Ao longo da última semana o CEO da British Airways, Sean Doyle, anunciou que implementará uma série de melhorias com o intuito de voltar a oferecer um serviço premium aos seus passageiros, principalmente aqueles que viajam nas cabines da frente.
Além das melhorias nos lounges de Nova York, que passarão a ser operados em cooperação com a American Airlines no final do ano, como publicamos aqui, a British Airways irá:
- Introduzir novos menus com opções veganas e vegetarianas, inicialmente nos lounges de Heathrow e depois nos Estados Unidos.
- Remover garrafas plásticas de uso único, instalando estações de água e oferecer aos colaboradores treinamento em sustentabilidade.
- Re-introduzir o serviço premium de refeições, pré-covid, na Club Europe (executiva intra-europeia) com novos menus e mais variedade a partir do próximo mês.
- Introduzir um novo sistema de rastreamento de bagagem.
- Abrir novas posições de check-in exclusivas para clientes viajando World Traveler Plus (econômica premium).
British Airways Oferecendo Serviço Premium
Nos últimos anos, os dois CEOs anteriores ao Sean Doyle, Willie Walsh e Alex Cruz, focaram exclusivamente em medidas para redução de custos. O que funcionou muito bem, pois em termos financeiros a British Airways é hoje uma das empresas aéreas mais saudáveis do mundo.
Porém, as mudanças levadas a cabo pelo Willie Walsh e Alex Cruz arranharam a imagem da empresa, tanto aos olhos dos passageiros, quanto junto a seus colaboradores.
Os que acompanham a história da Brtish Airways irão se lembrar das mudanças no contrato dos comissários implementadas pelo Willie Walsh. Para poder competir com as empresas low cost europeias, os novos contratos oferecem um salário bem baixo à tripulação.
Já houveram inclusive relatos de tripulantes dormindo dentro de seus carros no estacionamento do aeroporto entre um dia de trabalho e outro, para poder economizar e fazer com que o salário chegasse até o final do mês.
Já na era Alex Cruz, os dois fatos mais marcantes foram o meltdown do TI da empresa, que deixou todos os seus voos no chão por vários dias e que muitos atribuem à terceirização desses serviços que antes eram feitos in house. E quem não irá se lembrar da introdução de refeições pagas em classe econômica no voos europeus?
Aliás, as refeições pagas já foram removidas. Hoje todos os clientes recebem um pequeno lanche gratuitamente. Porém, fazer com que a empresa volte a ser premium, vai muito além de pequenos mimos aos passageiros.
Se o objetivo é se equiparar a empresas como Qatar Airways, Emirates e Etihad, certamente Sean Doyle irá falhar. Há ainda outra parte desse quebra-cabeça que não é de fácil solução para a British Airways – Como ser premium num mercado onde os passageiros que viajam na parte de trás do avião são extremamente sensíveis a variações de preços?
Por último, para voltar a ser premium a British Airways precisa de colaboradores da linha de frente motivados. A melhora na motivação passa invariavelmente pelo bolso, mas como pagar mais sem aborrecer os investidores da London City?
Eu fico na torcida para que a empresa volte a oferecer um serviço condizente com os preços que cobra, mas admito que estou curioso para ver o quão premium esse premium será!
Para Saber Mais
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