A Ryanair anunciou sua programação de inverno 2025 em Portugal, com 121 rotas, incluindo quatro novas ligações a partir do Porto, Faro e Madeira, reforço de frequências em mais de 30 rotas e a adição de duas aeronaves. Apesar do crescimento, Lisboa permanece fora da expansão, alvo de críticas do CEO Michael O’Leary.
Novas rotas para Porto, Faro e Madeira
A Ryanair anunciou sua programação de inverno europeu 2025 para Portugal com 121 rotas, incluindo quatro novos destinos: Porto–Gotemburgo, Porto–Varsóvia, Faro–Cracóvia e Madeira–Shannon. A companhia também aumentará frequências em mais de 30 rotas já existentes e vai adicionar duas aeronaves, uma em Faro e outra na Madeira, com um investimento de cerca de US$ 200 milhões.
Com essas medidas, a low cost prevê transportar 14 milhões de passageiros no país em 2025, um crescimento de 6% em relação ao ano anterior.
Lisboa fora dos planos
Apesar do reforço nos aeroportos regionais, Lisboa continua de fora da expansão. O CEO Michael O’Leary voltou a criticar a concessionária ANA – Aeroportos de Portugal, afirmando que as “taxas excessivas e não competitivas” e a falta de aumento de capacidade em Portela impedem a companhia de ampliar sua presença na capital.
“Infelizmente, não haverá crescimento da Ryanair em Lisboa neste inverno devido às taxas excessivas e não competitivas da ANA e ao fracasso do monopólio aeroportuário em expandir a capacidade na Portela, o que dificulta o crescimento do tráfego, do turismo e do emprego em Lisboa.”
Segundo ele, “a ANA continua a dizer que a Portela está cheia com apenas 30 milhões de passageiros”. O executivo defende que os slots atualmente subutilizados pela TAP poderiam ser redistribuídos para outras companhias, permitindo maior oferta em Lisboa.
Debate sobre novo aeroporto e privatização da TAP
O’Leary também voltou a intervir no debate sobre o futuro da aviação em Portugal. Para ele, a construção de Alcochete como novo aeroporto da região de Lisboa é uma “solução absurda”, já que só estaria pronta em 2037. O executivo defende a opção pelo Montijo, que, segundo ele, poderia estar operacional em menor prazo.
“O Governo não quer crescer. Falam em abrir Alcochete, mas só para 2037 e nada acontece. O Governo precisa de colocar o pé no acelerador”, comentou O’Leary.
Em relação à privatização da TAP, o CEO foi categórico: a venda deveria envolver 100% da companhia aérea portuguesa, citando como exemplo outras transportadoras europeias já totalmente privatizadas.
Planos de crescimento e aposta nos Açores
Além da expansão já confirmada, a Ryanair apresentou ao governo português um plano de longo prazo que prevê dobrar o tráfego no país para 28 milhões de passageiros até 2030. Isso incluiria a chegada de 16 aeronaves Boeing 737 MAX-10, investimento de US$ 1,6 bilhão e a criação de 500 novos empregos para pilotos, tripulantes e engenheiros.
Parte desse projeto envolve a reabertura da base em Ponta Delgada, nos Açores, fechada anteriormente por questões de rentabilidade. O pedido para retomar as operações na ilha, segundo O’Leary, foi feito há cinco meses e “está empoeirando” nos gabinetes governamentais.
Pressão sobre o governo português
O discurso de O’Leary dá mais força à pressão que a Ryanair tem feito sobre as autoridades nacionais e a gestora ANA.
“A Ryanair é a única companhia que pode oferecer crescimento imediato a Portugal. Mas sem ação urgente do governo, esse crescimento será transferido para outros aeroportos europeus”, afirmou.
Com o novo pacote de rotas, a Ryanair se mantém como principal companhia low cost em Portugal, mas a ausência de expansão em Lisboa deixa em aberto o debate sobre infraestrutura aeroportuária e o futuro da TAP no mercado europeu.
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