Dando sequência à série “Compartilhando Emissões” aqui no Pontos pra Voar, iremos continuar falar sobre uma emissão realizada pelo leitor Daniel para uma viagem de volta ao mundo em lua de mel, utilizando milhas dos programas LATAM Pass e AAdvantage, sendo que, no post de hoje (parte 5, a última) falaremos do retorno para o Brasil.
Aqui você encontra:
Introdução
Inicialmente, recordo que nessa série eu e os demais editores do Pontos pra Voar, além dos leitores (como no presente caso) iremos compartilhar emissões (tanto para voos já realizados, como voos futuros, ainda não realizados) que, nas condições atuais dos programas, são vantajosas.
No post de hoje, continuaremos a falar sobre uma emissão realizada com milhas para uma viagem de volta ao mundo em classe executiva e primeira classe, utilizando milhas dos programas LATAM Pass e AAdvantage.
Na primeira parte mencionamos os trechos de saída do Brasil até Joanesburgo, na África do Sul, sendo este o primeiro destino a ser explorado pelo nosso leitor juntamente com a sua esposa Marina.
Já na segunda parte, falamos dos trechos de Joanesburgo até Sidney, na Austrália, via Doha, e o segundo destino visitado: Sidney.
Na terceira parte falamos dos trechos de Sidney até Papeete, no Taiti, via Auckland (Nova Zelândia).
Na quarta e penúltima parte, falamos do retorno do Taiti para os Estados Unidos (PPT-LAX-BOS), via Los Angeles.
Agora, na quinta e última parte, falaremos do retorno do Brasil, saindo de Boston, com conexão em Nova York e chegando em Guarulhos (BOS-JFK-GRU), voando com a American Airlines em executiva e primeira classe.
Relembro que a ideia central desta série de posts é mostrar para você leitor que é possível voar para diversos lugares do mundo, com as milhas acumuladas nos programas nacionais e internacionais, que nós, brasileiros, temos acesso morando aqui no Brasil.
Inclusive, iremos, ao final, tecer alguns comentários acerca dos destinos, opções de emissões, tarifações e cabines.
Passamos, então, ao relato do leitor e os detalhes da emissão do leitor que, gentilmente, compartilhou as suas emissões nesta viagem de volta ao mundo com pontos LATAM Pass e AAdvantage.
Lembrando que dividimos as emissões do leitor em cinco partes, sendo que na primeira parte abordamos os voos de saída do Brasil rumo à Joanesburgo via Doha (GRU-DOH-JNB), aproveitando o sweet spot da época de apenas 84k pontos LATAM Pass em classe executiva, voando Qatar Airways.
Na segunda, falamos dos trechos de Joanesburgo até Sidney via Doha (JNB-DOH-SYD), e do sweet spot do programa AAdvantage (apenas 100k milhas para voar em executiva e primeira classe).
Na terceira parte, falamos dos trechos de Sidney até Papeete no Taiti, via Auckland (SYD-AKL-PPT), na classe executiva da Qantas e da Air Tahiti Nui (TN), por 80k milhas AAdvantage.
Na quarta parte, abordamos os trechos de Papeete, no Taiti, até Boston, via Los Angeles (PPT-LAX-BOS), emissão pagante voando com a Delta.
Agora, na quinta parte, falaremos dos trechos de Boston para Guarulhos com conexão em Nova York (BOS-JFK-GRU), em classe executiva no trecho interno e primeira classe no trecho longo, por 86k milhas AAdvantage e R$ 29,05 de taxas.
Comprovante das Emissões e Relator do leitor
Após inesquecíveis experiências ao voar, na mesma RTW, em 03 cabines Qatar Qsuite, 01 cabine Qatar First e na excelente business Air Taithi Nui, chegamos ao momento final da viagem, justamente o retorno ao Brasil. Para tanto, buscamos o que seria mais interessante, com base no conhecimento angariado via o site PontospraVoar e seus grupos de Whatsapp, e somente vimos uma opção supostamente válida para encerrar esta segunda lua de mel: viajar na única cabine First das companhias americanas para o Brasil, a Flagship First.
Para tanto, conseguimos o bilhete em milhas por um valor surpreendente dada a cabine em questão: voando “primeira classe” (cadeiras iguais à antiga “executiva” da Copa Airlines) em aeronave Embraer E175 no trecho BOS-JFK e em efetiva Primeira Classe Flagship First no Boeing 777 da American Airlines entre JFK e GRU, em pleno final de semana pós carnaval, 86.000 milhas AAdvantage por passageiro, com longa conexão para aproveitarmos a sala VIP em JFK.
