A American Airlines apresentou recentemente o seu balanço do segundo trimestre deste ano e ele contém dados muito interessantes sobre o lucro da empresa com o programa AAdvantage.
A receita no período foi recorde e a American Airlines voltou a ter lucratividades. No entanto, o relatório mostrou que a venda de passagens não é o que gerou lucro para a companhia.
O responsável pelo lucro da American Airlines foi o programa de fidelidade AAdvantage. Isso pode ser comprovado observando os custos da American e sua receita com passageiros:
- O custo por milha em assento disponível informado é 18,75 centavos de dólar (maior que os 12,9 centavos do ano anterior)
- A receita por milha em assento disponível informada é 18,47 centavos de dólar (maior que os 12 centavos do ano anterior)
Apesar dos preços das passagens aéreas serem os mais altos dos últimos tempos, a venda de passagens, cobranças de taxas de bagagem, marcação de assentos e outros adicionais, não cobrem o custo com os voos.
Nos comentários de introdução do relatório, Robert Isom, CEO da American afirmou que os gastos com cartões co-branded estão crescendo a uma taxa maior que nunca.
No segundo trimestre a American gerou US$ 1 bilhão com venda de milhas. Desses US$ 740 milhões foram incluídos como receita imediata e o restante aparece como passivo para viagens futuras.
Quando a empresa fez um empréstimo de US$ 10 bilhões e deu como garantia o lucro futuro do AAdvantage, foi obrigada a compartilhar mais detalhes financeiros do programa. Com isso relatou uma margem de 52% de lucro do AAdvantage. Sobre um bilhão de receita, essa margem de lucro representa mais do que o lucro líquido da companhia no trimestre.
Outro fato importante a se notar é que a receita com passageiros inclui resgastes AAdvantage. No relatório foram reconhecidos como receita, US$ 823 milhões em resgastes no último trimestre e se considerar o ano de 2022 até agora esse número sobe para US$ 1,4 bilhão. Aqui que entra principalmente o custo do programa, sem esses resgastes a receita teria sido menor.
O passivo total de milhas informado foi de US$ 9,3 bilhões, um aumento de US$ 119 milhões no ano até agora e a expectativa é que US$ 3,1 bilhões sejam resgatados nos próximos 12 meses.
Apesar de estar claro que o AAdvantage foi a principal forma de lucro, nenhum analista financeiro fez qualquer pergunta sobre o programa de fidelidade durante a teleconferência de apresentação dos resultados.
AAdvantage no Brasil
No Brasil o cartão de crédito co-branded do AAdvantage é emitido pelo Santander e campanhas de isenção de anuidade no primeiro ano foram lançadas nos últimos meses. Além disso seus usuários têm aproveitado as promoções Bateu Ganhou do banco para acelerar o acúmulo de milhas no programa.
E vocês tem o cartão co-branded AAdvantage? Conseguiram um bom acúmulo no último Bateu Ganhou, tiveram suas milhas creditadas?
Para Saber Mais
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