A Air Europa assinou um MoU com a Airbus para adquirir até 40 A350-900, inaugurando a renovação de sua frota de longo curso e reforçando a estratégia de ampliar a eficiência e a competitividade nas rotas para a América Latina.
A companhia espanhola Air Europa assinou um Memorando de Entendimento (MoU) com a Airbus para a aquisição de até 40 aeronaves A350-900, movimento que passa a ser o eixo central da renovação da frota de longo curso da companhia espanhola. O anúncio foi feito durante o Dubai Airshow, evento no qual fabricantes tradicionalmente consolidam encomendas estratégicas.
Embora ainda seja um MoU — e portanto sujeito à formalização posterior — o acordo indica uma mudança relevante: a substituição progressiva dos widebodies atualmente operados pela empresa por aeronaves de nova geração.
Fortalecimento de Rotas para a América Latina
Segundo a companhia, a introdução do A350-900 tem como foco rotas latino-americanas, onde a empresa mantém parte significativa de sua operação internacional. O modelo foi escolhido pela combinação de alcance intercontinental, desempenho operacional e menor custo por assento, fatores considerados essenciais para melhorar a rentabilidade em mercados de longa distância.
O presidente da Air Europa, Juan José Hidalgo, definiu o pedido como um “marco estratégico”, afirmando que o A350-900 é determinante para ampliar a atuação nesses destinos devido ao ganho de eficiência e à configuração de cabine mais moderna.
“O A350-900 é um divisor de águas para destinos importantes na América Latina. Ele proporciona uma experiência excepcional na cabine, além do desempenho operacional e da viabilidade econômica necessários para expandir a malha aérea da companhia sem concessões, oferecendo os mais altos padrões em viagens aéreas”, comentou.
A350-900: Alcance, Economia e Novas Tecnologias
Projetado para voar até 9.700 milhas náuticas (18.000 km), o A350-900 é atualmente o principal widebody de nova geração da Airbus. O modelo combina uma série de tecnologias recentes:
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Motores Rolls-Royce de última geração,
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Uso extensivo de materiais leves, como compósitos,
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Aerodinâmica atualizada.
Esses elementos proporcionam, segundo a fabricante, redução de 25% no consumo de combustível, nos custos operacionais e nas emissões de CO₂ quando comparado a aeronaves concorrentes de gerações anteriores — pontos que pesam nas decisões das companhias aéreas, especialmente diante de metas ambientais mais rígidas.
A cabine utiliza o conceito Airspace, plataforma padronizada da Airbus que inclui melhorias de iluminação, pressurização, acústica e layout interno.
Combustível Sustentável (SAF)
Como toda a frota atual da Airbus, o A350 já pode operar com até 50% de SAF (Sustainable Aviation Fuel) misturado ao querosene convencional. A fabricante tem como meta certificar seus aviões para 100% SAF até 2030, o que ainda depende de avanços regulatórios e industriais.
Airbus Amplia Base de Clientes do A350
O acordo com a Air Europa denota o desempenho comercial da família A350, que, até outubro deste ano, acumulava mais de 1.400 pedidos de 64 clientes ao redor do mundo. O número confirma o modelo como o principal produto widebody da Airbus nessa fase de mercado, hoje concentrada em aeronaves eficientes e de longo alcance.
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