A alegria da emissão foi ainda maior após descobrirmos, em dezembro de 2022, poucos meses antes da viagem, que a antiga Flagship Lounge e seu tão comentado Flagship First Dining teria sido transformada, em JFK, em uma exclusiva nova sala VIP, apenas para passageiros voando First na American Airlines e na British Airways: a denominada Chelsea Lounge. Tal mudança, por si, nos deixou, Marina e Daniel, com expectativa ainda maior.
Todavia, quando da chegada dos voos a expectativa não foi proporcional à realidade.
A sala VIP da American Airlines em BOS se mostrou como uma sala de beleza considerável mas com pouquíssima diversidade de comidas e bebidas.
Nada comparável, por exemplo, à sensacional nova Sala Vip DELTA em LAX que tivemos oportunidade de conhecer quando da conexão entre a Polinésia Francesa e BOS (em que pese o bilhete comprado ter sido em premium economy, graças ao TPC e dicas do PontospraVoar acessamos a sala sem qualquer custo). Na da DELTA em LAX, ressalta-se, havia até um bar em área aberta para o pátio de aeronaves (parte da bebida incluída e o restante à venda); já na da AA, nada digno de registro:
Como bons milheiros que somos, não desistimos nunca. Assim, com base nas dicas do PontospraVoar, pesquisamos algum restaurante com Priority Pass no aeroporto e, assim, despedidos da então gélida Boston saboreando dois hamburgers da lanchonete Stephanie’s por meros 71 centavos de dólar americano. Muito obrigado, Cláudio, Henrique e cia por matar nossa fome em Boston!
Quanto à aeronave, a “first” do voo doméstico BOS-JFK nada mais foi do que algo similar à pseudo-executiva da Copa Airlines em voos saindo do Brasil, com configuração 2×2.
Finalmente no JFK, fomos acelerados para conhecer a Chelsea Lounge, cujo acesso se dá através de um elevador tanto para esta como para o Soho Lounge.
Chegando à sala, confessamos que não nos sentimos em um sala digna de tantos comentários em variados blogs. Primeiramente, o tamanho é, para quem já conheceu a sala business da Qatar em DOHA, equivalente ao espaço ocupado apenas pelo espelho d’água desta. Há um bar no centro, alguns assentos espaçados e uma área de refeitório com mesas bem próximas no fundo. Nada além disto.
Surpreendente, foi solicitarmos reserva do banheiro para tomar banho e depararmos com uma grande contradição para um banheiro de sala destinada a passageiros FIRST: enquanto o secador era da marca DYSON (devidamente parafusado para evitar furtos face seu alto preço), parte das toalhas estavam rasgadas e com as bordas descosturadas.
Quanto às bebidas, o menu indicava a presença de um RUINART BLANC DE BLANCS, de preço aproximado de USD 180,00 a garrafa. De pronto, pedimos tal. Em resposta, tivemos de ouvir que estaria em falta. Diante de tal, partimos para um LAURENT PERRIER ROSE, sobre o qual só temos elogios.
Além disto, depois pedimos uns doces e chá, ficando apenas nos chás pois, definitivamente, o confeiteiro do lugar não era dos melhores.
Quanto ao jantar, restam elogios, cujas apetitosa foto fala por si:
Comparando com outras salas VIPs em que estivemos presentes nos últimos anos, consideramos bem decepcionante para se anunciar como uma sala VIP exclusiva a passageiros First Class. Não chegam nem perto da Sala Vip First da Qatar em DOH, tendo atratividade similar apenas a Salas Vips destinadas a passageiros voando business, tais como da Qatar em DOH, Finnair em HEL e outras.
Quanto ao voo, já não tínhamos grandes expectativas, o que ajudou a “aceitar” as decepções: primeiramente, apenas um comissário para todos os passageiros da First, o qual apenas tinha pijamas tamanho M (ou seja, um de nós dois ficou sem). Bebidas servidas apenas após início do taxiamento.
A cadeira, por si só, pode ter sido revolucionária no passado, mas é apenas um grande assento que, de forma diversa das demais companhias, pode virar de lado e possui alguns outros controles eletrônicos.
Quanto à alimentação, nada que impressione, sendo que o tão falado sundae, em verdade se mostrou uma pedra de creme congelado com cobertura de chocolate ou caramelo (sequer castanhas ou algo além). Além disto, água fornecida, em primeira classe, em apenas garrafas de plástico.
Digno de citação foi o amenity kit, este sim elogiável, sendo uma bolsa da SHINOLA Detroit, bem como o sensacional fone de ouvido da Bang & Olufen.
Enfim, pagaríamos novamente 86.000 pontos para voar First AA? Talvez, pela pouca quantidade de pontos dada a experiência, mas, jamais, em razão da Sala Vip ou, em especial, da cabine e do assento. Pesa contra saber que, por 80.000 pontos, se voa Qsuite entre o continente Africano e o Pacífico Sul (nesta 2ª lua de mel), ou por 85.000 pontos voando business entre a Europa e o Pacífico Sul (posts da 1ª lua de mel).
