Assunto novo surgindo aqui no site: para os leitores que ainda não sabem, estou grávida! Mamãe de primeira viagem, esperando a Alice. Logo, o assunto gravidez e viagem será mais frequente aqui no Pontos pra Voar. E para começar, vou falar sobre um assunto que gera muitas dúvidas e é bastante polêmico: viajar durante o primeiro trimestre da gravidez.
Quem é mãe sabe que o primeiro trimestre é o mais tenso da gestação, por conta dos riscos de abortos espontâneos, possíveis enjoos, cansaço e pelos medos que as grávidas acabam tendo por conta dos riscos. Pra mim, o primeiro trimestre foi horrível por conta dos medos que vem à cabeça, eu mudei da água pro vinho depois da ecografia do primeiro trimestre e saber que estava tudo bem com a minha Alice.
Aqui você encontra:
Sobre a Viagem
A viagem, pra variar um pouco, foi de última hora. Estávamos vendo os vídeos da inauguração da Sphere de Las Vegas com show do U2 e decidimos que deveríamos ir assistir esse show. Como era em outubro, resolvemos combinar a viagem com Orlando, pois o meu marido sempre teve muita vontade de ir no Halloween da Universal, o famoso Horror Nights. Na noite de Halloween eu não fui, não por conta da gravidez, mas sim porque eu acho muito pesado, não iria mesmo não estando grávida.
Antes de emitir as passagens, falei com a minha médica que me liberou, com alguns cuidados. Na data da viagem eu estava completando 9 semanas.
Os Voos
Eu e o meu marido acabamos indo em voos separados. Como ele tinha créditos da Delta, a minha passagem acabou sendo pagante, então em vez de voar de Delta com ele tendo que fazer escala em Guarulhos e Atlanta, eu preferi voar de Copa saindo de Porto Alegre, onde moramos, fazendo apenas uma escala no Panamá (longa, mas devido à circunstância, não achei ruim) e depois direto para Las Vegas.
A viagem foi em classe econômica, me recuso a pagar pela executiva na Copa, ainda mais saindo de POA, que ainda não tem as aeronaves com a cabine Dreams. A viagem até o Panamá foi um pouco ruim, não pela gravidez, mas sim por estar no corredor, eu prefiro mil vezes janela pois me acomodo melhor. Já o trecho até Las Vegas foi mais tranquilo.
Eu viajei só com bagagem de mão, então não tive muito esforço com malas grandes e pedi ajuda para as pessoas para colocar e tirar a mala do compartimento superior. Então essa parte foi bem tranquila.
Na volta, também voltamos separados. Deixamos para emitir a volta durante a viagem, pois estávamos esperando abrir disponibilidade e só encontramos um assento disponível na data que gostaríamos com a American Airlines em business emitindo com Smiles. Claro que seria da mamãe esse bilhete, papai voltou com a United em eco, pois não achou disponibilidade.
Volta tranquila também, não teria como ser diferente. A única coisa que me chamou atenção foi que ao pedir ajuda aos comissários da AA para colocar minha mala no compartimento, eles disseram que não poderiam fazer isso pois não podem encostar nas bagagens. Achei bem estranho.
Tanto na ida quanto na volta utilizei meias de compressão e tomei remédios para enjoo. Levei também comigo bolachas de água e sal, pois como eu tive bastante enjoos, elas me aliviavam bastante.
A Viagem
Eu ja sabia que seria uma viagem diferente, sem muitos agitos. Normalmente sou daquelas que acorda cedo e quer aproveitar ao máximo.
Em Vegas, alugamos carro. Normalmente fazemos tudo a pé, mas dessa vez optamos pelo carro, ate porque como a viagem foi em outubro, a cidade estava sendo adaptada para receber a Fórmula 1, então estava um pouco difícil circular em algumas partes.
Como temos estacionamento gratuito por conta do Status no MGM e Caesars, deixávamos o carro nos hotéis que queríamos visitar evitando longas caminhadas, apesar de que ainda assim, é inevitável caminhar bastante pois os cassinos são enormes.
