Na coluna Por aí com o PPV nosso objetivo é mostrar, de forma prática, como temos utilizado os pontos em passagens aéreas, hospedagens ou experiências. Assim, neste artigo, vou mostrar minha estratégia para realizar uma viagem em família utilizando duas emissões do Companion Pass da Azul com destino a Curaçao.
Curaçao, localizado nas Pequenas Antilhas no sul do mar do Caribe, tem se tornado um destino queridinho dos brasileiros não só pela beleza natural de suas paisagens e praias, mas também pela praticidade dos voos diretos do Brasil oferecidos pela Azul Linhas Aéreas.
Assim, sabendo da facilidade de um voo direto do Aeroporto de Confins (Belo Horizonte) para Curaçao, cuja duração é de aproximadamente 5h30, este destino caribenho já estava no meu radar para fazer uso de um bilhete emitido com o Companion Pass da Azul.
Mas, afinal, o que é o Companion Pass?
Este é um benefício exclusivo para clientes dos cartões co-branded Azul Visa Infinite, oferecido para aqueles que atingirem 50.000 pontos, dando direito a um bilhete gratuito nacional e outro internacional (podendo ser trocado por 2 nacionais) para o acompanhante, igual ao bilhete emitido para o titular.
Na época em que eu realizei a emissão, ainda era possível emitir o bilhete do titular usando milhas. Porém, a partir de abril de 2024, para garantir o benefício do Companion Pass, a emissão precisa ser feita em dinheiro.
O valor da emissão que eu realizei em pontos (184.000 pontos ida e volta) muito possivelmente não tenha sido na melhor promoção disponível, considerando o período de alta temporada. Porém, foi o melhor que deu para conseguir naquele momento, visto que sabíamos sobre a mudança que estava por vir. A emissão foi realizada no final de março, dias antes da mudança de política para emissões do benefício. Assim, gostaria, com este post, de quebrar um pouco aquela ideia que muitos vendem por aí, de sempre conseguir a melhor e mais barata emissão.
Já deu para perceber que precisamos de um mínimo de conhecimento e, sobretudo, planejamento para garantir o pontos certos, no momento certo.
Planejando a viagem
Somos uma família de 6 pessoas – o que requer ainda mais planejamento! Esta viagem começou a ser planejada um ano antes de efetivamente acontecer e foi justamente por isso que conseguimos emitir o Companion Pass ainda em pontos.
Eu e outra pessoa da família somos titulares do cartões de crédito cobranded Itaú Visa Infnite da Azul, o que possibilita o acúmulo de pontos e pontos qualificáveis direto na companhia aérea. Dessa forma, vamos usando o cartão com gastos do dia a dia e garantindo os pontos qualificáveis necessários para chegar ao exigido pelo Companion Pass. Uma vez atingida esta marca, os a possibilidade de emissão de bilhetes cortesia para acompanhante são liberados no aplicativo da Azul.
Roteiro
Curaçao faz parte do chamado ABC Caribenho, que contempla as ilhas de Aruba, Bonaire e Curaçao. Como iríamos viajar por 15 dias, decidimos conhecer também Aruba. Portanto, após emitidas as passagens entre Brasil-Curaçao, realizamos a emissão de Curaçao para Aruba com uma empresa aérea local para voar em um pequeno avião, bimotor, de 17 lugares. A Divi Divi Air, uma low cost caribenha, realiza a rota entre as ilhas com voos com duração entre 25 a 35 minutos.
Emissão do Bilhete e Companion Pass
Uma vez atingida a marca dos 50.000 pontos no cartão de crédito, o próprio aplicativo da Azul avisa que você pode emitir um bilhete e levar um acompanhante – em viagem nacional e internacional (isso agora né!). Na época para saber e acompanhar o status do Companion Pass era preciso falar com a central de cartões do Itaú via chat ou, ainda, buscar o Atendimento ao Cliente da Azul.
Atualmente a emissão é feita apenas pelo site e app. A central de atendimento ao cliente da Azul não efetua mais a emissão dessa passagem. Porém, se você tiver problemas com a emissão sempre é uma alternativa buscar a central.
