Quando o assunto é perrengue mundo afora, existem os perrenguinhos, os perrengues engraçados e os perrengues que são realmente sérios, como esse que o nosso leitor Carlos passou … e ao que tudo indica aprendeu a lição!
Se você tiver algum perrengue em suas viagens para compartilhar conosco, mande para info@pontospravoar.com. Vamos rir … ou chorar … juntos de nossas trapalhadas de viagem!
Com vocês, o Carlos!
Aproveitando um bug da Air Canada que ocorreu em 2017 em que foram vendidas passagens saindo de São Paulo para Tel Aviv com escala de 10 horas em Toronto, por R$ 1.200,00, resolvi encarar a aventura. Porém, minha intenção não era ficar em território israelense, mas sim ir para Jordânia.
Na época, em minha jovem cabeça me pareceu uma ótima ideia enfrentar dois voos de quase 11 horas cada (em classe econômica), com uma conexão de 10 horas entre eles.
É óbvio que eu não planejei com antecedência a minha viagem de Tel Aviv para a Jordânia! Como os voos estavam com preços exorbitantes, eu tive a brilhante ideia de ir de ônibus até a fronteira e cruza-la a pé, afinal o que seriam mais 8 horas de ônibus somadas a meras 31 horas de viagem?
Na época, para entrar na Jordânia era necessário visto, que eu consegui ainda no Brasil enviando o passaporte para o consulado em Brasília. Então já cheguei com toda a documentação pronta.
Reservei um hotel próximo a Petra e combinei com eles para nos buscarem (eu convenci alguns amigos a viajar comigo) na fronteira do lado da Jordânia. Seriam mais 3 horas da fronteira até o hotel e o horário combinado era às 19:00h.
Após cruzar a fronteira eu comecei a procurar a van do hotel e o detalhe é que a fronteira é no meio do deserto e estávamos completamente sem sinal de internet ou telefone. Obviamente, o transporte não estava lá e não tínhamos como entrar em contato com o hotel.
Ficamos esperando uns 20 minutos, do nada um cara armado com uma metralhadora se aproximou falando um inglês bem ruim, dizendo ser funcionário do governo (ele não estava uniformizado) e o que deu para entender é que não poderíamos ficar ali esperando a van. Dito isso, dois táxis surgiram do nada, os motoristas saíram e começaram a pegar as nossas coisas, forçosamente diga-se de passagem, e com o cara armado olhando.
Fomos literalmente jogados dentro dos táxis e separados. Eu com mais 3 amigos em um carro e os outros dois em outro. Os táxis saíram, eu tentei pedir alguma explicação com o motorista, mas ele não falava uma palavra de inglês e, para piorar a situação, não era possível ver nada em volta além da luz dos faróis dos carros.
Após uns 10 minutos de viagem, eu vi que o táxi que eu estava foi para uma direção e o dos meus outros dois amigos para outra. Nem preciso dizer que fiquei muito tenso e tentei novamente pedir explicações pro motorista, o motivo de estarmos indo em direções diferentes e, claro, não tive resposta.
Passados uns 20 minutos após a separação dos carros, eu escuto um barulho de buzina e um carro em alta velocidade atrás de nós. Esse carro ultrapassou o meu táxi e deu uma fechada, obrigando o taxista a parar o carro, aproveitando que o carro havia parado eu não pensei outra coisa, falei para os meus amigos abre a porta e pula fora.
Saímos todos do táxi e o motorista do outro carro veio em nossa direção. Finalmente, era o transporte do hotel e o cara foi conversar com o taxista e falou para pegarmos nossas coisas e irmos para a van.
Pegamos as nossas malas e corremos para van, ao entrar vi que meus outros dois amigos já estavam lá. O motorista também não falava inglês muito bem, então não conseguiu explicar o que tinha ocorrido, 2 horas depois chegamos no hotel e eu fui pedir explicações do que tinha acontecido, em resumo:
Disseram para nós que isso é algo comum de ocorrer, taxistas têm acordo com funcionários da fronteira para arrancar dinheiro dos turistas dessa forma.
Não vejo a hora de voltar para Jordânia, que é um país lindo com um povo muito simpático, mas ficou a lição: Ao ir pra Jordânia não vá pela fronteira terrestre.
Para Saber Mais
Clique aqui para ler outras estórias da série Perrengues Mundo Afora.
Que tal nos acompanhar no Instagram para não perder nossas lives e também nos seguir em nosso canal no Telegram?
O Pontos pra Voar pode eventualmente receber comissões em compras realizadas através de alguns dos links e banners dispostos em nosso site, sem que isso tenha qualquer impacto no preço final do produto ou serviço por você adquirido.
Quando publicamos artigos patrocinados, esses são claramente identificados ao longo do texto. Para maiores informações, consulte nossa Política de Privacidade.