A Colômbia enfrenta um cenário de crise de desabastecimento de combustível que está gerando uma série de declarações contraditórias e preocupações no setor aéreo.
Recentemente, o presidente Gustavo Petro afirmou, por meio de uma postagem na rede social X, que “não há desabastecimento de combustível para avião”, sugerindo que o problema é resultado de “uma atividade irregular que já está sob investigação”. Em contrapartida, a Direção Geral de Aeronáutica Civil (Aerocivil) do país divulgou orientações para que as companhias aéreas ajustem suas operações à atual disponibilidade de combustível, para não comprometer o uso de slots conforme o sistema “Use ou Perda”.
O comunicado da Aerocivil permite que as companhias aéreas flexibilizem suas operações, justificando a não utilização de slots devido à crise de abastecimento. Esta medida será válida entre 28 de agosto e 4 de setembro de 2024, período em que as empresas podem reorganizar, suspender ou cancelar voos, desde que avisem previamente os passageiros e ofereçam as devidas compensações.
A Ecopetrol, principal fornecedora de combustível do país, emitiu um comunicado garantindo o fornecimento necessário para todos os segmentos do mercado, incluindo o transporte aéreo. A empresa informou que já restabeleceu a operação normal de suas refinarias e implementou um plano de ação para assegurar o abastecimento, inclusive com a importação de 100.000 barris de combustível, com previsão de chegada ao país no final de agosto.
Entidades como LATAM Colômbia, ALTA e IATA manifestaram suas preocupações, solicitando que o governo trate a questão do desabastecimento de combustível como uma “Questão de Estado” para evitar maiores impactos nas operações aéreas programadas. A situação, que inicialmente parecia controlada, ainda gera incertezas, com autoridades e empresas trabalhando para garantir que o impacto no transporte aéreo seja minimizado.
Com informações do Portal Aviacion Online
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