Em tempos de alta inflação nos resgates, uma excelente alternativa para maximizar o uso das suas milhas é explorar as tabelas fixas para emissão de passagens através dos programas internacionais e nacionais, e, neste sentido, se mostra crucial conhecê-las.
Pensando sempre em ajudar nossos leitores em busca das melhores emissões, resolvi fazer este post explicando as tabelas fixas dos principais programas nacionais e internacionais que adotam este tipo de tarifação, inclusive destacando os pontos positivos e negativos deste sistema.
Aqui você encontra:
Introdução
Há algum tempo, venho notando nos leitores, seguidores e alunos, uma grande dificuldade em entender o que é uma tabela fixa de resgate nos programas; quais os principais programas que a adotam e quais as regras gerais, além das vantagens e desvantagens de adoção deste sistema.
Assim, no presente post, falaremos das tabelas fixas adotadas por alguns dos principais programas nacionais e internacionais que temos acesso, a saber:
- LATAM Pass
- TAP Miles&Go
- AAdvantage
- Iberia Plus
- British Executive Club
- Privilege Club
- Aeroplan
- ConnectMiles
- Flying Club
- LifeMiles
- SUMA
- KrisFlyer
- Alaska Mileage Plan
Quadro Resumo das Tabelas Fixas
Normalmente, os programas só adotam as tabelas fixas para voos com as companhias parceiras, e não para seus voos próprios.
Para melhor explicar como funcionam as tabelas fixas para voos próprios e com as parceiras nos programas objeto de estudo neste post, anexo o quadro abaixo:
Programa de Fidelidade | Tabela Fixa - Voos Próprios | Tabela Fixa - Voos com Parceiras |
---|---|---|
LATAM Pass | Não – Dinâmica | Sim - Por regiões¹ |
TAP Miles&Go | Híbrida – Com piso e teto | Sim - Por regiões² |
AAdvantage | Não – Dinâmica | Sim - Por regiões³ |
Iberia Plus | Sim – Por distância | Sim - Por distância⁴ |
British Executive Club | Sim – Por distância | Sim - Por distância⁴ |
Privilege Club | Sim – Por regiões | Sim - Por distância⁵ |
Aeroplan | Híbrida - Com piso e teto e por regiões e distância | Sim - Por regiões e distância⁶ |
ConnectMiles | Sim - Por regiões | Sim - Por regiões⁷ |
Flying Club | Sim – Por regiões e alta e baixa temporada | Sim - Por distância⁸ |
LifeMiles | Sim - Por regiões | Sim - Por regiões⁹ |
SUMA | Sim – Por regiões | Sim - Por regiões¹⁰ |
KrisFlyer | Sim – Por regiões | Sim - Por regiões¹¹ |
Alaska Mileage Plan | Sim – Por regiões e distância | Sim – Por regiões e distância¹² |
Observações:
- O programa LATAM Pass, como regra, soma as regiões de conexão, e, além disso, soma (limitado a um) os trechos dos voos em conexão dentro de uma mesma região (por exemplo: em uma emissão GRU-ATL-JFK, será cobrado o valor fixo do resgate Brasil para América do Norte e, além disso, mais o valor de um resgate da América do Norte para a América do Norte, tornando pouco atrativa esta emissão).
- O programa TAP Miles&Go tarifa por regiões sem somar as regiões de conexão, desde que respeitadas as regras gerais do programa (número de segmentos, evitar backtracking, rota triangular etc).
- O programa AAdvantage tarifa por regiões, podendo, ou não, somar as regiões de conexão, a depender da rota escolhida, número de segmentos voados e distância total percorrida.
- Os programas da Iberia Plus e British Executive Club possuem uma tabela própria para voos próprios (em alta e baixa temporada, cada programa define o seu critério, que você pode conferir aqui) e tabelas próprias ou exclusivas a depender do parceiro na aliança.
- O programa Privilege Club adota uma tabela fixa por regiões para voos puros (com a própria Qatar) e uma tabela por faixas de distância (similar ao que a Iberia e British fazem) para voos com as parceiras, não só da aliança Oneworld, mas também parcerias diretas, como com a LATAM, e já começou a adotar, para alguns resgates, tabelas diferenciadas para alta e baixa temporada, sendo que não lancei esta informação na tabela acima porque esta mudança ainda não atingiu voos de e para o Brasil.
- O programa Aeroplan adota uma tarifação por regiões e distância, tanto para voos próprios, como para parceiros, porém em voos puros (com a própria Air Canada) há uma faixa de valores a serem cobrados, com piso e teto, o mesmo ocorrendo com a parceira Emirates, que possui um tabela própria inclusive.
- O programa ConnectMiles adota uma tarifação fixa por regiões, tanto para voos próprios, como para voos com parceiros, como para voos com parceiros de fora da aliança Star Alliance, ou seja, parceiros bilaterais.
- O programa Flying Club tarifa seus resgates para voos próprios por região e levando em conta a alta e baixa temporada, com tarifas a partir de faixas de distância. Já em relação aos parceiros, a tarifação leva em conta as faixa de distância, apenas, com um tabela geral para os parceiros, e tarifações distintas para voar com a Delta e com a Air France.
