Dando sequência à série Compartilhando Emissões, iremos, no post de hoje, falar sobre uma emissão realizada com milhas pelo leitor Carlos para uma viagem para o Japão na primeira classe da Emirates e da ANA (e no último trecho, na executiva da United), utilizando milhas dos programas Qantas Frequent Flyer (da Qantas) e Miles & Go (da TAP).
Aqui você encontra:
Introdução
Inicialmente, recordo que nessa série eu e os demais editores do Pontos pra Voar, além dos leitores (como no presente caso) iremos compartilhar emissões (tanto para voos já realizados, como voos futuros, ainda não realizados) que, nas condições atuais dos programas, são vantajosas.
No post de hoje, falaremos sobre as emissões feitas pelo leitor Carlos para uma viagem para o Japão em primeira classe com a Emirates e a ANA (All Nippon Airways), além de, no último trecho, na executiva (Polaris) da United, utilizando milhas dos programas Qantas Frequent Flyer (da Qantas) e Miles & Go (da TAP).
Relembro que a ideia central desta série de posts é mostrar para você leitor que é possível voar para diversos lugares do mundo, com as milhas acumuladas nos programas nacionais e internacionais, que nós, brasileiros, temos acesso morando aqui no Brasil.
Inclusive, a partir dos relatos dos leitores, iremos, ao final, tecer alguns comentários acerca dos destinos, opções de emissões, tarifações e cabines.
Passamos, então, ao relato do leitor que, gentilmente, compartilhando as suas emissões, descreveu sobre a sua emissão para uma viagem ao Japão voando primeira classe com a excelente Emirates (conhecendo duas cabines diferentes, a do A380 e a “game changer” do B777-300ER), além da primeira classe da ANA (na antiga configuração no B777-300ER), e, por fim, no trecho final, quando do retorno ao Brasil, na classe executiva (Polaris) da United.
Relato do Leitor – Emissão na Primeira Classe da Emirates e ANA
Sendo um entusiasta de viajar em cabines de executiva ou primeira classe utilizando pontos, voar na espetacular nova cabine da primeira classe da Emirates sempre esteve em meu radar desde o seu lançamento.
A primeira classe antiga da Emirates já era minha experiência de voo preferida, mesmo comparando a concorrentes possivelmente superiores, como os apartamentos da Etihad ou as suítes da Singapore.
Entretanto, havia dois problemas. Primeiro, a não disponibilização de seu resgate com pontos. Segundo, as altíssimas taxas de combustível que a Emirates repassava nestes tipos de emissões.
Há pouco mais de um ano, a empresa eliminou ambos os entraves. Não só passou a liberar, ainda que de forma tímida, uma vaga da nova F em alguns voos, como reduziu drasticamente o valor das taxas de combustível. Hora então de buscar alternativas para fazer esta emissão.
A solução possível mais econômica (menos cara, na verdade) aqui no Brasil é através da transferência de pontos ALL para o programa da Qantas, na proporção 1:1.
A melhor opção para este acúmulo era através da transferência de pontos do cartão Pão de Açúcar, de preferência produzidos com custo zero através do app ITI (ou pagando taxas em outros aplicativos), com bônus de 100% para o Tudo Azul. Porém a Azul piorou enormemente esta opção sem qualquer aviso prévio.
Utilizei complementarmente, então, pontos Livelo transferidos para o Smiles com 100% de bônus e uma promoção de melhoria da paridade do Smiles para o ALL mediante uma hospedagem em hotel da rede.
Já que a pandemia produziu cancelamentos de minhas viagens em série, resolvi maximizar esta emissão voando de São Paulo para Dubai na antiga primeira classe do A380, que possui chuveiro a bordo. E, na sequência, de Dubai para Tóquio/Haneda na nova primeira classe do 777, voo regular mais longo operado com a nova cabine (há voos mais longos, eventuais, de Dubai para Nova Iorque).
Foram necessários 227,5k pontos do Qantas Frequent Flyer, vindo de 227,5k pontos ALL (mais U$ 250 de taxas). A emissão foi feita pela central telefônica do QFF, tendo a pesquisa de disponibilidade sido feita no sítio eletrônico da mesma.
Para a volta, utilizei 180k pontos do Miles&Go para voar na primeira classe da ANA e executiva polaris da United. Espero que a pandemia esteja controlada até fevereiro (na verdade, o mais cedo possível) para não provocar fechamentos de países ou downgrades de aeronaves e serviços (além do principal e mais importante, que é a volta à normalidade para todos).
Não tenho um levantamento preciso do custo de geração destes pontos, pois foi uma mistura de diversas fontes e meios de produção. Mas estimo por volta de dez mil reais, principalmente pelos pontos Livelo utilizados. Há, entretanto, o custo de oportunidade, se esta pontuação fosse utilizada em hospedagens na rede Accor.
