Neste artigo do Histórias e Viagens, que será dividido em cinco partes, vamos compartilhar com vocês o relato de um casal de leitores, que pediram para não serem identificados, contando sua viagem para a Islândia, Fiji e Bali, sendo que tudo foi feito com milhas.
Mas antes, lembrem-se: Fez uma viagem inesquecível? Conseguiu fazer uma super emissão de passagens para dar a volta ao mundo? Fez um churrasco no quintal e foi ótimo? Conte para nós! Basta entrar em contato através do info@pontopravoar.com.
Agora deixamos vocês seguirem adiante com o relato dos nossos leitores sobre a sua viagem para a Islândia, Fiji e Bali!
Para ler as partes 1, 3, 4 e 5 deste relato clique aqui, aqui, aqui e aqui, respectivamente.
E desde já agradecemos a riqueza das fotos compartilhadas conosco e lembramos que estamos no aguardo da próxima viagem!!!
Viajando com a Finnair – Perrengues e Supresas
Após longos e surpreendentes dias na Islândia, finalmente chegara o momento da continuidade da viagem até um dos principais destinos pretendidos: Ilhas Fiji.
Quando da emissão, a expectativa quanto ao voo Finnair era bem diminuta, vez que o bilhete fora emitido, há mais de 8 meses, como forma alternativa de se chegar ao Pacífico Sul, pois já havíamos emitido um bilhete entre a Europa e o Pacífico Sul com milhas AAdvantage para voar na Business Cathay Pacific e executiva Fiji Airways saindo de Hong Kong.
No final das contas, a emissão com a Finnair salvou nossa viagem, pois a Cathay Pacific cancelou o seu voo entre Londres e Hong Kong faltando aproximadamente 3 meses para este. Ou seja, o voo de backup se tornara o único disponível.
Lendo as notícias de blogs internacionais, descobrimos que Finnair inauguraria a nova business no dia 12 de maio, justamente na rota em questão, sendo a configuração da nova executiva – segundo tais sites – de 12 fileiras apenas. Ou seja, conheceríamos a recém lançada e bem peculiar cadeira na executiva que “não reclina” por ter encosto fixo. Isto sim foi algo que causou expectativa positiva quanto ao voo.
Em vão!
Perrengue com o AAdvantage
Faltando meros 10 dias para o voo, a Finnair alterou o voo! Ao invés de sair às 23:45h, foi antecipado para as 00:15h do mesmo dia. Além disto, O Expertflyer nos alertou via e-mail, que a aeronave fora alterada de um A359 com duas áreas de classe executiva (totalizando 12 fileiras) para outro A359 com meras 8 fileiras na Business.
Esta mudança de alteração da cabine foi algo bem desanimador e complicado. O AAdvantage, até então motivo apenas de elogios de nossa parte, alegou que inexistia qualquer outra data para remarcação, devendo ou os passageiros aceitarem o novo voo ou cancelar todo o bilhete, mesmo sendo argumentando que havia outros voos emitidos com companhias distintas para a mesma rota.
Para piorar, nós tínhamos o primeiro trecho, intra Europa, com a Finnair entre a Islândia e Helsinque, chegando ao longo do dia, o qual fora mantido com a mudança do voo intercontinental. A Finnair e o AAdvantage então desejavam que chegássemos em Helsinque, vindos da Islândia, depois da saída do voo para Singapura.
A imposição de alteração dos voos custou noites e noites de telefonemas para o Brasil durante a viagem, estes perdurando longas horas. A American Airlines mostrou-se irredutível: alegou que não teria relação alguma com o cancelamento e caberia a nós resolver o problema.
Note que quando perguntamos como aceitar a mudança que nos impunha a saída da Islândia para Helsinque depois do horário da saída do voo para Singapura, como constava do novo bilhete, alegavam que isto não seria problema deles, mas sim da Finnair.
Resultado? Tivemos que cancelar o primeiro trecho para chegar em Helsinque a tempo do voo intercontinental e pagar o novo trecho, pois a AAdvantage alegava não haver disponibilidade em dia algum e que tal seria um problema nosso com a Finnair.
Finalmente Voando para Helsinque
Voltando aos voos, primeiramente foi realizado o voo entre Reykjavík e Helsinque. Nada surpreendente, vez que a pseudo classe executiva no trecho em muito se assemelha com as denominadas classes executivas em trechos internos da Europa, com assentos idênticos aos da classe econômica, sendo o assento do meio bloqueado.
Entretanto, digna de elogios a Sala VIP utilizada pela Finnair na Islândia, a saber a sala VIP da Icelandair, Saga Lounge.
Citada ampla sala VIP, além da diferenciada decoração, com várias referências às formações rochosas e natureza do belo pais, possui amplos banheiros, inúmeros confortáveis assentos (evitando da sala ficar lotada), além de variedade considerável de bebidas e alimentos.
Sala VIP da Finnair em Helsinque
Finalmente tratando do trecho no A350 da Finnair, voo entre Helsinque e Singapura, no aeroporto de Helsinque o processo de check-in e a sala VIP da Finnair são dignos de enormes elogios.