Ficamos apenas 2 dias inteiros em Las Vegas e foram bem tranquilos. O clima estava bem ameno, o que ajudou bastante. No dia do show, uma descansadinha no hotel antes de ir ajudou bastante. Sempre andei com as bolachas de água e sal da bolsa, bebi bastante água e comia com mais frequência para evitar os enjoos.
Seguimos para Orlando. Lá foram 6 noites. Ao contrário das outras vezes que estive lá, em que acordávamos cedo, tomávamos café e saímos pra rua voltando só à noite, dessa vez eu levantava para o café da manhã, voltava para o quarto para descansar mais um pouco e saímos do quarto pelo meio dia.
Eu fiz só um dia de parque, que foi no Magic Kingdom para festa de Halloween. Claro que antes de ir para a festa, teve mais uma descansadinha, mas confesso que na saída estava bem cansada, sair do MK já é bem cansativo em si (caminhar, pegar a balsa ou monorail e andar até o carro), para uma grávida, foi um pouquinho mais chato, mas nada absurdo.
Os outros dias foram de passeios leves, fazíamos uma descansadinha rápida no hotel de tarde para por os pés pra cima e voltávamos à programação normal.
Não comprei nada para a baby pois ainda não sabia o sexo, então resolvemos deixar para outro momento.
Alimentação
Confesso que pra mim, uma das partes mais chatas da gravidez, se não a mais chata, é os cuidados com a alimentação. Toda hora eu dava um google para saber se grávida pode comer isso ou aquilo. Por mais que a gente saiba as coisas básicas, sempre surge dúvidas.
E a parte da alimentação pra mim foi a mais complicada na viagem. Como eu tive bastante enjoo, eles aconteciam quando eu ficava muito tempo sem comer, então toda hora eu precisava colocar algo na boca. Por isso andar com minhas bolachinhas salvou bastante.
A alimentação em viagens já não costuma ser muito saudável e estando grávida é bem pior pois não é recomendado comer nada cru na rua (saladas e frutas, por exemplo) por não sabermos como as coisas foram higienizadas, então comer uma salada não era uma opção pra mim. Acreditem, nunca senti tanta falta de comer uma Caesars Salad.
Nessa viagem acabei me rendendo a uma churrascaria brasileira em orlando mais pro fim da viagem. Nunca sentimos falta, mas nessa viagem foi necessário. Pude comer um arroz e feijão que eu adoro e algumas opções de comida mais leves e saudáveis.
Na próxima viagem com certeza levarei meu tubinho de hipoclorito, que serve para higienizar os alimentos. Pelo menos dessa forma poderei higienizar algumas frutas para comer durante o dia.
Tome nota
No meio do turbilhão que é o primeiro trimestre, pra mim, essa viagem foi ótima para dar uma relaxada e tirar alguns pensamentos ruins que passam pela cabeça das mamães até sabermos que nosso bebê está ótimo.
Ter o aval da minha médica foi essencial para viajar tranquila e pegar leve durante o dia, respeitando meu corpo e meus limites foi crucial para que tudo continuasse dentro dos conformes. Bebia muita água o tempo todo para me manter hidratada.
Lembre-se que cada gestação é única. Não se compare com outras mulheres e acima de tudo, antes de decidir viajar, converse com seu médico obstetra. Minha gestação não apresentou nenhum risco, o que me permitiu viajar com tranquilidade.
Outro ponto importante é que o meu destino tinha um bom suporte médico e não era foco de nenhuma doença como Zika ou febre amarela, por exemplo. Claro que também viajei com um seguro saúde com cobertura para gravidez, isso é importantíssimo.
Lembre-se, gravidez não é doença, mas exige cuidados e seu corpo não é mais o mesmo. Não deixe de aproveitar e viver esse momento mágico, independente do destino, mas tenha em mente que viajar grávida será completamente diferente e ter companheiros de viagem que entendam isso e respeitem seus limites é importantíssimo, pois a viagem será diferente para todos e não só para você.
Por fim, não esqueça de ter com você e seus companheiros de viagem, o número do seu médico para eventuais emergências ou dúvidas.
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