A Argentina lançou uma norma para estimular os turistas a usarem o cartão de crédito (ou débito) internacional no país.
O objetivo é desestimular o uso do câmbio paralelo de dólares em espécie no país e, assim, aumentar a receita de moeda estrangeira, em um momento em que o país precisa aumentar suas reservas monetárias.
Chegar à Argentina carregado de dólares em espécie é, há anos, uma prática comum entre os turistas, ávidos por receber um melhor valor pela moeda local no mercado informal, cujo câmbio é substancialmente superior ao oficial.
Mas o Governo quer, se não acabar com essa prática, ao menos reduzi-la.
A partir de agora, o Banco Central Argentino não vai mais obrigar as operadoras de cartão de crédito a pagarem pelas despesas dos estrangeiros por meio do câmbio oficial.
Ao invés disso, as despesas serão convertidas no mercado financeiro por um câmbio muito mais vantajoso.
Como funciona a nova taxa de câmbio?
“O turista consome com o cartão; o cartão converte essa despesa à taxa de câmbio definida para turistas do exterior; os turistas pagam em dólares aos cartões e as empresas de cartões vendem esses dólares na Argentina através do mercado financeiro e depois pagam negócios ou serviços em pesos”, explicou o governo.
Na prática, os turistas que fizerem qualquer tipo de despesa no cartão de crédito ou débito emitido por um banco estrangeiro, pagarão pelo consumo à taxa do chamado “dólar MEP”, que é cotado hoje em 295 pesos por dólar.
Sob o regime anterior, os turistas pagavam a taxa de câmbio oficial de 160 pesos.
O peso argentino é a moeda mais desvalorizada da região esse ano, com queda de 35% em relação ao dólar americano.
Uma medida para acumular dólares em um país com falta de moeda estrangeira
Com o novo sistema, o Banco Central Argentino espera que os turistas evitem o incômodo de viajar para a Argentina com dinheiro vivo e os riscos de ir ao mercado informal de câmbio, além de acumular mais reservas em dólar em um momento de escassez da moeda no mercado.
Segundo cálculos oficiais, em 2019, antes do início da pandemia e com fluxo normal de turistas, entraram na Argentina entre 200 milhões e 250 milhões de dólares por mês, derivados dos gastos de turistas estrangeiros com cartões de crédito e débito.
Essa média atualmente é de cerca de 30 milhões de dólares por mês, como explica Natalio Cosoy, correspondente da France24 em Buenos Aires.
O Governo calcula que esse ano, os turistas estrangeiros gastaram cerca de 2,5 bilhões de dólares no país, dos quais apenas 15% entraram nas reservas do Banco Central.
O que vocês acharam dessa nova norma do Governo Argentino para estimular o uso do cartão de crédito internacional no país?
Agradecemos ao Heron Alonso pelo envio dessa dica.
Fonte: France24
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