Esperamos que os leitores possam se inspirar não apenas nos relatos da nossa primeira como também ora da 2ª lua de mel. Somos apenas um casal apaixonado, que busca sua felicidade também em viagens aproveitando, para tanto, os ensinamentos do PontospraVoar e, após as viagens, tenta compartilhar estas com os leitores para os ajudar em eventuais viagens e proporcionar momentos inesquecíveis também a quilômetros de altura ou em salas vips.
Comentários das Emissões
Agora, após o relato do leitor, iremos falar um pouco sobre as opções de emissões acessíveis para nós brasileiros, a tarifa cobrada e as cabines que serão disponibilizadas nos trechos emitidos.
As Opções de Emissões
Tendo em vista o objetivo do leitor que é retornar ao Brasil na sua segunda lua de mel em uma cabine de primeira classe, não temos dúvidas que a escolha foi acertada.
Em relação às opções de emissões, a American Airlines é a única cia que, partindo dos Estados Unidos, ainda oferece cabine de primeira classe.
Logo, a escolha do leitor foi certeira, ainda que o serviço e cabine de primeira classe da American Airlines, em comparação com outras cabines de primeira classe, deixe a desejar.
Tarifações, Cabines e Sala VIP Utilizadas
Em termos de tarifações, o autor e a sua esposa utilizaram, cada um, 86k milhas do programa AAdvantage para um trecho interno em classe executiva (primeira classe doméstica) e para o trecho longo (internacional) de voo em primeira classe, o que mostra que o valor cobrado foi bom.
Não raro, diante da precificação dinâmica que o programa cobra, é comum vermos tarifas superiores a 200k pontos na mesma rota.
Na rota Boston-Nova York (BOS-JFK), na cabine em classe executiva, foi utilizado um E175, com a configuração 2-2.
No segundo trecho de Nova York para Guarulhos (JFK-GRU), a aeronave utilizada foi um B777-300ER, com a configuração 1-2-1, total de 08 assentos.
Lembrando que o leitor e a sua esposa (o casal, portanto) puderam acessar a sala VIP da American Airlines (Chelsea lounge) no aeroporto de JFK (terminal 08), durante a conexão, como informado no relato acima.
Emissões de Passagens com Milhas
Caso você esteja planejando fazer emissões de passagens para voar com pontos de qualquer programa de fidelidade e não quer perder tempo no telefone com a central de atendimento, nossa parceira Wanderlust pode fazer esse trabalho para você.
Para tanto, você precisa apenas enviar um email para viagens@wanderlustconcierge.com.br com as datas que você pretende viajar, o número de passageiros e um telefone para contato, que na sequência o time entrará em contato.
As emissões custam a partir de R$ 300 para o primeiro passageiro por trecho (independente de ser uma viagem de ida ou ida e volta). Demais passageiros no mesmo localizador têm o custo de R$ 200 por pessoa.
Tome Nota
Como foi mencionado ao longo deste post, estamos dando continuidade a uma série em que nós, editores do site, buscaremos compartilhar emissões (tanto para voos já realizados, como voos futuros, ainda não realizados, mas que estão na nossa lista) que, mantidas as condições atuais, são vantajosas.
Inclusive, desde o início da série, sempre frisamos que o site está aberto para receber as contribuições dos leitores.
Assim o fazemos com o intuito de mostrar para os demais leitores, sobretudo os iniciantes, que é sim possível voar em classe executiva utilizando as opções que os programas de milhas nacionais e internacionais nos oferecem, com uma expressiva economia frente aos valores cobrados em passagens pagantes.
Desta forma, neste post, compartilhamos a quinta e última parte de uma emissão de volta ao mundo para comemorar a segunda lua de mel que o leitor Daniel realizou com a sua esposa Marina.
Destacamos a boa opção utilizada para ir de Boston até Guarulhos via Nova York, em classe executiva e primeira classe.
Assim, com este último post dessa sequência de cinco posts da série, destacamos toda a maravilhosa viagem de lua de mel que o leitor compartilhou conosco, no que ficamos agradecidos e na torcida por uma nova volta ao mundo.
Agradecemos ao leitor pelo envio do relato e pelas excelentes emissões, e reitero o convite aos demais leitores deste site a compartilhar suas emissões conosco.
Para tanto, peço que envie um email descrevendo, resumidamente, a sua experiência e os detalhes da sua emissão para o seguinte endereço: info@pontospravoar.com.
E você, leitor, conseguiu aproveitar alguma boa tarifação voando com a American Airlines? Já utilizou pontos do programa AAdvantage para uma emissão de volta ao mundo? Compartilhe abaixo, nos comentários, a sua opinião.
Para Saber Mais
Veja mais sobre a série Compartilhando Emissões aqui.
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