- O programa LifeMiles tarifa seus resgates em tabela fixa por regiões (em um total de 21 contemplando o mundo todo), possuindo uma tabela diferente para os parceiros fora da aliança Star, como a Gol e Iberia.
- O programa SUMA tarifa os resgates por regiões.
- O programa KrisFlyer adota uma tabela fixa por regiões para voos próprios, outra para voos com as parceiras da aliança Star e outras para cada uma das parceiras bilaterais, fora da aliança.
- O programa Mileage Plan da Alaska adota uma tabela fixa que combina regiões e distância, tanto para voos próprios, como para voos com os parceiros, com valores a partir de (piso).
Lembrando que, no geral, as tabelas dos programas podem ser:
- Dinâmicas ou Flexíveis, quando as cias cobram valores aleatórios e que podem variar muito (como fazem, por exemplo, os programas da LATAM Pass, Smiles, TudoAzul e a American Airlines em voos próprios);
- Fixas quando as cias cobram um valor fixo para voar para determinada região (como o TAP Miles&Go com as cias parceiras, seja da Star Alliance, sejam parceiras fora da aliança, ou como ao programa da LATAM Pass com as parceiras Delta e Qatar), ou por determinada faixa de distância (como os programas da Iberia Plus e da Executive Club da British), ou mesclando os dois sistemas (região e distância), como o programa da Aeroplan faz, podendo, ainda, variar a depender da época do voo (períodos de alta e baixa estação, como o programas da Iberia, British, Qatar e Virgin fazem) ou
- Híbridas como nos voos (puros) com a própria TAP via Miles&Go e com a Air Canada e Emirates via Aeroplan, em que há um piso (valor mínimo) e um teto (valor máximo).
Vantagens e Desvantagens das Tabelas Fixas
Vantagens
A grande vantagem da tabela fixa é que, havendo disponibilidade, você conseguirá fazer uma emissão por uma quantidade muito menor de pontos, via de regra, que nas tabelas dinâmicas, além de poder planejar quanto pontos precisa para viajar para determinado destino.
Quanto à previsibilidade de quanto você irá pagar, cito dois exemplos: um trecho em classe executiva do Brasil para a Europa com as cias parceiras do programa AAdvantage é tabelado em 87.5k pontos o trecho; já um trecho em classe executiva do Brasil para os Estados Unidos ou Canadá com as cias parceiras do programa Miles&Go é fixo em 95k pontos o trecho.
Desvantagens
A desvantagem de o programa adotar a tabela fixa, é que os assentos prêmio (“award”) são limitados, e, em alguns casos, as cias podem sequer liberar assentos para um determinado voo ou período (como a United, por exemplo, está fazendo, atualmente, com as parceiras da Star Alliance).
Há, ainda, programas que oferecem uma disponibilidade extra de assentos restrita para resgates com a própria cia e com milhas do próprio programa, disponibilidade que não é extensiva aos programas parceiros, porém há um custo bem maior para a emissão, normalmente custando o dobro da tarifa saver para a mesma rota (exemplo: tarifa flexi no programa Privilege Club, standart no programa ConnectMiles e Advantage no KrisFlyer).
A título de comparação, os programas que adotam a tabela dinâmica, normalmente, oferecem resgates em milhas para (quase) todos os assentos do voo, iniciando com uma certa tarifação (influenciada pela época do voo e da demanda) que, via de regra, conforme a data da viagem se aproxima vai aumentando (a depender, também, da ocupação dos lugares, ou seja, das vendas dos assentos).
Então, o caminho para maximizar o uso das suas milhas é o combinar conhecimento e planejamento. Se você fizer isso, garanto que irá viajar quando quiser da melhor forma possível!
Vídeo no YouTube
Tome Nota
Como foi mencionado ao longo deste post, busquei trazer informações acerca do funcionamento das tabelas fixas adotadas por alguns programas nacionais e internacionais.
Embora seja uma “espécie em extinção”, já que diversas cias ao longo do tempo tem migrado para as tabelas flexíveis ou dinâmicas, ainda encontramos alguns programas que mantém a tarifação fixa, o que louvamos e torcemos para que assim continue.
Ainda que o post não entre no mérito quanto ao funcionamento e critérios específicos dos programas que adotam as tabelas fixas, o quadro resumo e as explicações complementares dão um bom panorama para nossos leitores conseguirem, de uma vez por todas, entender melhor este sistema de tarifação e, com isso, maximizar o uso dos seus pontos utilizando-os nas melhores emissões.
O ponto positivo fica pela, via de regra, quantidade menor de pontos exigidos para os resgates, além da possibilidade de poder planejar a sua emissão (você já sabe quantos pontos terá que acumular naquele programa para efetuar o resgate dos bilhetes).
Já o ponto negativo é a limitação de assentos disponíveis, os quais, atualmente, estão escassos, considerando uma série de fatores que concorrem para isso. A depender da aliança aérea que você acumulou seus pontos, a situação pode ser ainda pior neste quesito, inclusive.
Desta forma, considero que o caminho para maximizar o uso das suas milhas é o combinar conhecimento e planejamento dos programas (incluindo suas tabelas, regras etc).
E você, leitor, já conseguiu realizar alguma emissão explorando as tabelas fixas?
Em caso positivo, compartilhe abaixo, nos comentários, qual o programa que utilizou e qual a quantidade de pontos exigida.
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