Como é de conhecimento público, a Avianca Brasil está passando por um momento delicado e está em recuperação judial. A empresa está tentando se reestruturar e sobreviver. Ontem, 16 de janeiro, a empresa anunciou que irá suspender seus voos internacionais para Miami, Nova York e Santiago do Chile, todos partindo de São Paulo, a partir de 31 de março de 2019. A suspensão desses voos é consequência da devolução de seus Airbus A330, que por sinal estavam com o leasing (aluguel) atrasados.
Anúncio Esperado
O anúncio já era esperado pelo mercado, que considerava as operações internacionais da Avianca Brasil como deficitárias. Os voos já vinham sofrendo reduções a despeito de operações adicionais previamente anunciadas, como um voo diurno para Miami. A idéia desse voo era utilizar a aeronave que ficava o dia inteiro no Aeroporto de Miami e com isso oferecer mais apções aos passageiros e otimizar a utilização da frota. Havia ainda o projeto de uma rota para a Europa com Londres sendo constantemente mencionado na mídia.
Com isso, o mercado São Paulo Miami volta a ficar restrito a American Airlines e Latam, cada uma oferecendo dois voos diários. Para Nova York, seguem sendo oferecidas alternativas pela American Airlines, United Airlines, Delta Airlines e Latam (cada uma com um voo diário). Santiago perde dois voos diários mas segue com serviços oferecidos pela Latam (até onze voos diários), Gol (onze voos por semana) e a Chilena Sky que lançou sua operação recentemente na rota.
Próximos Passos
A Avianca anunciou que pretende se dedicar a sua malha doméstica e garante que nenhuma base nacional será fechada – vamos torcer para que seja verdade. Os clientes com passagem adquirida com data de partida posterior a 31 de março devem procurar a Avianca Brasil que irá oferecer a oportunidade de reembolso do valor pago. Há ainda a opção de acomodar os clientes em uma outra cia aérea e imaginamos que a Avianca Colombia será a primeira opção a ser oferecida nos voos para Miami e Nova Iorque.
Essa foi a segunda tentativa da Avianca de estruturar uma operação internacional. A primeira tentative contou com o mal sucedido voo entre São Paulo e a Cidade do México, também suspenso meses depois de seu início.
Vamos torcer para que a Avianca Brasil consiga se re-estruturar e continuar a voando, pois quanto mais concorrência, melhor para nós passageiros. E claro, se a empresa sobrevive muitos empregos diretos e indiretos são preservados.