A suspensão dos voos da Azul para São Raimundo Nonato e Parnaíba, no Piauí, levou a uma mobilização da bancada federal e do governo estadual, que buscam alternativas para minimizar os impactos no turismo e na economia local. A companhia alega que a decisão, válida a partir de 10 de março, se deve ao aumento dos custos operacionais e à alta do dólar, enquanto autoridades sugerem a redução da frequência dos voos como solução temporária.
A suspensão dos voos da Azul Linhas Aéreas para as cidades de São Raimundo, Nonato e Parnaíba, no Piauí, gerou reação imediata da bancada federal do estado. Representantes políticos, junto ao Governo de Rafael Fonteles, se reuniram na última segunda-feira (14) com a diretoria da companhia para buscar alternativas que minimizem os impactos econômicos e sociais na região. A decisão da Azul, que entra em vigor a partir de 10 de março, foi justificada pela empresa como parte de ajustes operacionais em resposta ao aumento de custos na aviação, alta do dólar e questões relacionadas à disponibilidade de frota.
Durante a reunião, os parlamentares destacaram que a interrupção completa dos voos impactará negativamente o turismo, a economia local e a conectividade das cidades com outras regiões do Brasil. São Raimundo Nonato, por exemplo, é conhecida como porta de entrada para o Parque Nacional da Serra da Capivara, Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO, enquanto Parnaíba é estratégica para o turismo no litoral piauiense, especialmente no Delta do Parnaíba.
Os representantes propuseram que, em vez de suspender os voos por completo nas cidades no interior do Piauí, a Azul considere reduzir a frequência das operações até que uma solução definitiva possa ser viabilizada.
“Sugerimos que a Azul diminua a frequência dos voos e, no segundo semestre, retome as operações com apoio do Fundo da Aviação Civil. Saímos confiantes de que uma solução parcial será alcançada”, afirmou o senador Marcelo Castro (MDB).
Apesar das suspensões anunciadas, a Azul reforçou em nota que continuará operando voos regulares na capital, Teresina, conectando-a a três destinos diretos. A empresa afirmou que as mudanças fazem parte de uma reavaliação contínua de sua malha aérea para ajustar a oferta à demanda. Além disso, os clientes impactados pelas suspensões poderão solicitar o reembolso integral, conforme prevê a resolução 400 da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
A reunião contou com a presença de deputados federais e senadores, além dos ministros Celso Sabino, do Turismo, e Wellington Dias, do Desenvolvimento Social. A articulação envolveu o diálogo direto com a alta direção da Azul, que se comprometeu a avaliar as propostas apresentadas e oferecer uma resposta nos próximos dias.
Em comunicado divulgado no último dia 9 de janeiro, a Azul explicou que a decisão de suspender as operações nas duas cidades do Piauí foi motivada pelo aumento significativo dos custos operacionais, agravado pela crise global na cadeia de suprimentos e pela valorização do dólar. “Mudanças fazem parte do planejamento operacional para garantir eficiência e sustentabilidade no longo prazo”, afirmou a empresa.
A continuidade do diálogo entre as autoridades e a Azul será fundamental para evitar maiores prejuízos à economia regional. O uso de incentivos, como o financiamento pelo Fundo da Aviação Civil, é visto como uma alternativa viável para viabilizar a retomada gradual das operações. Além disso, a conectividade aérea é considerada crucial para impulsionar o turismo e atrair investimentos no estado.
Com a resposta da Azul ainda pendente, a expectativa é que uma solução intermediária seja implementada para atender às demandas da região enquanto mantém a viabilidade econômica para a companhia.
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