A Aerolíneas Argentinas suspendeu as negociações salariais com sindicatos de pilotos e tripulantes após greves que resultaram no cancelamento de voos internacionais, afetando milhares de passageiros. A companhia acusa o sindicato de utilizar o conflito como uma disputa política, enquanto os sindicatos reivindicam aumento salarial para compensar a inflação; o impasse reflete a crescente tensão entre as partes e o impacto direto nos passageiros.
A Aerolíneas Argentinas anunciou a suspensão das negociações salariais com os sindicatos de pilotos, tripulantes de cabine e pessoal de rampa e check-in, após recentes medidas de greve que resultaram no cancelamento de voos internacionais e afetaram milhares de passageiros.
Segundo jornais argentinos, as negociações haviam sido retomadas na última quinta-feira, após mais de dois meses sem avanços, com a participação de autoridades de transporte e da Chefia de Gabinete, além dos líderes sindicais. O objetivo era encontrar uma solução que evitasse maiores prejuízos aos passageiros.No entanto, durante o fim de semana, a Associação de Pilotos de Linhas Aéreas (APLA), liderada por Pablo Biró, adotou medidas que resultaram no cancelamento de quatro voos internacionais de longa distância, afetando mais de 2.000 passageiros.
Entre os destinos impactados estavam Miami, Cancún, Madri e Roma. A companhia aérea precisou realocar os passageiros em voos próprios e de outras empresas, além de contratar voos charter para atender à demanda.Em comunicado oficial, a Aerolíneas Argentinas classificou as ações do APLA como uma “provocação irresponsável” e afirmou que o conflito salarial está sendo utilizado como pretexto para uma disputa política pessoal por parte das lideranças sindicais. A empresa também anunciou que denunciará o sindicato às autoridades governamentais e judiciais, devido ao prejuízo econômico causado pelas medidas adotadas.
O conflito entre a companhia aérea e os sindicatos aeronáuticos tem se intensificado nas últimas semanas. Os sindicatos reivindicam uma recomposição salarial de 90% desde maio, alegando que os salários estão defasados em relação à inflação. Por outro lado, a Aerolíneas Argentinas argumenta que os salários dos pilotos variam de 3 a 10 milhões de pesos por mês, dependendo da senioridade e dos voos realizados, e que os funcionários já possuem uma série de benefícios.Além disso, o governo argentino, sob a gestão de Javier Milei, tem adotado uma postura mais rígida em relação aos sindicatos, buscando revisar benefícios exclusivos dos pilotos e considerando a possibilidade de privatização da Aerolíneas Argentinas.
Essa situação tem gerado tensão entre as partes e afetado diretamente os passageiros, que enfrentam cancelamentos e atrasos em seus voos.A suspensão das negociações salariais e as medidas de greve refletem a complexidade do cenário atual, onde interesses econômicos, políticos e laborais se entrelaçam, impactando não apenas os trabalhadores e a empresa, mas também os usuários dos serviços aéreos na Argentina.
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