Os casos de hackeamento, ou roubo de dados de passageiros ou hóspedes de hotéis estiveram nas manchetes dos jornais em 2018. Mais de 510 milhões de pessoas tiveram dados roubados e muita gente ainda deve estar sofrendo as consequências disso.
Empresas Atacadas por Hackers
Cathaty Pacific – Falhas nos sistemas de tecnologia da empresa permitiram que hackers roubassem dados de quase 9.4 milhões de passageiros.
British Airways – 244.000 mil clientes da empresa tiveram seus dados roubados, incluindo informações relativas a cartões de débito e crédito usados na compra de passagens.
Marriott – Esse foi sem dúvida o maior de todos os casos do ano com quase 500 milhões de hóspedes afetados.
É preocupante ver que empresas grandes como estas não conseguem proteger os dados de seus clientes em tempos onde a compra de produtos e serviços online são cada vez mais frequentes. Nós consumidores ficamos expostos e no fim das contas somos os que mais sofremos as consequências.
Compensações
No caso da Bristish Airways eles fecharam um acordo com uma empresa britânica, mais ou menos parecida com o CERASA no Brasil, e ofereceram a todos os seus clientes afetados acesso gratuito aos serviços dessa empresa. Eu fui um dos afetados e durante o próximo ano posso extrair relatórios quando eu quiser sobre o meu crédito na praça.
Já o grupo de hotéis Marriott ofereceu, entre outras medidas, cobrir o custo da emissão de um novo passaporte aos seus clientes americanos que acharem que tiveram os seus dados pessoais comprometidos.
Infelizmente, as medidas acima ajudam a evitar perdas, mas não eliminam as dores de cabeça. Na última sexta-feira eu recebi um e-mail da American Express com os dígitos do SafeKey para uma compra que eu estava teoricamente tentando efetuar on-line. Porém, eu estava num bar bebendo com amigos! Para evitar maiores dores de cabeça tive que entrar em contato com a American Express imediatamente para que eles cancelassem qualquer tentativa de compra.
Como se Proteger
O uso de um bom cartão de crédito nas compras on-line é uma das melhores formas de se proteger, ou pelo menos minimizar, quaisquer incovenientes. E por bom cartão de crédito eu me refiro a um cartão que está a seu lado e assim que você os aciona eles cancelam a compra e o cartão imediatamente sem tentar fazer você provar que não fez a compra.
Outra solução que existe, mas admito que nunca usei, são os cartões de crédito virtuais oferecidos por alguns bancos para serem usados unicamente para compras online. Os números desses cartões são gerado automaticamente pelos aplicativos de smartphone e expiram depois de algumas horas. Com isso não há como cloná-los
Esses cartões virtuais são ligados ao seu cartão de crédito de plástico, têm o mesmo limite de compras do seu cartão físico, mas números diferentes. Dessa forma, o seu cartão “verdadeiro” nunca é exposto no mundo virtual.
Conclusão
O que precisamos mesmo é que as empresas levem realmente a sério a privacidade de seus clientes e invistam em tecnologias de última geração para proteger os dados pessoais dos consumidores que compram seus produtos e serviços na internet.
Mas enquanto as empresas não fazem o dever de casa, nos resta garimpar o mercado financeiro para encontrar os produtos que melhor nos protegem em compras on-line.