Pesquisa revela que, embora a maioria dos brasileiros das classes A e B possua um cartão de crédito que acumula pontos, uma parcela expressiva simplesmente deixa o benefício de lado.
Mesmo entre consumidores com maior poder aquisitivo, boa parte dos benefícios oferecidos pelos cartões de crédito continua sendo subaproveitada. Uma pesquisa realizada pelo C6 Bank em parceria com o Ipsos-Ipec mostra que 25% dos brasileiros das classes A e B que possuem cartões com acúmulo de pontos não utilizam o benefício.
O levantamento aponta que 54% dos entrevistados dessas classes sociais possuem um cartão de crédito que acumula pontos ou milhas. No entanto, entre eles, um em cada quatro deixa os pontos expirarem ou simplesmente nunca os utiliza, seja por desconhecimento, esquecimento ou por considerar que o saldo é insuficiente para uma troca vantajosa.
Como os pontos são usados
Entre os consumidores que aproveitam o benefício do cartão, 50% prefere trocar os pontos por produtos, serviços ou passagens aéreas, reforçando o papel tradicional das milhas na rotina de consumo. Outros 32% optam pelo cashback, modalidade que devolve dinheiro diretamente na conta, 17% transferem para outros programas de fidelidade, e 8% chegam a vender os pontos.
O resultado evidencia uma mudança no perfil de uso dos programas de recompensas, com crescimento do interesse por resgates mais imediatos, como o cashback, em detrimento das trocas por viagens, historicamente o principal atrativo desses sistemas.
Viagens ainda são prioridade, mas dentro do Brasil
Além da utilização dos pontos do cartão de crédito, a pesquisa também investigou o comportamento de viagem dos entrevistados. A maioria (44%) pretende viajar apenas dentro do Brasil nos próximos meses ou no próximo ano, enquanto apenas 7% planejam viagens exclusivamente internacionais. Já 27% afirmaram querer viajar tanto dentro quanto fora do país. O restante não tem planos definidos (12%) ou não pretende viajar (11%).
Metodologia
O estudo C6 Bank/Ipsos-Ipec foi realizado de forma online entre 16 e 23 de julho de 2025, com 1.000 brasileiros das classes A e B, a partir de 16 anos de idade, residentes em todas as regiões do país. A margem de erro é de três pontos percentuais.
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