Comentários do Editor
Particularmente, depois do preciso e completo relato do Carlos sobre a emissão para voar na primeira classe da ANA e da Emirates, pouco teria a acrescentar, cumprindo, apenas, trazer para você, leitor, algumas informações, fotos e vídeos das cabines em primeira classe e executiva que serão utilizadas nos voos, além dos lounges que o leitor poderá acessar.
Antes, contudo, convém mostrar, no mapa disponibilizado pelo site do GCMAP, as rotas acima citadas (em especial que envolveram a primeira classe da Emirates e da ANA, para melhor visualização:
O Destino e as Opções de Emissões
Considerando os destinos que o leitor irá visitar, já podemos antever que será uma excelente viagem.
Afinal, relativamente ao destino escolhido (Japão, mais precisamente Tóquio e Okayama), eu, particularmente, sou suspeito para falar, porque adorei conhecer o Japão no início de 2020, tanto que, como já noticiei para vocês no último post desta série, inclusive pretendo voltar para lá no início do ano que vem.
Quanto à Okayama (OKJ), confesso que não a conhecia, mas, ao pesquisar sobre ela, descobri que fica na região Chugoku, sendo uma das cidades que surgiram em volta de um castelo do período Edo (1603-1867).
Como destacado aqui, possui como principais atrações as seguintes: o jardim de Korakuen, o canal de Kurashiki Bikan, Templo Kibitsu e a vila de Fukiya Furasato Village.
Diante das opções de emissões, não se tem dúvidas de que se mostrou por demais acertada a opção do leitor.
Afinal, pontuar diretamente no programa da Emirates (Skywards) somente é possível, atualmente, através dos cartões de crédito americanos (como, por exemplo, pelo programa Membership Rewards, dos cartões AMEX).
Outra opção, é enviar pontos para os programas parceiros da Emirates, como realizado pelo leitor ao utilizar o programa da Qantas. Importante, aqui, lembrar que a Emirates vem limitando, de tempos para cá, a possibilidade de emissão em primeira classe com os parceiros.
No mais, trata-se de um desejo de todos os milheiros conseguir voar em uma das melhores (senão a melhor) cabines de primeira classe na atualidade, que é a “game changer” da Emirates, enquanto vigente a atual política de não cobrança da pesada taxa de combustível, que, anteriormente, praticamente inviabilizava os resgates.
Além disso, deve ser uma experiência única poder tomar um banho a bordo do superjumbo (A380), além da experiência do bar a bordo, que eu já tive a oportunidade de conhecer e achei muito legal.
As Tarifações e as Cabines
Em termos de tarifações, como explicado acima, são escassas as alternativas de emissão com milhas na primeira classe da Emirates (em especial em comparação com a primeira classe da ANA).
O caminho, para quem não tem um cartão americano, ou não quer utilizar os pontos com ele obtidos com a Emirates (privilegiando, por exemplo, o envio para o programa KrysFlier da Singapore Airlines), é, através da geração de pontos mais baratos (ou até mesmo de graça, como referido pelo leitor), o envio de algum dos programas nacionais para o programa de hotéis da Accor (ALL), e de lá, aproveitando a parceria e paridade 1×1 com o programa da Qantas, fazer a emissão.
Ainda que, como o Carlos esclarece, não possamos esquecer de considerar o custo de oportunidade (afinal, 227,5k pontos no programa da ALL representam, aproximadamente, 4.550 euros para hospedagem em hotéis da rede, considerando a relação fixa de 2 mil pontos = 40 euros), essa emissão, se paga em dinheiro, representaria a expressiva quantia de R$ 56.272,00, em pesquisa feita por este editor no site da Emirates à época de elaboração deste post.
Logo, não restam dúvidas acerca economia gerada pela emissão, isso sem contar a experiência única proporcionada pelo voo em dois trechos longos em primeira classe em uma das melhores cias do mundo.
Além disso, para os voos de volta ao Brasil, como já frisamos reiteradas vezes nesta série, a tabela do Miles & Go para a Ásia é fantástica, o que é fácil de constatar a partir do próprio relato do leitor de que foram necessárias apenas 180k milhas para voltar do Japão em primeira classe e classe executiva.
Considerando o custo das passagens caso pagas em dinheiro, apenas no trecho HND-ORD em primeira classe com a ANA, teríamos o exorbitante custo de R$ 81.427,00, em pesquisa feita por este editor no site google flights à época de elaboração deste post.
Ademais, não podemos esquecer da facilidade que temos para gerar pontos Livelo e enviá-los nas recorrentes promoções com bônus feitos para o programa da cia portuguesa.
Quanto às cabines disponíveis nas aeronaves que farão a rota, temos o superjumbo A380 na rota Guarulhos (GRU) – Dubai (DXB), que, na sua primeira classe, é distribuída em 14 suítes privativas, com chuveiro a bordo, como podemos visualizar abaixo:
Na sequência, o nosso leitor poderá voar na mais nova cabine de primeira classe da Emirates, que se trata de um produto tão revolucionário que é conhecida como “game changer”.
