O turismo doméstico no Brasil cresceu 71,5% em 2023, com 21,1 milhões de viagens, impulsionado por lazer e encontros familiares, segundo o IBGE. No entanto, os altos custos de hospedagem e o impacto financeiro ainda limitam o acesso das classes com menor rendimento.
O IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, divulgou recentemente os resultados pertinentes ao turismo da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, e mostrou que, em 2023, as viagens dentro do Brasil cresceram 71,5%.
Os números são comparativos com os dados da última pesquisa, feita em 2021.
Viagens de Lazer
Foram 21,1 milhões de viagens realizadas no ano passado, e a proporção de domicílios onde pelo menos um morador viajou subiu de 12,7% para 19,8%.
Essas viagens foram motivadas por finalidades pessoais, como reuniões em família e com amigos, ou simplesmente por lazer. Esse aumento também ocorreu em conjunto com o crescimento do uso de veículos coletivos, como ônibus e avião.
Porém, houve queda no uso de carros para transporte. Em 2020, por exemplo, eles correspondiam a 57,5% das viagens, enquanto, em 2023, representaram apenas 51,1%.
Sol e Praia Ainda Dominam as Escolhas
No quesito de escolhas de viagens, o brasileiro ainda opta por destinos de lazer que envolvem sol e praia, com 46,2%, mas esse número vem caindo desde 2020, segundo o IBGE.
Já as viagens em busca de cultura e gastronomia chamam a atenção, com crescente destaque na preferência da população, apresentando uma alta de 21,5% no último ano.
Hospedagens São as Grandes Vilãs
Toda viagem gera custos. Neste caso, para os brasileiros, a maior vilã no bolso dos viajantes foi a hospedagem, que tem ficado cada vez mais cara. Em média, quem viajou em 2023 desembolsou cerca de R$ 1.563.
Talvez por isso, 41,8% dos viajantes optaram por estadias em casa de amigos ou parentes. Alimentação e transporte também representaram gastos significativos, mas em menor proporção.
O Brasileiro Voltou a Viajar?
Ainda que os números mostrem o retorno das viagens dos brasileiros no pós-pandemia, e, em um primeiro momento, isso pareça algo positivo, apenas 12% das mais de 20 milhões de viagens correspondem à classe com menor rendimento (menos de um salário mínimo).
Em contrapartida, 7,1% dos viajantes que ganham mais de quatro salários mínimos realizaram 16,4% dessas viagens.
O IBGE estimou também que cerca de 25 milhões de lares brasileiros não tiveram nenhum tipo de viajante. Nos domicílios onde ninguém viajou, o principal motivo relatado foram as questões financeiras.
Ainda que os números sejam positivos, a pesquisa não considera exatamente os destinos para onde esses turistas viajaram – afinal, convenhamos, alugar uma casa no litoral para um fim de semana é bem diferente de estar em um resort na Bahia.
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