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Origem da Guarda Suíça do Papa
A Guarda Suíça Pontifícia (em latim, Custodes Helvetici e Guardie Svizzere, em italiano), desde 22 de janeiro de 1506 é responsável pela segurança do Papa. Isso se deu atendendo ao pedido de proteção feito pelo Papa Júlio II, no ano de 1503, a alguns nobres suíços da época.
Foram selecionados, então, 150 homens, que deveriam ser os mais bem preparados e corajosos. A seleção foi feita por todo o território suíço. Escolhidos, os 150 nobres foram à Roma, comandados pelo capitão Kaspar von Silenen.
Além do próprio Papa, a guarda suíça é responsável também pelos edifícios papais e, atualmente, faz parte das forças armadas da Cidade do Vaticano.
A guarda suíça é responsável por controlar o acesso ao Vaticano e ao Palácio Apostólico, garantir a ordem e a representação nas cerimônias papais e recepções do Estado e proteger o Colégio de Cardeais durante a Vacância da Sé Apostólica.
Desde seu surgimento em 1506, a situação mais marcante da guarda suíça aconteceu em 1527, quando as tropas de Carlos V de Habsburgo invadiram a cidade de Roma, devido à guerra contra Francisco I. Na luta bem em frente à Basílica de São Pedro, os 189 guardas que compunham a guarda na época, formaram um círculo em volta do papa Clemente VII a fim de protegê-lo e transportá-lo em segurança ao Castelo de Santo Ângelo, que fica próximo à Basílica. Dos 189, 147 membros da Guarda pagaram com a própria vida. Porém, em contrapartida, o grupo matou 900 dos 1.000 invasores alemães e espanhóis.
Mas houve um acontecimento, em particular, que aumentou a importância da guarda suíça: trata-se da tentativa de assassinato do Papa João Paulo II, que ocorreu em 13 de maio de 1981. Os soldados que compõem a guarda passaram, desde então, a portar pequenas armas de fogo, atuando como uma guarda pessoal moderna. Alguns deles, quando o Papa viaja ao exterior, o acompanham, mas vestidos à paisana.
Quando a guarda suíça comemorou 500 anos, em abril de 2006, 80 de seus guardas aposentados marcharam do sul da Suiça, da cidade de Belinzona até Roma. Este foi o mesmo trajeto que os primeiros guardas suíços percorreram quando assumiram o serviço da segurança papal.
Atualmente a guarda suíça atua em conjunto com as autoridades italianas, com o objetivo de evitar ataques terroristas. Isso se deu especialmente após as ameaças do Estado Islâmico do Iraque e do Levante.
Requisitos
Para fazer parte da Guarda Suiça Pontifícia, é necessário:
- Ser do sexo masculino – Somente homens são aceitos para fazer parte da Guarda Suíça.
- Ser praticante do catolicismo – Por trabalhar no coração da Igreja Católica Romana, é essencial que os homens que façam parte da guarda sejam católicos praticantes, pois terão contato, durante todo o tempo, com peregrinos e turistas procedentes de todas as partes do mundo. Eles são o cartão de visita do Papa e do Vaticano.
- Ser suíço – Este é um requisito-básico, uma exigência que já existe há mais de 500 anos e é motivo de muito honra para a Suíça. Além de ter cidadania suíça, é necessário que o candidato possua identificação com seu país, tenha familiaridade com sua cultura, além de ter uma vivência ativa dos valores e virtudes suíços.
- Ser solteiro – No momento em que ingressa na Guarda Suíça, o candidato deve ser solteiro. Somente após completar 25 anos e já ter cumprido cinco anos na guarda é que ele pode se casar. Além disso, deve se comprometer a prestar mais três anos de sérvio na guarda. Somente os cabos, sargentos e oficiais podem ser casados.
- Idade – O candidato deve ter, no mínimo, 19 anos e, no máximo, 30 anos de idade.
- Altura – A altura mínima exigida é de 1,74 m.
- Saúde – É exigido que o estado de saúde do candidato seja impecável. Antes de iniciar a escola de recrutamento, ele passa por um exame médico realizado na Suíça. Durante o treinamento outros exames médicos são realizados, inclusive um teste psicológico.
- Reputação impecável – Este é um requisito essencial para qualquer homem que se candidate a fazer a segurança do Papa e da Igreja.
- Formação – É necessário que o candidato apresente documento de conclusão de curso profissional ou ensino médio.
- Escola de recrutamento concluída – O candidato deve ter concluído a escola de recrutamento das Forças Armadas Suíças. Os fundamentos ensinados ali como, por exemplo, disciplina, interação militar e companheirismo, serão essenciais para suas futuras atribuições.
- Compromisso – O candidato se comprometerá a servir a Guarda Suíça por, no mínimo, 26 meses. E poderá servir na Guarda Suiça por um período máximo de 20 anos.
Uniforme
Particularmente, acho o uniforme da Guarda Suíça lindíssimo! Ele se diferencia, e muito, daquele verde ou cinza dos uniformes tradicionais. Foi desenhado por Jules Répond, comandante do grupamento entre os anos de 1910 e 1921.
Ele se baseou num esboço que dizem ter sido feito por Michelangelo em 1505. O uniforme é confeccionado em malha de cetim, nas cores azul-real, amarelo-ouro e vermelho vivo. Os membros da Guarda Suíça não utilizam botas. Já o capacete recebe como ornamento uma pluma vermelha e, para completar, as luvas dos guardas são brancas. Esta elegância é símbolo de nobreza e do orgulho do ofício de servir ao Sumo Pontífice.
Língua Oficial
A língua oficial da Guarda Suíça é o alemão. O seu lema é “Com coragem e fidelidade” (em latim: Acriter et fideliter) e tem como patronos São Martinho (festa em 11 de novembro), São Sebastião (festa em 20 de janeiro) e São Nicolau von Flüe, “Defensor Pacis et pater patriae” (orago da Suíça, com festa em 25 de setembro).
Tarefas
São diversas as atribuições dos componentes da Guarda Suíça, entre elas:
- Prestação de diversos serviços ao Papa
- Guarda em visitas de autoridades estrangeiras
- Acompanhamento e assistência ao Papa durante viagens internacionais, incluindo a prestação se serviço à paisana, misturando-se com a multidão (Nestas ocasiões, os guardas são equipados com armamento variado, além de modernos equipamentos de comunicação para reportar qualquer intercorrência.)
A Guarda Suíça Pontifícia Atual
Atualmente, a Guarda Suiça Pontifícia é composta por um total de 119 membros, sendo 5 oficiais, 26 sargentos e cabos e 78 soldados.
Quando ingressam, os guardas assinam um contrato de dois anos, com um salário mensal de €1.200,00 .
Ficam alojados na caserna da guarda e não lhes é permitido dormir fora do Vaticano.Além da guarda em si, eles participam constantemente de celebrações litúrgicas.
Existe uma capela à disposição dos componentes da Guarda Suíça que abriga o capelão do exército pontifício.
Todos os anos, o juramento dos novos componentes da Guarda é realizada no dia 6 de maio, em comemoração à resistência em defesa do Papa Clemente VII, o que se deu durante o saque de Roma pelas tropas mercenárias de Carlos V, que se deu em 6 de maio de 1527, como mencionamos anteriormente.
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