Talvez se não fosse a pandemia do covid-19, o projeto já estaria mais adiantado, mas finalmente a Qantas anunciou nesta segunda-feira que seguirá adiante com o Projeto Sunrise ao confirmar a compra de 12 Airbus A350-1000, a serem usados em voos diretos entre Sydney e Melbourne para Nova York, Londres e Paris.
Aqui você encontra:
Projeto Sunrise da Qantas
Estes voos fazem parte do Projeto Sunrise que a Qantas lançou há algum tempo e tem como objetivo oferecer voos sem escala entre a Austrália e alguns mercados na Europa e Estados Unidos.
O grande problema para a concretização de tal plano era encontrar uma aerovane que tivesse autonomia suficiente, afinal de contas, serão quase 20 horas no ar. Para tentar contornar o problema, a Qantas solicitou que Boeing e Airbus estudassem o caso e apresentassem uma solução.
Aparentemente, a Airbus levou a melhor na disputa, pois nesta segunda-feira o CEO da Qantas, Alan Joyce, anunciou em Sydney que a empresa irá comprar 12 aeronaves Airbus A350-1000 para tornar os voos ultra-longos uma realidade.
Como esperado, para realizar tais voos, os aviões serão modificados com a adição de tanques extras de combustível. Além dos tanques, os aviões terão cabines especialmente adaptadas para oferecer aos passageiros mais conforto a bordo.
Cabines dos A350-1000
Os cabines dos A350-1000 serão configuradas para oferecer aos passageiros mais espaço a bordo.
Os aviões transportarão apenas 238 passageiros, em quatro classes, com a seguinte configuração:
- 6 assentos na primeira classe
- 52 assentos na classe executiva
- 40 assentos na econômica premium
- 140 assentos na classe econômica
Segundo informações divulgadas, o aviões contarão ainda com uma well being zone localizado entre a econômica premium e a econômica. O espaço deverá ser aberto a todos os passageiros e, acima de tudo, deverá ser uma área onde os passageiros podem esticar as pernas e socializar.
Primeira Classe
Como dito acima, a primeira classe contará com 6 assentos apenas e a Qantas disponibilizou os renders de como eles serão.
Além de portas, os passageiros contarão com uma poltrona e uma cama em seus lugares.
Pedidos Total para a Airbus
Provavelmente, para tornar o negócio viável para a Airbus, além do pedido inicial de compra para os 12 Airbus A350-100 a serem usados nos voos para Nova York, Paris e Londres, a Qantas assinou um pedido para 40 aviões A321XLRs e A220.
No total, a Qantas assinou hoje um pedido para 94 aeronaves a serem entregues ao longo de uma década.
Neste link, em inglês, você pode conferir o press release completo divulgado pela Qantas.
Qantas no Brasil
Quando as primeiras notícias sobre o Projeto Sunrise foi divulgado há alguns anos, cogitou-se inclusive que com as novas aeronaves a Qantas conseguiria realizar voos sem escala entre Sydney e São Paulo ou Rio de Janeiro.
Será que isso se tornará realidade nos próximos anos? Hoje, na América do Sul, a Qantas opera apenas em Santiago do Chile.
Voos Ultralongos
Quando se fala em voos ultra-longos, é inevitável não pensar em dois pontos principais. Primeiro, a viabilidade desses voos, e nesse ponto Qantas parece estar apostando na configuração premium da aeronave.
A proporção de assentos nas cabines superiores é bem maior que a econômica, quando se comparado com outras rotas.
Por último, o interesse das pessoas em ficarem dentro de um avião por 20 horas ou mais. Como será a receptividade destes voos diretos em relação a um voo com uma escala, por exemplo, que é o que temos hoje?
Só o tempo dirá se os voos ultra longos da Qantas para Nova York, Paris e Londres serão viáveis e populares ou não. Seguramente, a empresa deve ter estudado muito bem o mercado, pois do contrário não estaria entrando em um projeto complexo e caro como este.
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