O governo argentino declarou oficialmente a Aerolíneas Argentinas como “sujeita à privatização” por meio do Decreto 873/2024, publicado em 2 de outubro de 2024. A medida integra uma estratégia maior do presidente argentio, Javier Milei, que busca reduzir o déficit fiscal e melhorar a eficiência operacional da companhia aérea, que vem acumulando perdas financeiras.
Desde sua nacionalização em 2008, a Aerolíneas Argentinas tem enfrentado dificuldades financeiras severas. A empresa já recebeu mais de 8 bilhões de dólares em subsídios ao longo dos anos, mas esses recursos não foram suficientes para equilibrar suas finanças. Segundo o decreto, a pressão financeira e a ineficiência operacional tornaram insustentável a continuidade do apoio estatal à empresa.
Pressão Financeira e Ineficiência Operacional
A Aerolíneas tem um excesso de pessoal que agrava sua situação. A companhia opera com uma média de 125 funcionários por aeronave, um número muito superior ao de concorrentes como a GOL (97 funcionários por aeronave) e a Copa Airlines (70 funcionários por aeronave). Além disso, benefícios como passagens em classe executiva para pilotos e suas famílias contribuem para os altos custos operacionais da companhia.
A privatização faz parte de um programa mais amplo de desregulamentação econômica. O Decreto 599/2024, que institui a política de céus abertos, busca aumentar a concorrência e eliminar barreiras regulatórias no setor aéreo. A partir dessa mudança, a Aerolíneas poderá operar de maneira mais competitiva, o que deverá melhorar sua eficiência e reduzir o impacto financeiro no Estado.
Com 18,1% da população vivendo em situação de indigência, o governo argumenta que não é mais possível utilizar recursos públicos para sustentar uma companhia aérea deficitária. O plano é redirecionar esses fundos para necessidades sociais mais urgentes, aliviando o peso financeiro sobre o Estado.
O Decreto 873/2024 também compara a situação da Aerolíneas com outras companhias que passaram por processos de privatização, como Air Canada, Qantas e Lufthansa. Essas empresas se tornaram mais competitivas após reduzirem ou eliminarem a participação estatal em suas operações.
Processo de Privatização
O processo de privatização seguirá as normas da Lei 23.696, que permite métodos como a venda de ativos e a colocação de ações no mercado. O governo promete que o processo de privatização será conduzido com transparência e que a Aerolíneas Argentinas será totalmente integrada ao mercado, operando sob condições competitivas.
Tome Nota
Após notícia do interesse de diversas companhias aéreas, incluíndo as brasileiras, a LATAM anunciou sua retirada das negociações para aquisição da Aerolíneas. No entanto, o grupo Abra, controlador da Avianca e da GOL, mantém interesse e como um dos candidatos para compra da companhia. Além disso, apesar da recente crise financeira que atinge a Azul, a companhia segue sendo uma das potenciais interessadas.
Com informações do portal Aviacion Online.
Para Saber Mais
Para ler outras notícias que publicamos recentemente, clique aqui.
Que tal nos acompanhar no Instagram para não perder nossas lives e também nos seguir em nosso canal no Telegram?
O Pontos pra Voar pode eventualmente receber comissões em compras realizadas através de alguns dos links e banners dispostos em nosso site, sem que isso tenha qualquer impacto no preço final do produto ou serviço por você adquirido.
Quando publicamos artigos patrocinados, estes são claramente identificados ao longo do texto. Para mais informações, consulte nossa Política de Privacidade.
Não usamos inteligência artificial na geração de conteúdo do Pontos pra Voar. Os conteúdos são autorais e produzidos pelos nossos editores.