A exposição Gold – Mina de Ouro Serra Pelada de Sebastião Salgado, inaugurada em 25 de março de 2025 em Recife, traz 54 fotografias capturadas durante os anos 1980 no maior garimpo a céu aberto do mundo, Serra Pelada. Além de destacar o talento de Salgado na arte do preto-e-branco, a mostra é produzida e curada por sua esposa, Lélia Wanick Salgado, e marca a primeira vez que essa coleção chega à região Nordeste do Brasil.
Uma das minhas paixões é a fotografia. Sempre me encantou como uma imagem pode transmitir uma mensagem de uma maneira igual ou muito superior a muitas palavras. E Sebastião Salgado é mestre nisso! E ainda em preto-e-branco! Seu modo de olhar a vida, as pessoas, as situações é, de fato, único. E agora a cidade de Recife tem o privilégio de contemplar suas obras de arte bem de pertinho.
Sebastião Salgado

Sebastião Salgado | Anônima
Sebastião Ribeiro Salgado Júnior nasceu em Aimoré, Minas Gerais, no dia 8 de fevereiro de 1944. O local em que passou sua infância certamente foi fonte de muita matéria-prima para sua arte: a Fazenda Bulcão, na mesma cidade em que nasceu. Já em sua juventude ele viveu na cidade de Vitória, no Espírito Santo.
Sebastião Salgado se formou em Economia pela Universidade do Espírito Santo em 1967. Em 1968 iniciou seu mestrado na USP, Universidade de São Paulo.
Neste mesmo ano casou-se com a arquiteta e ambientalista Lélia Deluiz Wanick. E um ano depois, devido à perseguição feita pelo regime militar, precisou se mudar para Paris. E ali aproveitou para fazer seu doutorado.
Durante o período de 1971 a 1973, Sebastião Salgado trabalhou como secretário para a Organização Internacional do Café, em Londres. E foi numa viagem para Angola, na África, como coordenador de um projeto sobre a cultura do café, que começou a fotografar, inicialmente por hobby.
Quando voltou a Paris em 1973, iniciou sua carreira como fotógrafo profissional, trabalhando como freelancer para as agências Gamma, Sygma e Magnum.
Quando trabalhou para a Gamma, registrou imagens da Revolução dos Cravos. Já no período em que atuou na Sygma, Sebastião Salgado registrou diversos eventos em mais de vinte países.
Entre os anos de 1977 e 1984, ele atuou na Magnum, cooperativa internacional de fotografia fundada em 1947 por Henri Cartier-Bresson, Robert Capa, George Rodger e Chim (David Seymour), pela qual realizou diversas viagens pela América Latina.
Seu início como repórter fotográfico do jornal New York Times foi em 1871, tendo a incumbência de registrar os primeiros 100 dias do governo do presidente Ronald Reagan.
Sebastião Salgado já viajou por mais de 120 países para seus projetos fotográficos. Grande parte deles foram publicados em diversos veículos de imprensa e livros. Destaque para Sahel: L’homme en détresse (em 1986), Outras Américas (em 1986), Uma Graça Incerta (em 1990) e Trabalhadores (em1993), uma investigação mundial da crescente redução do trabalho manual.
A Exposição de Sebastião Salgado em Recife
Desde o último dia 25 de março, os que moram ou visitam Recife têm a oportunidade de visitar a exposição Gold – Mina de Ouro Serra Pelada, que conta com 54 fotografias deste orgulho brasileiro chamado Sebastião Salgado.
Estas obras foram realizadas há cerca de 39 anos e já rodaram o mundo! Mas é a primeira vez que a região Nordeste do Brasil as recebe.
Sebastião Salgado passou diversos meses durante a década de 1980 na região da Serra Pelada, no estado do Pará, o maior garimpo a céu aberto no mundo. Foram mais de 80 mil homens que deixaram tudo para trás, inclusive suas famílias, para arriscar sua saúde em busca do sonho dourado.
Era um verdadeiro formigueiro humano, um cenário insólito caracterizado pelo cansaço, a dureza do trabalho e, acima de tudo, a sede intensa de encontrar o precioso metal. E tudo isso não escapou das lentes de Salgado.
Sua companheira e parceira de jornada, a designer e ambientalista Lélia Wanick Salgado, é a curadora e produtora da exposição.
Informações gerais
Data: 25/03/25 até 29/06/25
Endereço: Caixa Cultural Recife – Av. Alfredo Lisboa, 505, Bairro do Recife
Horário de Funcionamento: De 3ª a sábado, das 10h00 às 20h00. Domingos e feriados, das 10h00 às 18h00
Ingressos: A entrada é gratuita
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