De acordo com uma conversa entre Harry Hohmeister, diretor comercial da Grupo Lufthansa (Lufthansa, Swiss e Austrian) e o site Australian Business Traveller durante a reunião da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) em Seul, a Lufthansa fará algumas mudanças na classe executiva do B777-9 que começa a chegar em 2020.
Como já falamos anteriormente aqui no TLFL Brasil, a Lufthansa finalmente abandonará o formato 2-2-2 e lançará os layouts alternados 1-1-1 e 1-2-1 na cabine do B777-9. Isso por si só já é uma grande melhoria, que aliás vem tarde se olharmos a concorrência. No entanto, a empresa espera fazer mais mudanças e nesse ponto o nosso bolso, enquanto consumidores, será afetado.
Harry Hohmeister é rápido em dizer que, ao contrário da Emirates, a Lufthansa não irá desmembrar a classe executiva e sim oferecer serviços adicionais em complemento aos que já existem aos passageiros:
“Não é mais apenas uma classe executiva. Na executiva do Boeing 777X, você poderá fazer um upgrade para um produto ainda melhor dentro da mesma cabine … é um salto real em termos de conveniência e em termos de seleção de produtos.”
De acordo com o Harry Hoemeister, com essa abordagem o passageiro pagará um valor extra para ter direito a um assento que oferece, por exemplo, mais privacidade, camas mais longas (chegando até a 2.20m em alguns assentos) ou um espaço maior para quem quer trabalhar durante o voo.
No entanto, Hohmeister deixa claro que independentemente de um passageiro optar pela experiência de “business class plus” ou por um assento padrão na classe executiva, todos os mimos habituais da executiva permanecerão. Os passageiros terão direito a refeições, acesso ao lounge e a capacidade de acumular milhas em tarifas pagas como acontece hoje em dia.
Conclusão
Indo direto ao ponto, a Lufthansa planeja fazer o que a Swiss já faz em sua classe executiva. Eles irão cobrar uma taxa extra dos passageiros que quiserem reservar os assentos “trono”.
O que não ficou claro é quanto cobrarão? Serão apenas os assentos trono? E os seus passageiros mais premium, os membros Senators, terão que pagar também?
E não deixa de ser interessante que a notícia divulgada pela Emirates há alguns dias sobre a introdução da uma classe executiva sem alguns benefícios, deixou a Lufthansa numa saia justa. Seguramente os planos de cobrar dos passageiros para reservar os assentos trono já estavam em desenvolvimento há algum tempo. Porém, a empresa não quer dar a impressão aos seus clientes que está seguindo os passos da Emirates, e sim mantendo tudo o que já existe enquanto oferece algo mais, a “business class plus”, aos seus passageiros.
Resta saber se os passageiros estarão dispostos a pagar por esses assentos ou irão esperar até o momento do voo para tentar reserva-los gratuitamente caso ainda não estejam ocupados. Com todos os lugares tendo acesso direto ao corredor, ao contrário do que acontece na Swiss, os tronos perdem parte do brilho.
Você estaria disposto a pagar?