Mudança significativa para o setor de aviação de baixo custo. A Ryanair, uma das maiores expoentes no modelo na Europa, anunciou uma grande reestruturação de sua operação na França, com corte de rotas. A medida foi tomada como em razão do aumento de 180% da taxa de transporte aéreo, também conhecida como “taxe de solidarité sur les billets d’avion” (TSBA), ou “imposto Chirac”.
Ao todo serão 750 mil assentos retirados completamente, em 25 rotas canceladas até o final de 2026. As operações nos aeroportos de Bergerac, Brive e Estrasburgo foram canceladas pela empresa de transporte aéreo.
Segundo a Ryanair, a carga tributária excessiva impacta diretamente na competitividade de suas operações na França, ao contrário do que acontece em outros países como Irlanda, Espanha e Polônia, em que as taxas não são aplicadas. Outros países europeus como Suécia, Hungria e algumas regiões da Itália optaram por retirar impostos similares visando o aumento das rotas operadas na região e o aumento no turismo local.
A postura do governo francês foi duramente criticada por Jason McGuinness, diretor comercial da Ryanair, a quem mencionou como inaceitável esse tipo de situação em um país desse tamanho, reforçando que os níveis do tráfego aéreo ainda não voltaram aos patamares encontrados antes da pandemia do covid-19, muito em razão das taxas de segurança e a quantidade de encargos. Segundo o executivo, a diminuição das rotas impactará diretamente e de maneira negativa a conectividade da região, o turismo e a quantidade de empregos localmente.
Para reverter o cancelamento das rotas a Ryanair propôs ao governo da França a retirada total da taxa em troca de um investimento de 2,5 bilhões de dólares. O montante englobaria 25 novas aeronaves baseadas na França, dobrar o número do tráfego chegando a mais de 30 milhões de passageiros sendo transportados anualmente, além da geração de 750 vagas de empregos diretos. Caso a proposta não siga adiante e as taxas permaneçam, a companhia fará novos cortes na capacidade de transporte e também de investimentos no país até o ano de 2026.
Recentemente a Ryanair divulgou uma estratégia de bonificação de seus funcionários que identificarem passageiros com bagagem de mão fora do padrão permitido pela companhia, uma de suas maiores fontes de receita. A intenção é premiar os funcionários até um teto mensal de €80 (aproximadamente R$525), enquanto os passageiros terão que pagar pelo despacho das malas em tarifas que podem chegar até a €75 (R$490).
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