Primeiramente, o atendimento preferencial no citado aeroporto é feito em vários balcões próprios para tal, em área distinta do check-in da classe econômica.
A inspeção de segurança dispensa qualquer retirada de objetos das malas, vez que, surpreendentemente, são utilizados, nos canais de inspeção, 08 equipamentos multi-view 3D (o Brasil, e praticamente a grande maioria dos aeroportos no exterior, em seus aeroportos utilizam no máximo máquinas dual view). Ou seja, processo de inspeção de segurança mega célere – pena que não se pode fotografar os equipamentos!
Já quanto à Sala VIP, a Finnair Lounge, além de muito ampla, com cadeiras modernas e confortáveis, possui bar com diversos drinks feitos por uma bartender, variadas opções de comida e alguns poucos e não tão empolgantes vinhos.
O acesso aos chuveiros é bem interessante: totalmente informatizado, com reserva e uso feitos mediante sistema eletrônico.
Voando no A350 da Finnair
Chegado o momento do voo, nos deslocamos à aeronave esperando a antiga executiva, ainda mais considerando que, em pesquisas no Seats Alerts, a nova executiva com 12 fileiras estava prevista em todos os voos nos dias seguintes.
Sendo que apenas no dia 13/05 que se deparava com a aeronave com meras 8 fileiras na executiva, o que, segundo blogs estrangeiros, não seria indicativo de ser a nova business – o seria apenas quando fosse a aeronave com 12 fileiras.
E eis que, ao adentrarmos no A359, nos surpreendemos com a nova executiva da Finnair em configuração de aeronave com meras 8 fileiras, sendo a primeira parcialmente.
Infelizmente, as fotos não ficaram tão boas pelo fato da aeronave, quando do embarque, estar escura. Além disto, confesso que a surpresa fora tamanha que faltou um pouco de calma para tentar tirar fotos com melhor qualidade.
O que podemos dizer da nova classe executiva Finnair é que, de fato, pode ser considerada revolucionária. Algo com o qual não nos deparávamos desde a Qsuite.
Ao contrário da Qsuite, não há proximidade para casais. Em verdade, mesmo nos assentos do meio, estes ficam bem distantes pois a estrutura das laterais dos assentos é de considerável tamanho. Todavia, a largura do assento é o grande diferencial.
A Finnair, em seu vídeo de explicação do funcionamento do assento, o define como AirLounge. E, de fato, podem o nominar de forma distinta, pois o passageiro, se assim desejar, pode permanecer sentado com as pernas cruzadas e de lado para conversar com seu colega de voo (tenho 1,85 m e o fiz).
Além disto, resolveram um dos grandes problemas que a maioria dos assentos de classe executiva possui para pessoas mais altas: o afunilamento da parte inferior, destinada às pernas, praticamente travando os pés de pessoas mais altas.
Inexiste tal limitação, com um afunilamento existente mas, ao final, com amplo espaço, tendo eu deitado e permanecido um espaço considerável no “túnel” destinado à parte inferior da perna.
Quanto ao sistema do assento, este possui a grande (realmente muito larga) parte superior – o encosto – totalmente fixa. O que é acionado pelo sistema é apenas o assento, o qual desliza, unindo-se ao citado “túnel”, e criando uma “cama” de mais de 1,85m.
Há, ainda, alguns destaques para os assentos: luz lateral, espaço abaixo do assento totalmente livre, cabendo acondicionar desde calçados até pequenas bolsas e mochilas e ampla tela (infelizmente, fixa) e algo que até então não tinha testemunhado nos nossos voos: carregamento sem fio de celular (por indução).
Soma-se a isto o fornecimento de duvet para que a parte horizontal (o assento que desliza) seja coberta, 2 travesseiros (os quais possuem densidades diferentes, sendo um maior e mais duro e outro mais leve) e grande manta, permitindo um bom sono sob as cores alternadas do teto do A359.
O amenity kit é simples, nada digno de grande destaque, tal como a carta de vinhos. Já o serviço de catering é muito bom, além de uma atenção diferenciada por parte da tripulação (havíamos, em tal viagem, voado executiva TAP e o atendimento do voo Finnair foi bem superior).
Logo, o que podemos dizer sobre o novo assento da executiva Finnair é que, ao contrário do noticiado em blogs estrangeiros, não se trata apenas da alteração para os A350 com 12 fileiras mas, igualmente, para as aeronaves A350 com 08 fileiras.
Além disto, o conforto é diferenciado, vez que a largura dos assentos e do encosto é bem superior às demais executivas, sendo um produto que merece ser copiado por outras companhias aéreas.
Para não dizer que o inovador assento da FINNAIR é perfeito, faltaram, na nossa opinião, apenas as portas. Mas, inegavelmente, seria pedir demais. Além disto, por certo, com a aceitação pelo mercado deste novo diferenciado assento, em breve este terá novas adaptações.
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