O primeiro Sala VIP PPV de 2025 chegou! Atendendo aos pedidos dos nossos leitores, traremos em 2025 uma coluna mensal, regular, com pautas diversas, assinadas por nossos editores. Como ainda estamos iniciando um novo ano, guardamos algumas mágoas de 2024 para serem compartilhadas aqui!
Portanto, para deixar de vez os fantasmas do passado para trás, gostaríamos de saber “Qual foi o programa de fidelidade que mais te deixou na mão em 2024?” O que será que nossos editores tem a nos contas sobre suas decepções e, até términos com os principais programas de fidelidade. E com todo término abre possibilidades de novos inícios, o que será que estão tramando agora para 2025?
Contamos também mais uma vez com os nossos leitores para compartilharem suas decepções! E se tiverem sugestões de pautas, fiquem a vontade, a Sala é VIP, mas todos aqui tem acesso (e gratuito!).
Saulo Gantes
A grande decepção de 2024 para mim foi o programa Azul Fidelidade. Como cliente a alguns anos da companhia e detentor do status Diamante, vinha tendo o programa como um dos meus principais investimentos para voos no Brasil. Cheguei a comentar que utilizava bastante o programa e as rotas regionais operadas pela companhia, o que atendia perfeitamente minhas necessidades.
Conseguia boas promoções de transferência, encontrava uma malha aérea até então razoável, com opções de frequência, horários e dias. Além disso, as emissões com pontos para as rotas de maior interesse e habituais eram realmente ótimas. Particularmente, também sofria muito pouco com alterações e cancelamentos de voos. A minha experiência era realmente Azul… Porém, em 2024, desde o início do ano, os céus começaram a nublar e o tempo fechou!
Tivemos mudanças importantes no formato de emissão dos benefícios de passagens Cortesia, passando essas a serem feitas somente via app e com resgate pagante. Nenhum explicação razoável foi dada das razões pela qual a companhia deixou de permitir que seus clientes mais fiéis e que acumulavam pontos no programa de fidelidade, usufruíssem do benefício (que até então era um diferencial) utilizando-se de seus pontos. Além disso, as regras para o upgrade cortesia também mudaram. E quando parecia não poder piorar, vem a reestruturação e as mudanças nas regras para obtenção e manutenção dos status junto a companhia.
Fora esses pontos percebi uma mudança no atendimento ao cliente. Os canais tornaram-se de difícil acesso, mesmo sendo cliente Diamante, parece que não há uma prioridade para atendimento. O call center ainda parece ser a melhor opção, visto que pelo Auto Atendimento ou pelo Whats, você começa a conversa na segunda-feira e termina no domingo. O tempo de espera é realmente muito longo. Além disso, o atendimento é múltiplo, ou seja, os atendentes respondem inúmeros clientes ao mesmo tempo, tornando díficil muitas vezes a resolução de simples problemas.
Por fim, ao final do ano, com as diversas mudanças de malha e rotas operadas pela companhia, vieram os cancelamentos, alterações de voo e, também, um aumento significativa nos valores de emissões de passagens com pontos.
Para 2025, resta aguardar se o tempo seguirá fechamento ou se o programa justificará a permanecia para 2026 adiante. Resolvi como estratégia aguardar, pois como tenho alguns voos previstos, contemplando os trechos necessários, mais os pontos qualificáveis é bem provável que conseguirei renovar meu status para 2026. Porém, se os céus não azularem, não vejo como interessante manter assinatura do Azul Fidelidade ou, mesmo, o cartão Itaú co-branded da companhia.
Henrique Portanova
Na minha opinião a grande decepção de 2024 foi o programa da Livelo.
Certamente que os programas de fidelidade nacionais não bancários (LATAM Pass, Azul e Smiles) também decepcionaram com uma série de mudanças prejudiciais para nós clientes, porém nada se compara, ao meu ver, com a piora do maior programa de fidelidade bancário nacional.
Já destacamos em outro post a questão da nacionalização da Livelo, mostrando para você, leitor, que o programa não mais serve para acúmulo em programas de fidelidade internacionais, chegando ao ponto de, sem qualquer aviso prévio, excluir a parceria com o programa da TAP.
Porém, não bastasse a falta de promoções bonificadas com os parceiros internacionais e a altíssima taxa de deságio para estes programas, até mesmo as promoções para os programas nacionais pioraram. Basta comparar com o ano de 2023, em que tivemos agressivas e excelentes promoções de points back, resultando, ao final, em bônus superiores ao 120%. Atualmente, sequer este patamar tem sido atingido.
