Independente do lado que se olhe, todos tiveram que se adaptar ao isolamento social imposto pelo covid-19. Neste artigo compartilhamos as experiências de alguns de nossos leitores.
Cada um encontrou seu jeito de lidar com essa nova realidade e com o home office! Confira por você mesmo!
Mônica – São Paulo
Sempre inventando um pãozinho diferente, pois adoro café da manhã. Depois, período para limpeza e arrumação. Em algum momento do dia, me convenço que tenho que verificar os negócios, olhar emails.
Não dá “pra” não falar da saudade enorme do meu caçula médico, recém formado e no front da pandemia. O mais velho, deu um susto: suspeita de coronga!, Ficamos realmente isolados em casa os primeiros 15 dias. Ele no quarto fechado, apenas comida pela porta. Deu negativo!
Depois de São Paulo e quase contaminação, fugimos para o interior! Mesmo tendo que trabalhar, que maravilha por a cara para fora! Viva o sol, o ar puro, as caminhadas e os passeios de bike sem ninguém por perto, claro.
Tiago – Brasília
Minha rotina ‘normal’ já é de trabalho em casa. Produzo vídeos e faço edições de forma rotineira. Mas ainda assim sofro um bocado os impactos da pandemia e o isolamento.
Minhas filhas já não vão à escola e agora estudam em casa por videoaulas e tarefas enviadas pela escola. Antes eu precisava estar atento a esse processo delas, mas empreendia pouco tempo para isso; agora é mandatório – checar aplicativo, imprimir atividades, tirar dúvidas, estar mais presente. E isso certamente demanda uma boa parte de tempo e esforço/energia.
Dispensamos nossa funcionária/diarista. Preciso cuidar da limpeza da cozinha, onde me saio melhor – além de fazer almoço diariamente – a esposa, sempre companheira, divide comigo as outras tarefas em que sou mais lento (lavar roupa, limpezas menores).
Interrompi os atendimentos a clientes, filmagens de eventos (pois são os casamentos o carro chefe da empresa e sem eles… nada feito). Então precisei manejar a agenda atual para adiar eventos desse ano para o ano que vem. Prevejo que terei um GAP de faturamento equivalente a praticamente um ano sem novas receitas – pois acredito que as aglomerações sociais (festas estão incluídas aí) só devem retornar após a imunidade de rebanho conseguida a base da vacina e/ou testes massivos para toda população.
O aspecto financeiro não tem sido fácil. Mas, cortando todos os gastos supérfluos (infelizmente viagens entraram nesse corte!) e segurando gastos com os essenciais, vamos conseguir passar com alguma tranquilidade pelo período. Precisei cancelar viagens já compradas e ainda estou na expectativa de vouchers de mais outros destinos TAP/Parceiras agendados para o meio de ano.
Eduardo – Londres
Com o covid-19 veio a ordem de nos trancarmos em casa. Até aí tudo bem, mas logo as mudanças na rotina chegaram. O caminho diário ao trabalho, normalmente de bicicleta, foi interrompido e agora demoro longos 5 segundos até o “escritório” (Bye mesa de jantar, Hello escritório/home office). O problema de estar em casa são as frequentes visitas à geladeira e o sentimento de claustrofobia ao final do dia.
Mas apesar de tudo, há um lado positivo. O horário de trabalho está mais controlado, o silêncio trouxe maior produtividade, reuniões (agora por vídeo chamada) ficaram mais objetivas. E os projetos que estavam há muito tempo engavetados, poderão ser concluídos.
Dênis – Brasília
No meu caso, posso dizer que fico a meio termo entre o isolamento e o enfrentamento: sou médico e durante a maior parte da minha semana estou trabalhando. Não dentro da minha rotina (cirurgia), mas especificamente no enfrentamento da covid-19. Trabalho no hospital referência para covid-19 em Brasília, então não há isolamento social, mas exposição direta ao risco. Faz parte da profissão.
Honestamente, não sei como as pessoas em geral vêem isso como “heróis”, numa luta épica. É o meu trabalho, como era antes da pandemia e (espero) continuará sendo depois dela. Sabe aquela frase que circula por posts pela internet, que diz “Vim trabalhar pelos seus. Fique em casa pelos meus”? Pois é. Ela se aplica. É absolutamente verdadeira.
