A Aerolíneas Argentinas e sindicatos chegaram a um acordo que encerra a recente greve, estabelecendo novas regras trabalhistas para aumentar a eficiência operacional. As mudanças incluem a eliminação de benefícios adicionais, ajustes na jornada de trabalho e maior flexibilidade nas operações, buscando alinhar a companhia às práticas do setor e reduzir custos.
Segundo o portal Aviacion Online, o governo argentino e os sindicatos da Aerolíneas Argentinas chegaram a um acordo que encerra a recente greve e estabelece novas diretrizes trabalhistas. As negociações resultaram em ajustes nos contratos coletivos de trabalho, visando melhorias na produtividade e eficiência operacional da companhia aérea estatal.
Principais Alterações Acordadas
Entre as mudanças implementadas, destaca-se a eliminação de benefícios adicionais, como passagens de férias em classe executiva para pilotos, funcionários de cargos superiores e seus familiares diretos. A empresa argumenta que esses benefícios estavam fora dos padrões do setor e que sua remoção alinha as práticas da Aerolíneas Argentinas às da indústria.
Além disso, o sistema de transporte por carros particulares (remis) para pilotos e tripulantes será substituído por um esquema de diárias, a ser implementado após o término da temporada de verão. Com essa mudança, os tripulantes iniciarão sua jornada de trabalho ao chegarem ao terminal do aeroporto, o que, segundo a companhia, reduzirá custos operacionais e ajustará a carga horária de trabalho aos padrões mais comuns do setor.
Flexibilidade Operacional e Novos Serviços
No âmbito operacional, foram acordadas medidas que permitem maior flexibilidade na alocação de pessoal de rampa e mecânicos em diferentes áreas do aeroporto, um tema que havia gerado tensões anteriormente. Além disso, o pessoal de check-in passará a permitir o uso de terminais de autoatendimento e despacho automático de bagagens. Os tripulantes, por sua vez, aceitaram a introdução de um serviço de vendas a bordo, o que, segundo a Aerolíneas Argentinas, contribuirá para diversificar as receitas.
No que tange ao planejamento de voos, a Associação de Pilotos de Linhas Aéreas (APLA) concordou em eliminar uma série de restrições que, de acordo com a empresa, limitavam a programação de voos há mais de uma década. A Aerolíneas Argentinas estima que a aplicação de todas essas medidas aumentará entre 3% e 5% as horas mensais de voo, otimizando a utilização de sua frota e de seus recursos humanos.
Redução de Custos e Perspectivas Futuras
Essas mudanças reforçam o objetivo da companhia de alinhar-se às práticas produtivas do setor aéreo e consolidar uma estratégia de redução de custos. A Aerolíneas Argentinas afirma ter reduzido seu déficit em mais de 75% em comparação com 2023, ano em que registrou perdas de 390 milhões de dólares.
Com a paz sindical garantida, a empresa poderá continuar suas operações sem maiores complicações, algo em que historicamente se destacou em relação a outros participantes do mercado argentino.
No entanto, o futuro da estatal permanece incerto. Nas últimas semanas, o governo de Javier Milei voltou a falar sobre a privatização da companhia, mas ainda enfrenta obstáculos legislativos para avançar com a medida. Outra realidade também pesa: revisar os acordos trabalhistas, como foi feito agora, era apenas o primeiro passo para tornar a empresa atraente a potenciais compradores.
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