Além disso, a Livelo simplesmente abandonou o seu cliente fiel, aquele que de longa data mantém a assinatura do seu clube, ao simplesmente fazer agressivas promoções para novos clientes e impedindo que os mais antigos pudessem participar.
Depois de acumular um lucro histórico e recorde, o mínimo que se esperava era que a Livelo continuasse a oferecer aos seus clientes boas, interessantes e diversificadas promoções, o que, contudo, não ocorreu.
Assim, mesmo não ignorando a questão cambial, o “troféu” de pior programa do ano fica, lamentavelmente, com a Livelo.
Laís Roani
Apesar de o Azul Fidelidade ter tido muitas pioras, somadas com inflação enorme nos resgates, não vou eleger ele como o que mais me deixou na mão, pois foi um programa que mesmo assim eu consegui aproveitar em 2024. As promoções do Azul Viagens, aliadas à aquisição de pontos em momentos estratégicos fizeram com que eu realizasse algumas viagens e hospedagens muito boas.
Com isso, vou na linha do Henrique, e vou eleger a Livelo como a decepção do ano que passou. O fim da parceria com a TAP, os bônus cada vez menores, o alto deságio para envio para programas internacionais me fizeram praticamente abandonar o programa. Faço acúmulos apenas em promoções pontuais, mas sem dúvidas no quesito programas de fidelidade bancários, estou dando prioridade para a Esfera e a sua parceria com a Iberia.
Rodrigo Biajoni
Tema para lá de interessante uma vez que de frustrações a gente entende bastante. Definitivamente Livelo é uma excelente lembrança que o pessoal já trouxe aí em cima, e apostaria que o Azul Fidelidade também terá bastante espaço por aqui, mas resolvi polemizar e vou no AAdvantage. Sim, você não leu errado.
Motivo 1: Saída do Bateu, Ganhou. “Ah, mas isso é culpa do Santander”. OK, mas eu preciso culpar alguém aqui e obviamente há algum mínimo de negociação ali entre as partes. Não acredito que seja uma decisão 100% unilateral.
Motivo 2: Aqueles resgates maravilhosos de 20k para o Hawai já não aparecem mais tão frequentes assim e nenhuma data funcionou.
E como essa era uma resposta extremamente subjetiva, esses pequenos dois motivos arruinaram todos os planos que eu tinha feito para 2025 e o acúmulo até então. Lógico que o programa ainda tem o seu valor, mas não resolveu algo que EU tinha imaginado que faria (pelo menos não em 2024), especialmente por ter sido o meu foco durante boa parte do ano.
Bruno Breslauer
Azul Fidelidade, curto e grosso. Isso porque embora eu tenha feito uma ou outra emissão bacana de oportunidade em 2024, infelizmente o programa hoje se tornou um depósito de pontos para hospedagens através do Azul Viagens – e olhe lá, pois tenho a impressão de ouvir mais queixas em relação a problemas com reservas, o que pode ser apenas uma impressão pessoal.
Ainda que a Livelo esteja decepcionando, como no caso do rompimento com o TAP Miles&Go, basta recorrer ao Esfera. Já no caso do programa da Azul, as mudanças no resgate de benefícios do cartão de crédito impactaram sobremaneira o uso dos pontos, com preços pra lá de inflacionados qualquer que seja a modalidade de pagamento. A queda foi enorme entre emitir suas passagens em pontos + passagem cortesia ao atingir a meta de gastos do Azul Visa Infinite, em comparação a ser obrigado a pagar tarifas caríssimas em dinheiro e ver que mesmo assim o benefício do acompanhante não torna o valor mais atraente em relação aos concorrentes.
Viagens despretensiosas com estes benefícios que pretendia fazer não em 2024, mas em 2025, se tornaram inviáveis pela Azul, infelizmente.
Fernanda Senna
Sem medo de ser repetitiva, em 2024, dois programas de fidelidade me deixaram na mão: a Livelo e o TudoAzul. A Livelo, que sempre foi uma opção versátil para transferir pontos já vinha piorando há algum tempo e me frustrou bastante ao interromper o envio de pontos para a TAP Miles&Go. Eu já utilizei muito o programa para excelentes emissões nas parceiros da Star Alliance e essa mudança prejudicou meus planos e foi uma perda significativa. Além disso as transferências para as companhias aéreas nacionais também tiveram menos oportunidades, assim como as promoções de compras bonificadas também pioraram.
