Air France-KLM confirma que vai apresentar manifestação de interesse na privatização da TAP e coloca o grupo no centro da corrida europeia. O prazo oficial para demonstração de interesse termina em 22 de novembro de 2025. O governo português autorizou vender até 49,9% do capital, num processo que reabriu após o decreto presidencial de agosto, conforme já informado aqui no Pontos pra Voar.
O anúncio veio dias depois da publicação das regras pelo governo. Assim, a TAP volta ao radar de gigantes como o Grupo Lufthansa e IAG. O interesse decorre do hub de Lisboa e dos laços com Brasil, África e Estados Unidos, que pesam na estratégia de qualquer grupo global.
O cronograma impõe etapas clássicas. Primeiro, as cartas de interesse. Depois, due diligence e ofertas vinculantes. A disputa tende a ser acirrada porque a TAP voltou a resultados positivos no ciclo pós-pandemia, apesar de pressões recentes em 2024 e 2025. A empresa transportou 16 milhões de passageiros em 2024, mas ajustou capacidade e lidou com custos trabalhistas extraordinários.
O governo quer vender sem abrir mão de ativos estratégicos. Por isso, o caderno de encargos exige preservar marca, hub de Lisboa e rotas-chave. Além disso, a operação reserva 5% para funcionários e prevê escrutínio de Bruxelas, que pode impor compensações concorrenciais em rotas sensíveis.
O Grupo Air France-KLM afirma que apresentará a manifestação dentro do prazo e avalia entrar com proposta formal na fase seguinte. A imprensa especializada cita o grupo como frontrunner, sem descartar movimentos de rivais. Em paralelo, bancos e escritórios contratados pelo Estado já acompanham o rito da venda.
Para o Brasil, a disputa interessa, e muito. Lisboa é a ponte natural entre América do Sul e Europa, com densidade única no tráfego Brasil – Portugal. Ben Smith já sinalizou que reforçar o Brasil faz parte de sua estratégia caso o negócio avance. Na prática, isso costuma significar mais frequências, cabines atualizadas e conectividade melhor para capitais e cidades médias.
O cenário financeiro da TAP ajuda a entender o apetite e a cautela. A companhia voltou ao lucro após a reestruturação, mas enfrentou queda do resultado em 2024 por temas laborais e cambiais. Mesmo assim, a procura seguiu firme e a rede para o Brasil sustentou a estratégia. Em leilões assim, tráfego real e posição geográfica valem tanto quanto balanço.
O passo seguinte depende do apetite dos concorrentes. Lufthansa e IAG (dona da Iberia e British Airways) estudam o ativo e podem elevar a régua de preço. Já o governo português quer estabilidade de operação, empregos e Lisboa pujante. Se o desenho final equilibrar ambição e regulação, a TAP pode ganhar um sócio com capital, escala e visão de rede.
Será que, finalmente, a TAP será privatizada?
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