O aquecimento global já tem trazido efeitos em todas as áreas. Na Europa, em especial, o turismo já tem sido afetado e adaptações precisam ser adotadas. Mas o que fazer?
Atualmente o calor extremo em alguns destinos europeus tem feito com que os padrões de turismo sejam alterados.
Os viajantes pensam duas vezes antes de viajar para destinos no sul da Europa como, por exemplo, Espanha e Grécia. O calor tem castigado quem caminha quilômetros para conhecer as atrações que estes destinos oferecem – e que não são poucas!
Os governos destes países têm pensado em maneiras de se adaptar para receber e ofertar melhores condições a seus visitantes. O problema é que a cada ano os termômetros têm subido ainda mais. O que tem causado grande preocupação a todos os envolvidos no setor de turismo.
Recentemente, um turista veio a falecer quando visitava a ilha de Mathraki, na Grécia. Ele era norte-americano e tinha 55 anos. Mas houveram várias outras mortes registadas como, por exemplo, a do apresentador de TV britânico Michael Mosley. Em 9 de junho seu corpo foi encontrado na ilha Symi.
A Europa, ao contrário de outros países como os Estados Unidos, não possui uma boa estrutura como ar-condicionado que aliviaria os efeitos deste imenso calor. Afinal, a Europa sempre foi mais conhecida e procurada devido a suas baixas temperaturas. As altas temperaturas é uma realidade relativamente nova por lá.
O impacto econômico já está começando a ser sentido. As pessoas têm procurado destinos mais amenos para passar suas férias de verão ou, então, países que possuam uma infraestrutura satisfatória que possa aliviá-las diante deste calor intenso.
Isso sem falar nos perigos que as altas temperaturas causam na natureza como os incêndios florestais ocorridos na Espanha há pouco tempo. Este é um evento que espanta os turistas. Mais quais medidas têm sido tomadas para, senão resolver, ao menos amenizar estes efeitos?
Agências de turismo que promovem atividades ao ar livre na Grécia têm, por exemplo, adaptado seus horários, optando por passeios mais cedo ou no final da tarde. Ao menos esta ação ameniza o desconforto e o perigo que podem prejudicar os turistas.
Mas isto só não é o suficiente. É necessário que outras medidas sejam tomadas e algumas práticas adotadas como a conscientização e a preparação dos visitantes a estes destinos.
Cada vez mais se faz urgente a promoção da cultura de viagens responsáveis, levando em conta os desafios climáticos atuais, o que é fundamental para a mitigação de seus impactos e garantia da contribuição que o turismo representa para a economia local dos destinos afetados. Em outras palavras, o turismo precisa se reinventar!
É necessário sobrepor a negação espalhada em todo o mundo desta realidade climática, tanto por parte de governantes, como pelos moradores e turistas em geral. É preciso que entendamos, de uma vez por todas, que o que fazemos hoje terá consequências marcantes no futuro.
Isso pode parecer algo distante ou, até mesmo, utópico. Mas está bem mais próximo de nós do que pensamos. Podemos começar com atitudes básicas como:
- Tanto em viagens, como no nosso dia a dia, podemos cuidar do lixo que produzimos e praticarmos o descarte seletivo
- Na hora da locomoção, podemos optar por bicicletas, carros elétricos, trens, etc., evitando meios de transporte que se utilizam de combustíveis fósseis
- Devemos economizar energia em todos os lugares por onde passamos. Não é porque estamos num hotel que devemos deixar as luzes acesas
- Podemos levar nossa própria garrafinha de água e reabastecê-la, evitando comprar uma feita de plástico a cada hora que tivermos sede
Não podemos culpar apenas os governantes. Se cada um fizer um pouquinho, pelo menos o estrago irá parar de aumentar!
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