Nova sala VIP, embarque remoto ampliado e reconfiguração do acesso: mudanças já começam a transformar o aeroporto de Congonhas.
O Aeroporto de Congonhas, o mais antigo do Brasil ainda em operação, começa a mostrar as primeiras entregas do seu grande plano de requalificação que vai até 2028. Embora a transformação completa do terminal esteja prevista para ocorrer ao longo dos próximos três anos, algumas melhorias já serão sentidas pelos passageiros ainda este ano, entre elas, a ampliação da sala de embarque remoto, prevista para agosto, e a inauguração de uma nova sala VIP, programada para setembro. As intervenções que estreiam nos próximos meses têm como objetivo imediato aliviar gargalos operacionais.
Novidades no Aeroporto de Congonhas
Algumas das novidades foram detalhadas hoje (24) pelo diretor executivo da Aena Brasil, Kleber Meira, durante o encontro EmDiaCom Associados realizado no Aeroporto de Congonhas. No evento, Meira comentou as mudanças em curso no terminal, que envolvem ampliação da estrutura, melhorias na experiência dos passageiros e avanços operacionais.
As intervenções fazem parte do pacote de obras capitaneado pela concessionária espanhola Aena, responsável pela gestão do terminal desde 2023. O projeto pretende elevar o padrão de infraestrutura e serviços de Congonhas, mirando não apenas maior eficiência e conforto, mas também a retomada de voos internacionais de curta distância, especialmente dentro da América do Sul.
Nova sala VIP
Uma das novidades mais próximas de se concretizar no Aeroporto de Congonhas é a inauguração de uma nova sala VIP, prevista para setembro. O espaço terá cerca de 30% a mais de área útil em relação à unidade recentemente lançada pelo Bradesco. A estrutura será instalada em um pavimento recém-reformado do terminal, ao lado de um novo espaço temático da marca Corona, voltado à experiência do consumidor.
Ampliação do embarque remoto
Ainda em agosto, os passageiros começarão a perceber melhorias na área de embarque remoto, uma das mais criticadas por conta da superlotação e da dificuldade de acesso. A estrutura será ampliada como solução provisória até que a nova área definitiva, que ficará no antigo hangar da GOL, seja finalizada.
Esse hangar, tombado pelo patrimônio histórico e feito integralmente de madeira sem uso de pregos ou parafusos, passará por requalificação e será transformado em uma nova sala de embarque remoto, respeitando a arquitetura original, mas com layout funcional e mais conforto para os usuários.
“Independente do novo terminal, a gente acha que tem que dar um tratamento para a sala de embarque remota. Tem muitas pessoas que falam: ‘Lá é muito apertado, lá parece uma rodoviária’. Então, a gente vai dar um tratamento para aquele lugar ali, mesmo sabendo que daqui a três anos aquela sala remota não vai existir mais”, Kleber Meira, diretor executivo da Aena Brasil.
Mais fingers e menos embarques remotos
O plano diretor da Aena prevê a construção de um novo píer que aumentará o número de pontes de embarque (fingers) de 12 para 19. Com isso, cerca de 70% dos embarques passarão a ser realizados diretamente pelas passarelas, reduzindo para apenas 30% os embarques feitos por ônibus.
Isso vai melhorar a fluidez das operações e o conforto dos passageiros, especialmente nos horários de pico. A nova estrutura terá largura equivalente à do Terminal 3 de Guarulhos, oferecendo padrão internacional de circulação interna.
Congonhas com voos internacionais novamente?
Além de aumentar a capacidade operacional, as obras preparam o aeroporto para receber aeronaves de maior porte, como os modelos Airbus A321, Boeing 737 MAX e os jatos E2 da Embraer. Isso abre espaço para voos internacionais regionais, como para Buenos Aires ou Santiago, que operam dentro do raio de alcance da pista de Congonhas.
Atualmente, a pista continua sem condições para voos intercontinentais, mas a expectativa é que Congonhas volte a receber voos regionais para países vizinhos.
Melhorias na mobilidade externa e acesso por aplicativos
Mudanças na mobilidade externa também já começam a mostrar resultados. A reorganização do bolsão de carros por aplicativo reduziu em mais de 40% o tempo de espera, que caiu de nove para cinco minutos em média. Em uma etapa futura, o acesso será deslocado para o topo do edifício garagem, com a criação de uma praça com oito faixas de rolamento. A entrega dessa fase está prevista para o início de 2026.
Essas intervenções vêm acompanhadas de uma reconfiguração completa do fluxo de passageiros no terminal. A lógica atual, em que o desembarque aparece logo na entrada principal, será invertida: o embarque passará a ocorrer antes do desembarque, alinhando Congonhas ao modelo adotado nos principais aeroportos internacionais.
Construção em diálogo
Segundo Kleber Meira, diretor executivo da Aena Brasil, todas as intervenções estão sendo construídas em diálogo com as companhias aéreas, a ANAC, o governo estadual e demais entes do setor. O plano diretor está aprovado por todos os stakeholders envolvidos, e as entregas seguem esse alinhamento, tanto as imediatas quanto as de longo prazo.
“O que nos cabe está sendo feito, com resultados mensuráveis. É um projeto por etapas, com entregas que já começam a melhorar a vida de quem passa por aqui”, resumiu Meira.
A ideia é entregar um aeroporto mais eficiente, conectado e competitivo, sem perder de vista seu valor histórico e sua importância como polo de turismo e negócios para a cidade de São Paulo.
A modernização de Congonhas é uma transformação estrutural, mas não deixa de ser simbólica também, marcando uma nova fase de posicionamento para um dos terminais mais emblemáticos do país.
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