Como é do conhecimento de todos, a Avianca Brasil está passando por um momento bem delicado, suspendeu seus voos internacionais para Miami, Nova e Santiago do Chile como noticiamos aqui. Além disso, corre o risco de suspender todas as suas operações se não encontrar um investidor preparado para injetar capital na empresa. Ontem foi anunciado que a empresa está em negociações com um hedge fund dos Estados Unidos chamado Elliot Management Co, do investidor e bilionário Paul Singer.
Parece que as conversas ainda estão em estágio inicial, mas podem levar a um aporte de capital no combalido caixa da empresa. Paul Singer tem uma fortuna estimada entre US$3 a US$3,2 bilhões de dólares e administra mais de US$34 bilhões de investidores globais com um time de 464 colaboradores que operam tanto da matriz em Nova York, quanto em escritórios em Tóquio, Londres e Hong Kong.
Analisamos a lista de investimentos que a Elliot enviou mais recentemente para a SEC e não identificamos investimentos em cias aéreas através da compra de ações. Portanto, uma potencial injeção de capitais seria apenas um empréstimo ponte (bridge loan) para uma futura venda de participação ou mesmo um IPO (initial purchase offer) em bolsa de valores, já que o Elliot Management Co parece não ter tradição de investir em empresas aéreas.
No momento atual estimamos que a Avianca Brasil precise de cerca de R$300 a R$500 milhões de reais de aporte para que possa renegociar seus contratos de leasing. Por sinal, esses contratos são mais altos que de suas concorrentes de acordo com as informações prestadas para a ANAC.
Esses recursos também seriam fundamentais para que a empresa possa manter suas operações regulares enquanto faz ajustes na sua malha aerea. Acompanhamos os próximos desenvolvimentos torcendo para que a Avianca encontre uma solução para seu problema financeiro e siga operando normalmente.