Diz pra mim qual viagem mundo afora não tem um perrenguezinho aqui ou ali? E para ilustrar isso, nosso querido leitor Iju compartilhou conosco um de seus perrengues que publicamos abaixo!
Se você tiver algum perrengue em suas viagens para compartilhar conosco, mande para info@pontospravoar.com. Vamos rir … ou chorar … juntos de nossas trapalhadas de viagem!
Com vocês, Iju!
A história do meu perrengue aconteceu há oito anos em uma conexão em Miami, vindo de St. Louis, onde havia participado de um congresso. Como curiosidade, St. Louis já foi uma cidade muito importante nos EUA, por exemplo, em 1904 sediou os Jogos Olímpicos e a Expo (essa que está acontecendo nesse ano em Dubai).
É a cidade onde surgiu o hot-dog, onde criaram o prêmio Pulitzer e onde residia Charles Lindbergh que fez o 1º voo cruzando o Atlântico com o Spirit of St. Louis. Por fim, quem tiver a oportunidade de conhecer St. Louis conhecerá o Gateway Arch e, quem sabe, fazer como eu, que assisti a uma partida de baseball do St. Louis Cardinals, um dos maiores vencedores de World Series da MLB.
Enfim, parti para Miami depois de quase uma semana em St. Louis e tinha uma conexão de cerca de 1h30 pela Delta. Tomei assento na Econômica do 767, configuração 2-3-2, estava na 30C, saída do fone de ouvido não funcionava, voo lotado, não tinha para onde trocar … bom … imaginem a minha alegria com a situação. Já eram cerca de 22h quando partimos em direção a GRU, entretanto, poucos minutos após a decolagem, o comissário fala pelo alto-falante:
“Atenção. Se houver algum médico a bordo, por favor, se identifique”. Silêncio…
Olho para o mapa de voo na telinha e vejo que o avião segue em linha reta em direção Leste, nada de embicar para o Brasil, já pensei “vai dar ruim”. Depois de nova solicitação do comissário e sem retorno, o avião toma rumo a MIA novamente.
Logo que o avião pousou, uma equipe de socorristas subiu a bordo, fez um primeiro atendimento e desembarcou o passageiro em uma maca. O comandante informou que deveríamos ficar nos assentos, manter o encosto em posição vertical, etc.
Algum tempo depois olho para o lado e nos assentos A e B, tinha uns dois rapazes conversando sobre as opções de filmes, na fileira de trás um casal conversava, a moça aparentando cansaço, deita a cabeça no colo do rapaz. Algum tempo depois um dos rapazes, do assento B, reclinou o assento e “atingiu” a cabeça da moça, que reclamou. Ele pediu desculpas e voltou o encosto à posição vertical.
Depois de ter sido anunciado que o uso dos banheiros estava liberado o rapaz que estava com a moça se levantou e dirigiu-se ao banheiro. Quando retornava ao assento, deve ter olhado para o rapaz que havia deitado o banco, este se levantou e perguntou se ele estava encarando e aí começou uma briga.
Os dois se atracaram no corredor, o amigo do rapaz que se levantou também começou a bater e ainda vieram uns amigos que estavam em fileiras mais à frente. Enquanto isso a moça gritava para eles pararem. Uma aeromoça também avisou que ela chamaria a polícia. Como não pararam, ela foi em direção à cabine de comando gritando “fight, fight”. Depois fiquei sabendo que o pessoal da Business achou que ela estava gritando “fire” e houve um início de tumulto por ali.
Resultado da confusão: policiais realmente subiram a bordo e retiraram os brigões. E os amigos e a moça pegaram suas bagagens de mão e desceram acompanhando-os também.
Após isso tudo, fomos informados que deveríamos desembarcar pois a aeronave passaria por uma inspeção. Ouvi diferentes versões sobre isso e talvez alguém possa escrever nos comentários qual a hipótese correta para a inspeção ou se as duas são válidas:
- Não houve tempo para aliviar o peso soltando o combustível e o pouso nessas condições torna necessária uma inspeção estrutural no avião.
- Como houve a subida da equipe de paramédicos e dos policiais, poderia haver o risco de que algum item (como uma bomba) fosse colocado no avião.
Enfim, o fato é que tivemos de desembarcar e fomos orientados a nos mantermos próximos ao portão de embarque. Aguardamos cerca de 1h30 para pode embarcar novamente, mas antes tivemos de fazer a “imigração” novamente, uma vez que havíamos deixado o país. Aliás, conferindo se todos que desembarcaram estavam embarcando novamente ou se teria “ficado” nos EUA.
Já dentro do avião, ainda chamaram alguns nomes (não sei o motivo), mais uns 20min de espera e, enfim, o avião decolou rumo ao Brasil, com todos muito cansados pelo horário, afinal foram mais de três horas de atraso.
Mas antes, ao menos mudei para um dos assentos que foram desocupados pelos brigões, tendo os assentos A e B à minha disposição e pude voltar com mais conforto e podendo usar o fone para ouvir o sistema de entretenimento.
Para Saber Mais
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