No entanto, quando realizei a emissão era necessário primeiramente fazer a compra do bilhete do titular, ida e volta, para depois solicitar o Companion Pass. O bilhete cortesia funciona como um espelhamento do bilhete original. Fiz toda pesquisa pelo app e após identificar as disponibilidades, entrei em contato com a central.
Basicamente, eu procurei o voo desejado no app da Azul: Origem Porto Alegre (POA) e destino Curaçao (CUR), sabendo que o voo para Curaçao originalmente parte de Confins (CNF), Belo Horizonte – mas precisei ligar para a Azul para confirmar minha emissão e solicitar o acompanhante. A diferença de valores na época e para uma emissão partindo de POA ou CNF era pequeno, o que compensava colocar a origem do voo como POA.
Outro detalhe importante: não importa quantos trechos você precisará voar, desde que todos eles sejam em um único bilhete. Assim, o acompanhante terá direito aos mesmos trechos do seu voo.
Com este procedimento simples, garantimos 4 passagens aéreas pelo preço de duas. Os outros dois familiares que não possuíam o benefício do Companion Pass precisaram de outra estratégia para a emissão. Neste caso, utilizamos os pontos acumulados ao longo do uso do cartão de crédito (os mesmos que nos possibilitaram chegar aos 50.000 pontos) para a emissão, em pontos, das passagens de ida e volta deles. Porém, como a compra foi realizada em um outro momento, sem tanta pressa, percebi que as buscas POA-CUR resultavam em passagens inflacionadas. Assim, optamos por desmembrar os trechos, realizando duas emissões separadas.
Custo do Milheiro
Para fazer emissões vantajosas é essencial saber qual o custo do seu milheiro no programa de fidelidade. Assim, você saberá quando compensa fazer determinada emissão utilizando pontos ou dinheiro.
Na época, eu assinava o Clube Azul 5.000 adquirido em uma promoção, a fim de garantir a maior bonificação possível em transferências com a Livelo/Esfera. Considerando os gastos com o clube, alguma compra e transferência de pontos, e os pontos orgânicos advindos do cartão Azul Visa Infinite, meu milheiro girava em um valor inferior a R$10,00.
Por outro lado, meu familiar que concentra mais os gastos no cartão, possuía o Clube Azul 1.000. Não houve compra ou transferência de pontos. Então praticamente todos os pontos foram gerados de forma orgânica para a emissão do bilhete do titular, além dos outros dois bilhetes emitidos com pontos.
Custo das Passagens
Para realizar uma simulação dos custos das passagens, levarei em conta apenas a emissão do meu bilhete (em pontos) e a emissão do Companion Pass para minha acompanhante. Utilizarei o valor de R$ 10,00 (pouco acima do meu milheiro na época para facilitar o entendimento e exemplificação da operação)
Porto Alegre – Curaçao (valor em alta temporada: ida janeiro/2024 e volta fevereiro/2024)
- Custo da passagem ida e volta com pontos: 184.000 pontos Azul Fidelidade x R$10,00 o milheiro + R$715,00 referente às taxas = R$2.555,00, ou R$ 1.277,50 por pessoa.
Se tivéssemos emitido as passagens de ida e volta em dinheiro, apenas para UM passageiro, o valor seria este a seguir:

Para fins de comparação, vamos considerar uma passagem emitida em pontos e outra emitida em dinheiro (desconsiderando, por ora, o Companion Pass). Assim, teríamos:
Em pontos: 184.000 pontos x R$10,00 (valor do milheiro) = R$1.840,00 + R$357,50 (taxas) = R$2.197,50 (ida e volta para uma pessoa)
Em dinheiro: R$6.408,61 (ida e volta para uma pessoa)
Nesta comparação, temos uma economia de quase 70%. Porém, quando consideramos o Companion Pass, ou seja, o valor pago para uma pessoa, na verdade, foi convertido em passagem aérea para duas pessoas. Dessa forma, temos uma economia que chega a 80% quando comparado ao valor em dinheiro.
Não resta dúvidas, portanto, que o conhecimento é libertador e pode gerar uma boa economia na hora de viajar, possibilitando um dinheiro “extra” para proporcionar outras experiências para toda a família.
Para Saber Mais
Para ler outros relatos da coluna da Por aí com o PPV, acesse este link.
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