A GOL avalia uma mudança rara em sua operação ao preparar a chegada do Airbus A330neo, movimento que pode ampliar o alcance internacional da companhia e reposicioná-la em rotas hoje fora do seu portfólio.
A GOL caminha para uma alteração inédita em sua estratégia operacional: a chegada de aeronaves widebody. A empresa deverá receber cinco Airbus A330-900neo atualmente operados pela Azul, marcando a primeira ruptura da exclusividade do Boeing 737 na frota da companhia. A transferência está prevista para junho de 2026, após a Azul decidir devolver parte dos A330neo dentro do processo de reestruturação judicial.
Adaptação inicial e testes internacionais
Fontes do setor afirmam que a GOL pretende estrear os A330-900neo em voos domésticos, etapa considerada essencial para treinar equipes de cabine e solo em um equipamento que nunca fez parte da operação da empresa. A fase de adaptação deve ser curta: já em julho de 2026, a companhia trabalharia com a hipótese de testar as primeiras rotas internacionais com o novo widebody.
Portas abertas para rotas de longo curso
A chegada do A330-900neo ampliaria bem o alcance da GOL, hoje limitada à versatilidade e às restrições do 737. Por se tratar de aeronave de dois corredores, o modelo coloca a empresa em um segmento para o qual nunca teve frota dedicada e estável: voos longos com maior capacidade.
Entre os mercados avaliados internamente estão São Paulo–Nova York, São Paulo–Paris e São Paulo–Porto, sendo este último já contemplado com slots. Também aparece no radar o eixo Rio de Janeiro–Orlando. Nenhuma dessas rotas, contudo, foi confirmada oficialmente.
A incorporação dos A330-900neo marcaria o retorno da GOL ao segmento de aeronaves de grande porte após cerca de 15 anos, quando operou o Boeing 767 herdado da Varig em voos internacionais no início da década de 2010. A aposta agora é inserir a companhia em rotas de alta densidade e longas distâncias, alinhada à estratégia definida pelo Grupo Abra.
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Airbus A330-900neo
O Airbus A330-900neo é um dos widebodies mais eficientes da atualidade. Capaz de transportar até 410 passageiros e com alcance de aproximadamente 17.960 quilômetros, o modelo consome cerca de 25% menos combustível que aeronaves de gerações anteriores, um ganho que se traduz em redução de custos e menor impacto ambiental.
Grupo Abra e os contratos com a Avolon
Como noticiamos aqui no Pontos Pra Voar em outubro, o controlador da GOL e da Avianca já havia anunciado contratos de leasing com a Avolon para cinco unidades do A330-900neo. Na ocasião, a GOL destacou que esses aviões poderiam ser alocados para qualquer empresa do grupo, desde que o operador arcasse com os custos associados.
A movimentação atual indica que a escolha recairá sobre a própria GOL. Além das cinco aeronaves contratadas, o Grupo Abra mantém uma carta de intenção para mais duas unidades, totalizando potencialmente sete A330-900neo. Ainda não há definição se todo esse conjunto será direcionado à malha brasileira, mas a sinalização de que a GOL deve assumir ao menos cinco parece certa.
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Guinada Histórica para a GOL
Caso concretizada, a incorporação dos A330-900neo representará uma guinada relevante na história da GOL, reposicionando a empresa em um mercado que, desde sua fundação, esteve fora de seu alcance operacional. A adoção de um widebody moderno e de longo alcance pode reconfigurar a presença internacional da companhia e ampliar seu papel dentro do Grupo Abra, abrindo espaço para novas rotas e um novo perfil de cliente.
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