Para que vocês tenham ideia, a cabine é composta por 8 suítes completamente fechadas, e você pode, a partir do painel de comando, controlar a iluminação e temperatura da sua suíte, sendo que as suítes do meio contém janelas virtuais, que projetam as imagens fornecidas por câmeras externas, ou seja, é como se você, de fato, estivesse olhando pela janela.
Seguem algumas fotos desta espetacular cabine, que, ao que parece, veio para “mudar o jogo”:
Por fim, nosso leitor poderá usufruir das espaçosas suítes de primeira classe da excelente cia japonesa ANA:
Lounges
A longa conexão entre os dois voos da Emirates permitirá ao leitor desfrutar do gigante e confortável lounge de primeira classe da Emirates no aeroporto de Dubai, com direito, inclusive, à utilização gratuita a alguns serviços no SPA lá localizado:
Além disso, no retorno para o Brasil, voando em primeira classe, o leitor poderá usufruir de todo o conforto do lounge de primeira classe da ANA no aeroporto de Haneda:
Por fim, na conexão em Chicago, porque viajará na classe executiva (Polaris) da United, poderá utilizar o serviço de refeição à la carte no excelente restaurante localizado dentro do lounge da cia americana, com vista para o pátio das aeronaves (eu conheci este lounge em 2020 e adorei, e recomendo que o Carlos experimente o hambúrguer servido no restaurante, que é muito saboroso):
Emissões de Passagens com Milhas
Caso você esteja planejando fazer emissões de passagens e não quer perder tempo no telefone com a central de atendimento, nossa parceira Wanderlust pode fazer esse trabalho para você.
Do mesmo modo, caso você necessite de um apoio especializado para realizar e emissão com milhas de voos na Emirates usando pontos do programa da Qantas, a parceira também poderá ajudá-lo.
Para tanto, você precisa apenas enviar um email para viagens@wanderlustconcierge.com.br com as datas que você pretende viajar, o número de passageiros e um telefone para contato, que na sequência o time entrará em contato.
A Wanderlust pode te auxiliar com os seguintes programas:
- LATAM Pass – LATAM (e empresas parceiras)
- Smiles – GOL (e empresas parceiras)
- TudoAzul – Azul (e empresas parceiras)
- TAP Miles&Go – TAP (e empresas parceiras)
- AAdvantage – American Airlines
- Executive Club – British Airways
- Iberia Plus – Iberia
- Qantas Frequent Flyer – Qantas (emissões de primeira classe na Emirates)
As emissões são feitas ao custo de R$ 200 por pessoa (independente se for somente ida ou ida e volta).
Tome Nota
Como foi mencionado ao longo deste post, estamos dando continuidade a uma série em que nós, editores do site, buscaremos compartilhar emissões (tanto para voos já realizados, como voos futuros, ainda não realizados, mas que estão na nossa lista) que, mantidas as condições atuais, são vantajosas.
Inclusive, desde o início da série, sempre frisamos que o site está aberto para receber as contribuições dos leitores. Assim o fazemos com o intuito de mostrar para os demais leitores, sobretudo os iniciantes, que é sim possível voar em classe executiva utilizando as opções que os programas de milhas nacionais e internacionais nos oferecem, com uma expressiva economia em comparação aos valores cobrados em passagens pagantes.
Desta forma, neste post, compartilhamos as emissões que o leitor Carlos fez para uma viagem para o Japão em primeira classe com a Emirates e a ANA (All Nippon Airways), e, no trecho final, na classe executiva (Polaris) com a United, utilizando milhas dos programas Qantas Frequent Flyer (da Qantas) e Miles & Go (da TAP).
A emissão deste post se destaca por ter, pontualmente, escolhido a cabine conhecida como “game changer”, que é assim chamada por se tratar de um verdadeiro “divisor de águas” entre as cabines de primeira classe do mundo, considerando as inovações no produto apresentado.
Inclusive, como vimos acima, embora seja mais acessível a emissão na primeira classe da ANA, o mesmo não se pode dizer em relação à primeira classe da Emirates.
Torcemos para que até o início do ano que vem as viagens internacionais nas rotas acima sejam retomadas, com o controle da pandemia e diminuição das atuais restrições, permitindo que o Carlos possa conhecer todos os destinos pretendidos e voar nas excepcionais cabines escolhidas.
Agradecemos ao leitor pelo envio do relato e pela excelente emissão, e, desejando-lhe uma excelente viagem, reitero o convite aos demais leitores deste site a compartilhar suas emissões conosco. Para tanto, peço que envie um email descrevendo, resumidamente, a sua experiência e os detalhes da sua emissão para o seguinte endereço: info@pontospravoar.com.
E você, leitor, já visitou Tóquio e Okayama? Já conseguiu fazer uma emissão em primeira classe com a Emirates ou com a ANA? Compartilhe abaixo, nos comentários, a sua opinião.
Para Saber Mais
Veja mais sobre a série Compartilhando Emissões aqui.
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