Após uma jornada de trabalho, vou direto para casa, tomo todos os cuidados com proteção pessoal e higiene, e não saio de casa até a próxima jornada de trabalho. Ou estou no trabalho, ou estou em casa. Há mais de 30 dias não vejo (pessoalmente falando) ninguém da minha família e acho que deve ser assim. Exponho-me somente quando necessário, no trabalho. Fora dele, isolamento é a melhor estratégia.
Alan – Porto Alegre
Com o isolamento social o home office passou a ser obrigatório no meu trabalho. Mas isso não chegou a ser um grande problema, já que a gente trabalha com o sistema on-line há algum tempo, sem falar que os prazos da Justiça estão suspensos.
Como moro só, já era acostumado a fazer refeições, além do mercado, pelos aplicativos, o que ajuda a evitar o risco do contágio em si. Mas o sentimento mais forte, neste momento, é o de incerteza, já que não temos sequer uma previsão de quando tudo voltará ao normal.
Henrique – Porto Alegre
Eu estou em casa respeitando a quarentena junto com a minha esposa e filho. Eles não saem de casa para nada, eu que saio para ir ao supermercado, farmácia e eventualmente buscar comida no restaurante.
Minha mãe, por ser idosa e estar em grupo de risco, está em casa desde o início da quarentena e eu levo as compras de supermercado para ela a cada 5 ou 6 dias. Quando vou lá nunca me aproximo dela e fico pouco tempo. Temos utilizado bastante as vídeos chamadas para ela matar as saudades do neto.
André – São Paulo
Pra quem tá acostumado com o anúncio de “portas em automático” com boa frequência, tem sido difícil ficar em casa e um tanto quanto triste não ouvir os jatos sobrevoando São Paulo. A vida em ambiente externo se resume a respirar um pouco de ar puro nos passeios com o Mick Jagger (meu golden retriever), fazer alguns exercícios nas áreas comuns do prédio e às compras de farmácia e supermercado – as quais tenho feito a cada 2 ou 3 dias, com lista pequena de itens, a fim de caminhar um pouco nas redondezas.
Como a rotina de trabalho mudou muito e houve esta migração de reuniões para o mundo online, exercitar a disciplina passou a ser fundamental, especialmente no objetivo de utilizar melhor o tempo geralmente gasto em deslocamento (seja de carro ou avião): leitura de livros, aprender novos conteúdos, estudar novas línguas e praticar alguns hobbies – além de participar das lives e fóruns de discussão do Pontos e Viagens!!
Arthur – Santos
Tenho sorte de conseguir estar trabalhando em uma condição praticamente normal. Sou advogado e, com exceção de alguns processos que ainda tramitam de maneira física, consigo desenvolver meu trabalho via digital em quase 80-90% dos casos.
A informatização da Justiça no Brasil, ainda que não seja uma maravilha, me possibilita continuar a praticar a advocacia sem grandes problemas, o que, por consequência, me possibilita manter um ritmo de trabalho regular.
Mas a diferença de não ter que acordar cedo, ou pegar trânsito na hora de ir embora, de, neste momento de pandemia, poder desfrutar refeições com a minha família, sem ao mesmo tempo perder a possibilidade de continuar trabalhando é, de fato, algo que eu vejo com bons olhos.
De revés, acho somente que a questão da concentração no ambiente domiciliar foi complicada; nas primeiras semanas mal conseguia me concentrar para fazer o meu trabalho e tudo virava uma distração. Agora criei um ambiente mais exclusivo para trabalhar em meu quarto e todos vieram a entender que, se a porta está fechada, é porque estou trabalhando, facilitando, assim, a implementação do home office.
Algumas Palavras
Antes de mais nada um super obrigado aos nosso leitores que concordaram em compartilhar conosco como estão se virando com o isolamento social causado pelo covid-19. Eu fiquei até com vergonha do meu home office!
Eu você, como está lidando com o isolamento social e o home office? Conte para nós nos comentários e fique à vontade para compartilhar fotos! 😉