Já o Azul Fidelidade que sempre foi um dos meus programas prinicpais me decepcionou ao mudar as regras do jogo, eliminando as cortesias para passagens emitidas com pontos. Eu sempre achei esse benefício um dos prinicpais do programa, especialmente para viajar com a família e utilizei todas as cortesias em todos os ciclos desde que eu tenho o cartão Azul Visa Infinite. Agora, com essa restrição, ficou bem menos vantajoso emitir passagens pelo programa uma vez que os valores das passagens tem sido muito altos o que fez o programa perder parte do seu valor para mim.
Apesar disso, reconheço que o programa da Azul ainda tem alguns pontos positivos. O Azul Viagens oferece boas opções de resgate para hotéis e outros itens e experiências, e eu ainda vejo valor nessa alternativa.
Paulo Leo
O programa que me deixou na mão em 2024 foi sem dúvida o Azul Fidelidade.
Foi nesse ano que a Azul fez profundas mudanças no seu programa de fidelidade e a compra e transferência de pontos deixaram de acumular pontos qualificáveis.
Se por um lado eles dificultaram muito a renovação do nível Diamante, por outro lado continuaram dando o nível mais alto do programa automaticamente para os portadores do cartão Azul Itaú Visa Infinite e assinantes do Clube Azul 20.000, o que não me parece fazer muito sentido.
Soma-se a isso o fato de que os resgates de voos Azul com pontos estão na grande maioria das vezes com preços estratosféricos, tornando cada dia mais difícil, para não dizer impossível, achar algum resgate com valor aceitável, seja do meu aeroporto base (RAO), seja do seu hub VCP.
Como o meu foco era o uso de pontos para resgate de voos da Azul, que como dito praticamente nunca são vantajosos em comparação com os programas concorrentes, acabei deixando de usar o programa, o que gerou o meu rebaixamento este ano para o nível Safira, que me levou a adquirir novamente o cartão Azul Itaú Visa Infinite para receber o upgrade para o nível Diamante.
Finalmente, com o recente alinhamento entre a Azul e a GOL e uma possível fusão, creio que eu possa voltar a usar o programa no futuro, especialmente quando os benefícios elite passarem a ser recíprocos e os resgates voltarem a um patamar aceitável, quem sabe com a possível adesão da Azul aos tetos Diamante oferecidos pelo programa Smiles pelo valor de 35.000 pontos.
Claudio Tusco
Essa edição do Sala VIP PPV está com cara de muro das lamentações, não? Pois bem, lamentemos todos!
Nem preciso pensar duas vezes! O Executive Club da British Airways fechou o ano com chave de ouro no quesito malandragem! No dia 31 de dezembro, isso mesmo, último dia do ano, a empresa anunciou uma completa reestruturação na maneira como os associados acumulam tier points, aqueles necessários para subir de nível no programa.
Até o momento, os tier points são concedidos por distância e cabine voada. A partir de 1º de abril será baseado no valor do bilhete, descontando-se as taxas, onde £1 vale 1 tier point. Com a alteração, os associados do Executive Club terão que gastar em torno de £25 mil (R$ 182 mil) em viagens com a empresa para atingir ou manter o status Emerald na Oneworld. Sem a menor sombra de dúvida, esse que vos escreve está fora do jogo!
Segundo se especula por estas bandas, a IAG, proprietária da British Airways, está por tras da mudança que foi feita a contra-gosto. Se é totalmente verdade ou não, jamais saberemos. Com a mudança, a empresa está claramente priorizando os clientes corporativos que viajam a trabalho e em classe executiva.
Obviamente, a IAG, como qualquer negócio, tem suas metas e visa sempre maximizar o lucro e seria ingenuidade de nossa parte achar que o passageiro frequente que viaja a lazer é uma prioridade. Isso todos compreendem.
O desapontamente vem de dois fatores. Primeiro, fazer o anúncio no último dia do ano, quando viajantes e a mídia em geral já estava de férias, numa clara tentativa de gerar menos ruído e críticas e, segundo, maquiar como positivo e um pedido dos clientes algo que deixou fora do jogo a grande maioria dos viajantes frequentes da empresa.
Para Saber Mais
Para ler outros artigos da coluna Sala VIP PPV, acesse esta página.
Que tal nos acompanhar no Instagram para não perder nossas lives e também nos seguir em nosso canal no Telegram?
O Pontos pra Voar pode eventualmente receber comissões em compras realizadas através de alguns dos links e banners dispostos em nosso site, sem que isso tenha qualquer impacto no preço final do produto ou serviço por você adquirido.
Não usamos inteligência artificial na geração de conteúdo do Pontos pra Voar. Os conteúdos são autorais e produzidos pelos nossos diretores.