraindo turistas e reduzindo a disponibilidade de imóveis para contratos de longo prazo.
Como consequência, os preços para os residentes locais aumentaram, e muitos enfrentam dificuldades para permanecer em suas comunidades devido ao encarecimento e à oferta reduzida de moradia. Além disso, bairros tradicionais estão se tornando áreas turísticas, afetando a convivência local e o caráter das comunidades.
Equilíbrio Entre Turismo e Habitação
O primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, defendeu as novas regras, buscando aliviar a pressão nos aluguéis e aumentar a oferta de moradia, sem prejudicar o setor de aluguéis de curta duração.
“A identidade dos nossos bairros deve ser preservada. O direito ao lucro não pode se sobrepor ao direito à habitação,” declarou Mitsotakis.
Ele também garantiu que o governo está disposto a tomar medidas adicionais, se necessário, para equilibrar os interesses do turismo e da habitação. A nova legislação coloca Atenas entre cidades que buscam equilibrar turismo sustentável e acessibilidade habitacional.
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