Em busca de novas fontes de receitas, empresas aéreas, até então apenas as de baixo custo, estão lançando planos de assinatura. Em um movimento que já vinha se consolidando na Europa, os planos de assinatura chegaram na América do Sul. Basicamente, esses planos oferecem aos consumidores vantagens como tarifas fixas, voos regulares, assentos reservados e outros benefícios customizados.
Esse novo modelo de relacionamento com o consumidor tem como inspiração os populares serviços de streaming, que funcionam sob demanda e com previsibilidade de custo. A ideia é que passageiros frequentes tenham maior controle sobre os gastos com passagens e possam garantir experiências contínuas com menor impacto no orçamento.
Além disso, os planos de assinatura oferecidos pelas empresas aéreas visam fortalecer a lealdade dos clientes, permitindo que as empresas cultivem vínculos duradouros com seu público, mesmo em tempos de alta concorrência e variação de preços. A seguir, conheça em detalhes os planos lançados por JetSMART e Ryanair, duas das companhias que lideram essa mudança.
JetSMART GO – Primeiro Plano de Assinatura da América do Sul
A JetSMART anunciou, de forma inédita na América do Sul, o lançamento do JetSMART GO, um plano de assinatura mensal para voos domésticos na Argentina, Chile, Peru e Colômbia.
Trata-se de uma iniciativa que permite aos clientes acessarem um número determinado de voos por mês mediante o pagamento de uma tarifa fixa, inspirando-se no conceito de serviços de streaming. De acordo com a companhia, os assinantes do plano poderão realizar até 12 voos por ano com tarifa base zero, arcando apenas com as taxas aeroportuárias no momento da reserva.
O programa conta com quatro opções de assinatura, com preços promocionais de lançamento que, na Argentina, começam em ARS 33.000 (aproximadamente R$ 180,00). Os passageiros podem escolher planos com 6 ou 12 trechos anuais, válidos para voos de ida ou ida e volta, sendo necessário reservar com, no mínimo, sete dias de antecedência.
O processo de adesão é simples: o cliente escolhe o plano, define seus serviços adicionais, realiza o cadastro e, a partir daí, pode começar a reservar suas viagens via login. Para a JetSMART, o JetSMART GO representa uma nova era na forma de programar viagens. Com a inovação, os clientes terão previsibilidade de tarifas e facilidade no planejamento de deslocamentos frequentes.
“Queremos que nossos clientes vivam a experiência de viajar SMART: que possam voar mais e por um preço menor”, declarou Víctor Mejía, Diretor Comercial da companhia.
Ryanair Prime – Fidelização para Voos na Europa
Já na Europa, a Ryanair oferece o Ryanair Prime, um programa de assinatura voltado para passageiros frequentes da companhia low-cost. A anuidade do plano é de €79 (cerca de R$ 480,00 na cotação atual). Os assinantes têm acesso a três principais benefícios: reserva gratuita de assentos (limitada a 12 por ano), acesso exclusivo a promoções mensais com vendas antecipadas de assentos, e seguro viagem gratuito incluído em todos os voos da companhia.
O objetivo do plano é claro: fidelizar clientes que voam com frequência e oferecer uma economia significativa ao longo do ano. A Ryanair estima que passageiros que realizam ao menos 12 voos por ano podem economizar até cinco vezes o valor da assinatura. Até mesmo para quem voa esporadicamente — cerca de três vezes ao ano — a economia pode superar €100.
O número de assinaturas foi inicialmente limitado a 250 mil membros, reforçando o caráter exclusivo da oferta. A companhia segue, assim, uma tendência já adotada por outras low-cost europeias, como a Wizz Air com o MultiPass e a easyJet com planos corporativos.
O diretor de marketing da Ryanair comentou sobre o lançamento do produto. Segundo indicou, os planos de assinatura são um “movimento óbvio” das companhias a fim de atender à nova demanda dos viajantes por previsibilidade e economia.
Nova Tendência Global
A adoção de planos de assinatura por empresas aéreas reflete uma mudança estratégica no setor. Parece uma estratégia interessante que busca fidelizar o cliente e ao mesmo tempo oferecer maior valor aos passageiros frequentes. Além, claro, de ter uma fonte de receita garantida.
Empresas como a Wizz Air e a easyJet também exploram modelos semelhantes, indicando uma possível ampliação dessa tendência nos próximos anos. Para os passageiros, esses programas representam uma oportunidade de economizar e planejar viagens com maior flexibilidade e previsibilidade financeira.
Será que a tendência chegará em breve ao Brasil? Seria algo para além dos benefícios e da busca por fidelização junto as companhias a partir dos benefícios oferecidos para os maiores status dentro dos programas de fidelidade?
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